Nota de repúdio às ameaças à Pa. Lusmarina Campos Garcia e agressões verbais ao P. Inácio Lemke
O compromisso com a dignidade humana e a justiça de gênero leva a IECLB a refutar toda e qualquer manifestação e atitude ofensiva que coloque pessoas em situações de humilhação e risco.
Por causa da sua manifestação sobre um assunto complexo em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), expressa em nome do Instituto de Estudos da Religião (ISER), a Pastora Lusmarina C. Garcia vem recebendo ameaças à sua integridade física. De igual forma, agressões verbais também estão sendo dirigidas contra o Pastor Inácio Lemke, por conta de sua recente visita pessoal ao ex-presidente Lula.
Nos últimos anos, crescem em nosso país a intolerância e manifestações verbais e físicas de violência em vista da divergência de opiniões sobre os assuntos mais distintos. Lamentavelmente, essa nuvem também paira sobre a nossa Igreja.
Reações de agressão e de difamação à opinião divergente são inaceitáveis. Por vivermos num país democrático e, sobretudo, por conta de nossa fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo, a IECLB condena ações e reações violentas e ameaças à integridade física contra quem assume posições públicas associadas à sua compreensão de fé ou militância em defesa de alguma causa.
A Presidência da IECLB reitera: linguagem agressiva e ameaças à integridade física são inadmissíveis e devem ser refutadas. Rechaçamos veementemente qualquer tipo de violência, e isso se torna ainda mais necessário se considerarmos que, historicamente, a ameaça é potencializada quando dirigida contra mulheres.
Quando a violência passa a ser argumento, o Estado precisa agir. Qualquer ato de violência, sobretudo ameaças de morte, deve ser tratado como caso de polícia, sendo investigado e levando seus autores ou autoras a serem responsabilizados e sofrerem as consequências de seus atos.
P. Dr. Nestor P. Friedrich
Pastor Presidente da IECLB