O amor de Deus é sem medida

Artigo

01/12/2008


Quem ainda não observou, no lugar central da praça pública o chafariz, sua arquitetura é artística e tem o formato de uma mini-torre erguida com pratos de cimento sobrepostos? Sobre esses pratos circulares corre água sem parar. É água em movimento que cai numa corrente sem fim. A água é transparente e abundante, às vezes, seu volume é excessivo até transbordar. Parece água sendo desperdiçada.

Em reunião na família ou entre amigos, quando confraternizamos é costume servir alguma bebida. O jeito de servi-la é diferente do chafariz que transborda. Com muito cuidado depositamos o gargalo sobre a borda do copo ou do cálice, para que a espuma de cristais não chegue a ser excessiva e transborde. Nada pode ser perdido. Sentados à mesa em roda familiar, exortamos os filhos para que não desperdicem comida. Insistimos para que sirvam somente aquilo que, de fato, vão comer; nada de desperdício! Quem não conhece aquele ditado popular: “limpa bem o prato, meu filho, então vai dar bom tempo”?

A fé em Jesus Cristo nos anima a confessar que Deus é amor. Lutero identificava Deus como se fosse um “forno quente de amor”. É amor que transborda, assim como transborda a água do chafariz na praça. Pode parecer amor em excesso. Junto à manjedoura em Belém, na “noite santa”, os pastores ajoelharam-se diante da criança, humilde e frágil. Eles tomaram esta atitude em sinal de adoração e de amor ao Deus-Criança. Os pastores descobriram e viveram o amor de Deus; através do infante Jesus Cristo, a bondade de Deus tornou-se carne. O amor foi tão intensivo e ultrapassou as bordas da manjedoura.

O recado neste Natal é, de novo, insistente e nos anima a preencher as nossas vidas com o amor de Deus, à semelhança de vasos receptadores. Nossa tendência é de sermos, prioritariamente, condutores desse amor para outros! Antes de servirmos de condutores, canalizando o amor para outras pessoas, somos recipientes do amor de Deus.
O amor divino perpassa todos os nossos espaços de vida e de convívio. É presente que contagia e inunda a vida com bondade e misericórdia. Pessoas amadas são pessoas preparadas a distribuir muito amor que transborda, em muitos outros lugares, também fora das fronteiras da família cristã.

Desejo que no novo ano, em 2009, sejamos antes de tudo receptadores do amor de Deus e, por isto, muito ricos no repartir desse amor!

A todos e a todas, desejo um feliz e alegre tempo de Natal e um ano novo, marcado pelo abraço de Deus, a sua bênção.

Pastor Sinodal Manfredo Siegle

 

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A Deus, aos pais e aos mestres, nunca se poderá agradecer e recompensar de modo suficiente.
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