Antônio não discutia com ninguém. Ele sempre encontrava uma saída cordial. Ele era admirado e querido por todos. Todavia, certo dia seus colegas, por maldade, combinaram levá-lo ao descontrole. Então, convidaram-no para jantar num chique restaurante, comemorando o Dia do Amigo. Antes, trataram os detalhes com os atendentes. Como entrada foi servida uma saborosa sopa. A garçonete serviu os colegas. Quando chegou a vez do Antônio, pulou para outra mesa. Ele esperou que ela voltasse. Quando ela se aproximou para repor a sopa nos pratos, ele prontamente elevou seu prato na direção dela, que novamente se distanciou, ignorando-o. Após servir todos os demais, passou com a sopeira fumegante bem ao lado de Antônio. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam-no atentamente, para ver qual seria a reação. Com educação, ele chamou a menina, que se voltou, fingindo impaciência. Seguindo o esquema preparado, ela disse: O que o senhor deseja? Antônio respondeu com calma: A senhorita não me serviu a sopa! Para provocá-lo, ela logo desmentiu: Senhor! Todos foram servidos. Ele olhou para ela, apontando para o prato vazio e limpo. Ficou pensativo por alguns segundos. Houve um breve suspense. Todos pensaram que ele iria dar uma bronca. Contudo, Antônio surpreendeu a todos. Com tranquilidade disse: A senhorita serviu sim. Mas, eu aceito mais um pouco! Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo se irritar terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com o amigo perdesse sua compostura. Como seria bom se todas as pessoas agissem com discernimento em vez de reagir com irritação. Para Antônio, não importava quem estava com a razão. Ele procurava evitar as discussões desgastantes e improdutivas. Quem age assim sempre sai ganhando sempre. Por isso a importância de aprender a arte de não se irritar. Já disse o Sábio: Melhor é a pessoa paciente do que o guerreiro. Mais vale controlar as emoções e os ímpetos do que conquistar toda uma cidade (Provérbios 16.32).