Não deixe a amargura destruir a sua vida!

23/10/2012

“Nunca mais eu vou falar com ela, pois o que ela disse me machucou demais!”. De fato, nós podemos machucar profundamente uns aos outros. Relacionamentos são prejudicados por causa da amargura que, como uma planta venenosa, acaba contaminando tudo e todos ao redor. A própria causa de Jesus sofreu por seguidores que não resolveram seus problemas com amarguras. Em Hebreus 12.15 somos exortados: “Cuidado, para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno”.

Se nós desejamos viver dias alegres, com vitalidade e liberdade, é preciso que o veneno da amargura seja tirado. A Palavra de Deus nos ajuda. Nela temos a história de José, ele foi uma pessoa que enfrentou situações que poderiam tê-lo feito uma pessoa amarga. Confira em sua Bíblia: José foi rejeitado pelos seus irmãos (Gn 37.4-5,18-19,23-24), foi censurado e desacreditado pelo pai (Gn 37.10), foi acusado injustamente pela mulher de seu patrão e preso (Gn 39.14,20) e foi desapontado e esquecido na prisão (Gn 40.23). Como José, também conosco acontecem coisas rudes, injustas e imerecidas. São situações desagradáveis e difíceis. Mas parece que, pela graça de Deus, José foi capaz de manter o coração livre de amarguras. Permaneceu liberto das amarras da amargura. Recordava as experiências infelizes, porém não demonstrava emoções negativas. O que podemos aprender com sua vida?

José manteve sua fé na soberania e governo de Deus. Em todo o mal que outros lhe causaram ele testemunha que Deus esteve presente e o guiou para um fim proveitoso. A própria inveja e a maldade dos irmãos, Deus fez se tornar em bênção e vida (Gn 50.20). Acredito que José aceitava o fato de que mágoas e desapontamentos fazem parte da existência humana, mas optou em não permitir que estas fizessem dele uma pessoa amarga. Preferia crer que Deus estava presente e tinha um bom propósito em sua vida.

O relato bíblico mostra que José não ficava remoendo as mágoas. Alguém disse: “escreva as mágoas na areia, e os favores na rocha”. Ele não permitiu que o ressentimento criasse raízes. Quanto mais profundas forem estas raízes, mais difícil se torna a vida. A maneira como José lidava com seus sentimentos podemos ver no nome de seu primeiro filho: Manassés. Ele mesmo explica o motivo do nome: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos e toda a família do meu pai” (Gn 41.51). O nome do segundo filho, Efraim, em hebraico soa parecido com as palavras que querem dizer “ter filhos” ou “dar fruto”. É assim: se não tratar das mágoas passadas, a vida não será frutífera.

José optou por não seguir o caminha da vingança. Quando somos magoados a primeira reação é: “você vai ver só”! José poderia ter acabado com seus irmãos. É interessante vermos como ele via aquele momento em que poderia se vingar. Ele diz: “Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus” (Gn 50.19). Veja só: optar por vingança seria querer colocar-se no lugar de Deus. Ele vivia o que está escrito em Romanos 12.19: “Meus queridos irmãos, nunca se vinguem de ninguém; pelo contrário, deixem que seja Deus quem dê o castigo”.

Irmãos e irmãs, aprendemos que José não deixou que as experiências tristes do passado tornassem sua vida amarga. Como não podia fazer nada para mudar o que lhe acontecera, optou por confiar em Deus e seguir em frente. Não deixe que dores do passado tirem hoje a sua alegria. Deus tem bênçãos para te conceder. Podemos crer que em todas as situações o Senhor pode fazer de nossa vida uma bênção, inclusive para aqueles que a prejudicaram. O Senhor nos ajude. Amém.
 


Autor(a): Astor Albrecht
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 17244
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