Estou beirando aos 53 anos. Passei a minha doce infância assistindo filmes de bang-bang e guerra, onde os inimigos eram os índios, os soldados alemães e os japoneses. Os mocinhos eram norte-americanos, que sempre venciam e sempre tinham a razão. Depois de aceitar a Cristo aos 14 anos, passei a minha adolescência entendendo que os inimigos do mundo (e da fé) eram os comunistas. Os mocinhos (e missionários) eram norte-americanos. Escutava rock n’roll ou “gospel”, tomando coca-cola, vestindo jeans e all stars. Em questões de fé, a razão estava sempre com eles. O Brasil foi invadido não somente pela cultura, mas também teologia norte-americana. Mas, os índios, os alemães/japoneses, os comunistas são sombras do passado. Quem é o “inimigo” da vez? Recentemente apareceu um vídeo mostrando como o islã está dominando a Europa. Eis o novo “perigo” ao mundo ocidental. Pergunto-me: Será mesmo que o inimigo do mundo, da fé são os muçulmanos ou estamos sendo novamente “doutrinados”. Que há muçulmanos radicais ninguém nega. Mas, igualmente há cristãos radicais. Aparecem notícias de cristãos martirizados por cantões afora. Será que também não existem outras fés sendo sacrificadas? O Oriente Próximo continua uma loucura. Violência, abuso, morte, guerra... Donde será que vêm as armas? Quem fabrica e vende? Quem lucra? Serão as nações “cristãs”? Paulo aconselhou aos romanos: Não vos conformeis com este século (12.2). Coloque sua fé acima da ideologia. Permita à Palavra falar mais alto que a mídia. Seja crítico e auto-crítico.