O Credo Apostólico - O Segundo Artigo - Segunda Parte

Auxilio Homilético

14/03/1982

O qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Poncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao inferno

Walter Altmann

I — À guisa de inspiração

Yo creo en vos, Cristo obrero
luz de luz y verdadero
unigénito de Dios
que para salvar ai mundo
en el vientre humilde y puro
de Maria se encarno
Creo que fuiste golpeado
con escárnio torturado
en Ia cruz martirizado
siendo Pilatos pretor
el romano imperialista
pufíetero desalmado
que lavándose Ias manos
quiso borrar el terror.

Yo creo en vos, compañero
Cristo humano, Cristo obrero
de Ia muerte vencedor
con el sacrifício inmenso
engendraste el hombre nuevo
para Ia liberación
Vos estás resucitando
en cada brazo que se alza
para defender ai pueblo
dei domínio explotador
porque estás vivo en el rancho
en Ia fábrica, en Ia escuela
creo en tu lucha sin tregua
creo en tu Resurrección.

(do Credo da Missa Camponesa Nicaragüense)

II — Explicação

1. O contexto

O Credo Apostólico tem um traço marcadamente objetivo. Ele traça, objetivamente, abstraído da realidade do confessante, o conteúdo da fé. Única exceção — e mesmo ela relativa — é a confissão de ser Jesus Cristo nosso Senhor. Mesmo ai, porém, a ênfase está no senhorio. Jesus Cristo é, de um lado, o filho unigénito de Deus; de outro o senhor da humanidade. (Cf. auxílio homilético anterior.) O segundo artigo esboça a trajetória de Jesus, para confessar quem Jesus é e o que faz. O auxilio homilético anterior concentrou-se na questão de quem é Jesus, em especial seu senhorio. A sequência do segundo artigo resume de que maneira ele foi e será aquilo que é. Exatamente aquele que descendeu do pai até o inferno, tendo posteriormente ressuscitado e vindo no futuro para julgar, é o Senhor. O presente auxílio homilético concentra-se precisamente na linha descendente daquele que vem de Deus (concebido pelo Espírito Santo), torna-se humano (nasceu da virgem Maria), sofre a paixão (padeceu..., foi crucificado, morto e sepultado) e termina no afastamento mais total de Deus (desceu ao inferno, isto é, ao âmbito dos mortos). Salta à vista nessa recompilação a ausência total de qualquer referência à atuação de Jesus, ou seja à sua vida entre nascimento e paixão. Seria falso deduzir daí que a vida de Jesus teria sido destituída de importância salvífica. Ao contrário, devemos concluir isso sim, que o Credo Apostólico concentra toda a vida de Jesus em sua proveniência (de Deus) e em sua culminância (na paixão), sem esquecer de acentuar sua hominidade (nascimento de Maria).

A linha descendente (seguida da ascendente a partir da ressurreição) reflete bem a linha básica dos evangelhos. Se bem que o Evangelho de Marcos comece o relato a respeito de Jesus apenas com seu batismo, não deixa dúvidas de que esse homem era o filho de Deus (1.1). Já Mateus e Lucas se vêem na obrigação de relatar o nascimento maravilhoso de Jesus, e João introduz seu evangelho com a encarnação do Verbo. Mais ainda, porém: o resumo efetuado pelo Credo tem antecedentes biblicos até mesmo em sua forma básica. Assim, Paulo cita um hino cristológico, cujas características fundamentais são exatamente a proveniência de Deus, a hominização, a culminância na cruz e, após essa linha descendente, a exaltação e a equiparação de Jesus a Deus Pai (Fl 2.5-11).

2. Concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria

A intenção dessa confissão é a mesma que levou a Igreja Antiga a confessar Jesus como verdadeiro ser humano. De um lado è destacada a humanidade de Jesus, sem a qual ele teria permanecido distante dos seres humanos, em última análise inacessível; sua história de vida não teria sido mais do que uma encenação teatral. Daí porque seu nascimento de uma mulher, identificável pelo nome (Maria), faz de Jesus um irmão nosso. Em suas prédicas de Natal, Lutero gostava de mencionar as fraldas de Jesus, para não deixar dúvidas quanto à sua humanidade.

