Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos. Atos 4.20
Estas palavras foram proferidas pelos apóstolos Pedro e João. Um milagre importante, a cura de um homem coxo de nascença que pedia esmola na porta do Templo, provocou a prisão dos apóstolos que foram trazidos perante o Sinédrio. Repreendidos pelas autoridades judaicas para que não anunciassem mais o nome de Jesus, os dois apóstolos responderam que estavam praticando a vontade de Deus e não a dos homens. Eis o desafio: Estava publicamente proibido proferir o nome de Jesus. Mas diante daqueles que os julgavam, os apóstolos tiveram a coragem de repetir o seu testemunho de Cristo.
Temos nós esta coragem e esta firmeza em afirmar o nome de Jesus Cristo diante de todas as situações e realidades que tentam negar o seu senhorio?
Lembro do meu tempo de estudante. Era o início das férias e voltávamos para casa. O ônibus fazia o trajeto Porto Alegre-Blumenau. Em São Leopoldo, embarcamos uns 20 estudantes com destino a Santa Catarina. Um dos colegas sentou-se ao lado de uma pessoa que vinha de Porto Alegre. Lá pelas tantas, ela perguntou qual era o curso que nós fazíamos. O colega, falando baixo e entre dentes, respondeu: - - Teologia. E a pessoa: Ah, Geologia! Que interessante. E passaram o resto da viagem conversando sobre minerais. Nós procuramos segurar o nosso riso, mas não nos demos conta de que também nós omitimos o nosso testemunho. Comportamo-nos como se falar de Cristo fosse uma coisa estranha, não pronunciável em público, fora da igreja.
Na nossa vida diária, são muitas as situações em que precisamos manifestar uma posição firme no nosso testemunho cristão. Não se trata apenas de falar sobre Jesus. Trata-se de vivenciar a fé e de expressar o amor de Deus até as últimas consequências. Os apóstolos foram presos por causa da sua fé em Cristo. Essa sua fé ficou manifestada na forma como acolheram o homem paralítico e como se posicionaram diante daqueles que os julgavam por isso.
Neste tempo pós-Páscoa, quando nos sentimos reanimados pela boa nova da ressurreição, coloquemo-nos, sem medo, a serviço do Senhor da vida e manifestemos seu amor a todas as pessoas.
Pastor Geraldo Graf
Publicado na edição 84 do Informativo dos Luteranos - maio/2009
