Houve uma grande fome na região. Os pobres sofriam muito. Certo padeiro viúvo encontrou algumas crianças que brincavam na rua. Aproximou-se e disse: Tenho aqui nesta cesta um pão para cada uma de vocês. Peguem, levem para casa e voltem amanhã. Estarei aqui de novo com outra cesta. Vou lhes dar um pão por dia. As crianças estavam esfomeadas. Partiram para cima da cesta, brigando pelos maiores pães. Depois da disputa, nem se lembraram de agradecer pela bondade do benfeitor. Todas foram embora correndo, cada uma com seu pão, exceto uma menininha chamada Cátia. Ela ficou ali sozinha, perto do cesto. O pão acabou. O padeiro retirou um pãozinho de seu bolso e lhe alcançou. Sorrindo, ela pegou o último pão - o menor de todos - e agradeceu. No dia seguinte, as crianças voltaram e se comportaram pior do que no dia anterior. Mas, Cátia não entrava nos empurrões. Esperava pela sobra. Desta vez, como o padeiro observava tudo de perto. Já tinha pedido que se comportassem melhor, deixando um pão também à menininha. Elas obedeceram e deixaram um pãozinho bem pequeno, todo amassado, que tinha a metade do tamanho dos outros. Como no dia anterior, Cátia agradeceu e levou o pão para casa. Quando sua mãe foi cortar o pãozinho, caíram dele seis moedas brilhantes de prata. Oh, minha filhinha! Exclamou a mãe. Deve haver algum engano. Esse dinheiro não nos pertence. Corra o mais rápido que puder e devolva-o ao padeiro! A menina correu para devolver. Mas, quando deu o recado da mãe, o benfeitor lhe disse: Não foi engano nenhum! Eu coloquei as moedas na massa do menor pão, para recompensar você, que aguarda com paciência a sua parte e sabe ser grata. Lembre-se das palavras de Jesus: “Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Mateus 25.21).