A referência à virgindade de Maria, muito longe de estatuir um valor próprio a Maria, justamente o desfaz. Maria não tem mérito algum, não pôde fazer nada, mas foi simplesmente agraciada. Ela é simplesmente recebedora. Como tal é condizente relembrá-la, mas sempre apenas como aquela que foi escolhida por Deus para dar à luz seu filho. A referência à virgindade de Maria, antes de ser a descrição de um fato biológico, é expressão da confissão de que aquele Jesus, tão humano, nascido de Maria, é o enviado de Deus, sim: é o próprio Deus. Paulo pôde dizer simplesmente: Deus enviou seu filho, nascido de mulher. (Gl 4.4)

A referência à concepção pelo Espirito Santo é, portanto, confissão da divindade de Jesus, sem a qual ele poderia ter sido nosso irmão e bem próximo a nós, mas seu destino teria se resumido na fragilidade e no fracasso humanos, sem a boa nova da salvação. Que Deus, verdadeiramente Deus, se torne ser humano, verdadeiramente ser humano, pode ser racionalmente ilógico, mas é o mistério e paradoxo que dá sentido à fé cristã.

3. Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado

A morte de Jesus na cruz é a obra salvífica por excelência, segundo a tradição cristã. O apóstolo Paulo não conhecia a outro, a não ser o Jesus crucificado, escândalo para uns e loucura para outros (l Co 1.18-25). Claro que a crucificação jamais pode ser desvinculada da ressurreição, como não o é nem em Paulo nem no Credo Apostólico. Mesmo assim, a cruz e apenas ela, é o centro gravitacional do segundo artigo. Sua importância é tão grande que foi sendo confessada de formas diversas. A confissão foi se ampliando, até ao ponto em que o Credo Apostólico coloca numa sequência cronológica temas que, a principio, designavam cada qual por si só a morte de Jesus. Também o padecer e o ser crucificado assinalam originalmente a morte de Jesus, e são acontecimentos antecedentes a ela.

Se Maria entrou no Credo para assinalar a humanidade de Jesus, Pôncio Pilatos nele entrou para fixar a morte de Jesus como um acontecimento histórico concreto. Jesus, nosso Senhor, título que se davam os imperadores romanos, foi morto sob a autoridade do representante de um desses mesmos imperadores; Pilatos foi procurador romano em Jerusalém entre 26 e 36/37 d.C. A morte de Jesus, independente de seus desdobramentos religiosos entre os judeus, foi consequência de um processo político, que levou Jesus à cruz, instrumento de execução próprio dos romanos. Ela se deu em meio aos poderes históricos dominantes, colocados em cheque pelo caminho descendente de Jesus, precisamente quando o executam. O contraste do caminho de Jesus não se dá, porém, apenas com os poderes políticos dominantes. A negação por parte dos discípulos, a acusação falsa, a ira e as maquinações das autoridades religiosas, as dores e os tormentos dão um quadro do mais completo abandono de quem veio de Deus para ser irmão solidário e libertador.

O sepultamento de Jesus assevera que a morte de Jesus foi real, e não forjada nem fictícia. Quem nasceu de mulher, foi sepultado; verdadeiramente ser humano, verdadeiramente morto.

4. Desceu ao inferno

A morte de Jesus foi tão real, o abandono em que se viu jogado tão completo, que até mesmo de Deus foi desamparado (Mt 27.46). Dai seu descenso ao inferno (Hades), isto é, ao âmbito dos mortos, que segundo tradição judaica, era o lugar mais afastado de Deus. Esse parece ser o sentido original dessa confissão, que só em 359 entrou para o Credo Apostólico. O descenso ao inferno assinala, então, o ponto mais profundo do sofrimento de Cristo. Não há recanto, por mais distante de Deus, a que Jesus não tivesse ido. Dialeticamente, porém: Ele é divino precisamente em que tenha se tornado nosso irmão através de todos os infernos. (Moltmann, in: Rein, p. 33)

A partir daí se desenvolveu um segundo sentido para essa confissão: a conquista do inferno, do âmbito dos mortos. Nada há, por mais distante de Deus, que escape a seu propósito libertador. Não há nenhuma época nem pessoa alguma, mesmo de tempos passados, que não sejam por ele resgatados.

