Uma pequena coruja, uma das menores da espécie, foi descoberta por um trabalhador durante o preparo de uma gigantesca árvore de Natal, do Rockeffeler Center, em Nova York. Ela estava desidratada e faminta.
Examinada e alimentada por veterinários, a coruja se recuperou e estava pronta para ser devolvida ao seu lugar de origem.
A árvore, um abeto norueguês de 75 pés, o equivalente a 23 metros, foi trazida para Manhattan de Oneonta, região central do estado de Nova York.
Colocada no lugar que é sempre reservada a ela, a árvore costuma ser preparada e iluminada por algumas semanas durante as festividades de dezembro, numa tradição que se repete há quase um século.
A surpresa com a descoberta da pequena coruja viralizou, fazendo com que todos, indistintamente, ficassem com os olhos arregalados.
Por ironia, no lugar onde o ser humano ergueu alguns dos mais importantes arranha-céus, e que a pandemia atingiu os maiores índices, essa frondosa árvore desvendou entre os seus galhos a pequena coruja.
Ela se tornou ainda mais imponente quando se descobriu que a ave sobreviveu, entre os seus galhos, a uma viagem de três dias até ser descoberta. Exausta, totalmente fora do seu habitat, a coruja manteve seu olhar fixo, amparada pelas espessas luvas de um operário.
Há 2000 anos, num pequeno e despretensioso lugar, muito distante da agitada Nova York, um cenário único se descortinou: cercado por alguns poucos animais, olhinhos frágeis do recém-nascido, envolto em palhas, encararam a vida, o desenrolar da história e do próprio destino da humanidade.
Em meio à comoção causada pela pandemia, o ser humano constatou, mais uma vez, o quanto é pequeno e vulnerável. O que revela a importância solidária de Deus para nos amparar e salvar diante das fragilidades do mundo.
Hermann Wille