Nosso mundo inter-religioso

O que significa ser luterano?

17/12/2012

Paz e respeito
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“Advento é tempo de união dos diferentes”

Em um diálogo, uma mestranda em comunicação, comentou: o mundo não é mais tão grande! Hoje, distância é um conceito em plena ressignificação. Podemos criar novas geografias.

Acrescentamos a possibilidade de convivermos com a diversidade de povos distintos sem, necessariamente, visitá-los. A digitalização da informação nas redes sociais rompeu barreiras, disseminou a diversidade e reavaliou as divisões culturais que marcaram a história da humanidade.

Nossos antepassados escreveram cartas que tiveram mais de um mês para viajar através de um oceano. Atualmente, comunicamo-nos instantaneamente por meio de tecnologias como e-mail, chats e blogs.

Um exemplo prático: há poucos dias via facebook surge um convite para integrar uma rede com ministros religiosos de Hong Kong. Nas discussões é possível visualizar os participantes, falar sobre espiritualidade, partilhar desde imagens de templos religiosos aos pensamentos que despertam interesse no grupo. Uma série de novidades e facilidades.

Vivemos, como cristãos luteranos, em um mundo pluralista, onde as pessoas convivem com diferentes normas morais, perspectivas sociais, visões políticas e doutrinas religiosas. Em termos históricos essa diversidade demonstra que não somos herdeiros de uma tradição uniforme e, diariamente, deparamo-nos com opiniões diferenciadas e conflitantes. A comunicação acelera e as diferenças são intensificadas. A rede produz um “choque cultural” sem avaliar significativamente os efeitos.

Ampliando a reflexão, constantes são as notícias do Oriente Médio, dos povos mulçumanos, judeus e islâmicos. A intervenção da Organização Das Nações Unidas (ONU) em assuntos como justiça, propriedade de terra e direitos humanos. Nesse cenário, vozes emergem, afirmando que a solução para as divergências inicia no seio do discurso das religiões majoritárias.

Referente aos conflitos no Oriente Médio, que muitas vezes, mudam radicalmente em uma semana qualquer, quando algum líder religioso resolve estimular os laços de cordialidade ou promover a cooperação de autoridades políticas. A religião percorre os caminhos da informatização e, por que não dizer, das consciências humanas.

Em um ambiente de tanta diversidade o que significa ser luterano? Quais são as novas oportunidades para reconhecer os diferentes? Qual é a tarefa missionária da comunhão luterana no mundo de Deus? Esses questionamentos desafiam a nossa auto-compreensão! A mídia conduz algumas respostas, por vezes, muito antes de termos uma pergunta.

Não há mais como evitar conviver com os diferentes e nem mesmo colocar empecilhos doutrinários que estimulam à intolerância. Uma nova era está emergindo em uma velocidade indescritível. O diferente pode estar na família, na escola e no trabalho. Intercedamos para encontrar uma ou mais respostas de como sermos missionários, sem perder o horizonte da fraternidade universal.


Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste (João 17)


Na paz,


P. Sidnei Budke

Ministro Religioso da IECLB - Pastorado Missionário de Tapejara/RS
 


Autor(a): Pastor Sidnei Budke/Tapejara
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 18657
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Ser batizado em nome de Deus é ser batizado não por homens, mas pelo próprio Deus.
Martim Lutero
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