Ambas as linhas, a do abandono de Jesus entre os mortos e a da vitória de Jesus sobre o âmbito dos mortos, já estão prefiguradas em passagens bíblicas diversas. At 2.27 e Rm 10.7 testificam da presença de Jesus entre os mortos, enquanto que l Pe 3.19; 4.6, além de Mt 27.52s e Ap 1.18, assinalam, de modos diversos, o poder vitorioso de Jesus sobre o âmbito dos mortos.

A junção dos dois significados, à primeira vista contrapostos, não deixa de ser significativa em si: justamente no abandono e na fraqueza mais totais, Jesus é vitorioso sobre a morte e seu poder. Não vivemos mais sob o império dos terrores sem fim, mas o principio do fim de todos os terrores é chegado (idem, p. 35).

5. A interpretação de Lutero

Em sua interpretação, Lutero abandona decididamente o tom objetivo do Credo Apostólico, para aplicar a confissão a si mesmo. O crente não simplesmente confessa a essência e trajetória de Jesus Cristo, mas a obra de Jesus Cristo em sua própria vida. Jesus Cristo é meu Senhor, me remiu a mim, me resgatou e salvou, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino (Catecismo Menor, Livro de Concórdia, p. 371; analogamente no Catecismo Maior).

Mais ainda: essa aplicação existencial mostra que o caminho descendente de Jesus e subsequente reviravolta tem seu reflexo inevitável na vivência do crente confessante. Homem perdido e condenado, sob a tutela dos pecados, da morte e do poder do diabo, vivência uma radical transformação de vida, passando a pertencer a Cristo, servindo-o em eterna justiça, inocência e bem-aventuranca (Idem). Quer dizer, Lutero não tem pejo em fazer culminar a interpretação do segundo artigo do Credo Apostólico, paralelamente à ressurreição de Cristo, com a ética de justiça de quem foi justificado. O Catecismo Maior torna mais plástica ainda essa mudança fundamental: do diabo a Deus, da morte à vida, do pecado à justiça (Livro de Concórdia, p. 450s).

Naturalmente, porém, no trecho que serve de base para o presente auxílio homilético, dever-se-ia refletir e desenvolver mais o estado de escravidão anterior à vida em justiça do reino, que será enfatizada então na reflexão ao trecho final do segundo artigo do Credo Apostólico. Aliás, aí Lutero descreve a situação de cativeiro em que os seres humanos se encontram depois de terem recebido toda sorte de bens de Deus Pai, para caírem na desobediência, pecado, morte e toda desgraça, sem esperança nem consolo nem ainda auxílio, encarcerado e tiranizado pelo pecado, pela morte, pelo diabo e pelas fauces do inferno (idem, p. 450).
Sobre esse pano de fundo existencial, ficam claras a obra de Jesus e a razão da linha descendente, desde o Pai até o inferno. A linha é imposta pela necessidade da redenção, do resgate. A palavrinha 'Senhor'... significa tanto como Redentor (idem), e tudo quanto Jesus fez não foi para si mesmo, nem o necessitava (p. 451). Sua vinda desde o céu até a profundidade da morte e do inferno foi a fim de socorrer-nos (p. 450). Os tiranos e carcereiros estão afugentados, e seu lugar foi ocupado por Jesus Cristo, Senhor da vida, da justiça, de todo o bem e ventura (idem). Nós fomos libertados, postos sob a pro-teção divina e seu governo de justiça.

De particular significação e atualidade é a observação destacada que Lutero dá ao preço pago por Jesus para sua obra, da qual, como vimos, não tinha necessidade para si, mas era fruto exclusivo da compaixão e misericórdia de Deus: Não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte (Catecismo Menor e Catecismo Maior, Livro de Concórdia, p. 371 e 451). Lutero retoma ai o tema já de l Pé. 1.18s, mas ainda hoje mais do que adequado para caracterizar a mudança completa de valores: não o recurso às riquezas, mas a doação de vida é o que decide.

