Não se meta em confusão! O caminho era sempre o mesmo. Junto com sua mãe, a ovelhinha cruzava em frente do chiqueiro todos os dias rumo ao campo. Os porcos sempre estavam se divertindo, rolando na lama. Certa tarde de calor intenso, quando voltavam para casa, a ovelhinha pediu à mãe que a deixasse pular a cerca e entrar na lama fresca. De imediato, com o rosto sério, ela disse: Jamais! A ovelhinha fez a pergunta clássica: Por que não? A resposta foi simples e direta: As ovelhas não se lambuzam! Mas, a nossa amiguinha não se contentou. Achou que a mãe havia feito pouco caso dela, abusado de sua autoridade, quando não devia. Assim que a mãe se afastou, a ovelhinha correu e pulou a cerca para o lado de dentro do chiqueiro. De imediato, sentiu a lama fria nas suas patinhas, depois pernas e barriga. Que delícia! Pensou quase em voz alta. Passado algum tempo, achou que já era hora de voltar para junto da mãe, mas não conseguiu. Estava presa. Lama e lã não combinam. Seu prazer havia se transformado em prisão. A ovelhinha estava desesperadamente presa em consequência do seu desejo. Gritou por socorro e foi resgatada pelo proprietário. Depois de limpa e de volta ao aprisco, a mãe relembrou: Não esqueça que ovelhas não se lambuzam! O mesmo acontece conosco. Por vezes, desejamos intensamente aquilo que parece tão gostoso, mas desagrada a Deus. Assim, queremos experimentar, mesmo que seja um pouquinho só. Mas, não é assim. Certos hábitos nos aprisionam. Por isso, precisamos sempre ter muito cuidado com as nossas escolhas.
John Willard Peterson (1921-2006) compôs “Meu Bom Pastor”.