III — Atualização e pregação hoje

Ao pregar sobre essa segunda parte do segundo artigo do Credo Apostólico, segui os seguintes passsos:

1. O caminho de descida de Jesus

Jesus, que é o Senhor, desce das alturas de Deus à nossa vida, até a morte na cruz, até mesmo ao mais profundo abandono na profundeza do inferno. Que descida impressionante para quem não tinha necessidade alguma, para si mesmo, de sair de Deus. Compartilha, porém, a condição humana de vida, com suas misérias, sofrimentos e opressões. Jesus, igual a Deus, se tornou humano, bem humano! Ele é um Senhor singular, porque se tornou nosso irmão, irmão solidário e irmão sofredor. As misérias e os sofrimentos, os inúmeros infernos de nosso mundo, mesmo que ainda reais e poderosos, já perderam seu terror, porque não são mais sem Jesus.

A descida de Jesus — que contraste com a ânsia tão humana de subir, subir na vida. (Esboçar os valores de progresso e desenvolvimento, subida na vida, que se realizam em nossa sociedade justamente pisoteando a outros, utilizando a classe trabalhadora como pedestal.) A descida de Jesus é, portanto, critica radical das próprias premissas em que se estabelece uma sociedade consumista e competitiva, calcada sobre a exploração do ser humano pelo seu semelhante dominador.

Subir na vida pode ser também um ideal da classe oprimida, dos pobres, neles incutido e por eles assumido. No entanto, a crítica do subir à vida deve voltar-se contra esse valor ideológico assumido, mas jamais justificar a condição de vida dos pobres, como se estes devessem se conformar com a sua sorte. Disso nos deve livrar decididamente a lembrança do primeiro artigo do Credo Apostólico, que confessa Deus, o Pai, como Criador e mantenedor da criação, o qual, segundo a Interpretação de Lutero, quer ver a todos supridos abundantemente de todo o necessário para o corpo e a vida. Ai Lutero enumera com destaque todos os bens materiais (!) indispensáveis a uma vida digna (Livro de Concórdia, p. 370). A descida de Jesus não se faz para conformar-se com o estado de miséria, mas para resgatar os encarcei-rados e oprimidos. Descer só se faz necessário, porque pelo pecado humano já se estabeleceram relações opressivas, entre dominadores e dominados. A critica ao subir na vida é um instrumento não da resignação, mas da luta pela igualdade.

2. A dádiva de Jesus

Num primeiro momento será preciso intensificar a consciência do preço pago por Jesus, por sua descida. Não ouro nem prata, mas seu precioso sangue, isto é, sua própria vida. Aqui é que se dá, para nossa experiência e sensação palpável, a grande diferença, o contraste mais agudo. Os valores de poder, de posse, riquezas e armas, são substituídos por aquilo que é insubstituível: a própria vida. Exemplos de quem tenha morrido para salvar outras pessoas ou de famílias que tenham se despojado de tudo para que um membro seu prolongue sua vida, ou ainda de quem abandona seu nível de vida e chances de progresso para jogar-se na luta arriscada em favor de uma nova sociedade, são exemplos pequenos (mesmo que significativos) do que significou para Jesus o doar-se a si mesmo.

Num segundo momento a reflexão é em torno da dádiva trazida por Jesus. Lutero formula a passagem da seguinte forma: do poder do pecado a Deus, da morte para a vida, do pecado para a justiça. Lutero abandonou a formulação objetiva do Credo Apostólico, para aplicá-la à experiência pessoal de quem confessa a fé. Sem dúvida, continua válida e necessária essa aplicação ao problema existencial da culpa, da escravidão pessoal e do medo da morte. Importa, porém, ampliar o círculo ainda mais, atingindo a nossa realidade económica, social e política. Deus não quer resgatar apenas pessoas individuais do poder do diabo, mas todo o mundo estruturado contra a sua vontade. Justiça e vida não são de modo algum objetivos individuais ou mesmo apenas para as inter-relações pessoais, mas sim valores aos quais toda a realidade deve se submeter e pelo quais as estruturas estabelecidas ou a serem estabelecidas devem se orientar.

3. Consequência para nós

O encontro com Jesus foi confortador e libertador. Não deixou de existir o pecado cometido, mas ele já não vale mais, porque o preço está pago. A miséria ainda existe, mas seu terror se foi. A consequência para os que crêem é, de um lado, liberdade, consolo e alívio; de outro, a possibilidade de se tornar em agentes de combate às causas do mal e da opressão. Lutero menciona o serviço em eterna justiça, inocência e bem-aventurança. Outra vez, esse combate assume a dimensão pessoal de uma luta íntima e privada, mas igualmente a dimensão pública da luta pela superação do mal estruturado em sistemas sociais, políticos e económicos injustos e opressivos. Nisso, os crentes experimentam reproduzido em si o caminho de descida de Jesus. Mas vivem nele já as primícias da ressurreição. Mais um mistério do qual vive a fé.

IV - Subsídios litúrgicos

1. Confissão de pecados: Senhor, nosso Deus. Tu vens a nós em Jesus Cristo. Tão grande maravilha que te dignaste a assumir nossa condição de vida e compartilhar nosso sofrimento, sim: vivê-lo até o mais profundo abandono. Mesmo assim, confessamos-te que frequentemente nosso coração é tomado pela dúvida e pela descrença. Achamos que não há conforto em nosso sofrimento nem salda para nossa miséria e nossas injustiças. Senhor, perdoa-nos este nosso conformismo e renova-nos para sermos instrumentos desse teu amor. Tem piedade de nós, Senhor.

2. Oração de coleta: Ó Deus, Tu que na cruz te tornaste não apenas um de nós, mas também um em lugar de nós, padecendo até mesmo o abandono de Deus, sê tu presente entre nós. Fortalece nossa comunhão quando nos sentimos ou vivemos sós, abre nossos olhos para vermos tua obra tão maravilhosa, esclarece nossa mente para conhecermos tua boa nova e tua vontade, sensibiliza nosso coração para com o sofrimento dos demais e dispõe nossos braços a lutar e servir. Em nome de Jesus Cristo, nosso senhor, servidor e libertador. Amém.

3. Assuntos para a intercessão na oração final: que não desesperemos em situações de dificuldade nem caiamos na descrença, mas encontremos conforto e ânimo para viver: que Deus nos faça instrumentos de sua paz, justiça e liberdade; que a comunidade, pelo serviço e pela testemunho, seja mais e mais um sinal de Jesus crucificado; que a igreja seja fiel seguidora de Jesus Cristo e não interessada na preservação de sua instituição; que nosso povo, mesmo que oprimido, encontre espaço para organização e atuação, para defesa dos direitos dos fracos e estabelecimento de uma ordem justa e fraterna; que entre os povos as guerras e espoliações sejam substituídas pela solidariedade e paz.

V — Bibliografia

ALT, H.-P./ROEPKE, C.-J. Crer Hoje. O Credo Cristão Explicado para a Atualidade. São Leopoldo, 1973
FAGERBERG, H. Die Theologie der lutherischen Bekenntnissckriften von 1529 bis 1537. Göttingen, 1965.
KELLY, J.N.D. Altchristliche Glaubensbekenntnisse. Geschichte und Theologie. Göttingen, 1972.
Livro de Concórdia. As Confissões da Igreja Evangélica Luterana. São Leopoldo e Porto Alegre, 1980.
REIN, G. (Ed.)Das Glaubensbekenntnis. Aspekt efür ein neues Verständnis. (Contribuições de G. Gloege, H. Schlier e J. Moltmann consultadas) Stuttgart e Berlim, 2* ed., 1968.
TRILLHAAS, W. Das Apostolische Glaubensbekenntnis. Geschichte • Text-Auslegung. Witten, 1953.

Proclamar Libertação – Suplemento 1
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia


Autor(a): Walter Altmann
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1982 / Volume: Suplemento 1
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 7295
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