Nada como um dia após o outro!

23/04/2014

 

Após passar por uma situação crítica costuma-se dizer: “nada como um dia após o outro”. Expressão de esperança renovada. De vida que ganha novo fôlego. Após os eventos da semana santa que culminaram com a prisão, morte e sepultamento de Jesus, os discípulos andavam como quem não tem direção certa, vemos isso naqueles que fugiram e se escondiam. Quem sabia aonde ir, tinha tarefa difícil, como é o caso das mulheres que vão ao túmulo bem cedinho levando os aromas que tinham preparado.

Por vezes também em nossa vida parece que o caos e a desordem comandam. Como os discípulos, parece que andamos em meio às trevas. Há confusão e sentimento de angústia, raiva, medo e desamparo. A certeza vai embora e fica a insegurança. Quantas vezes os fatos tristes que acontecem ao nosso redor nos tocam profundamente, somos tomados de falta de esperança, ficamos acomodados porque não adianta fazer nada mesmo, há descrença.

Semelhante era a situação dos discípulos. Aliás, você já pensou porque há tanta descrença na manhã da páscoa? Em Lucas 24.1 lemos que as mulheres vão ao túmulo para a realização de rituais fúnebres. No mesmo capítulo, no v.11, quando as mulheres falam que Jesus está vivo os discípulos não acreditam. Em seguida, nos versículos 13 a 35, os discípulos lamentam que tudo acabou. E porque nós temos dificuldades em ver a luz? De encontrar o caminho? Porque nos achamos desamparados? Porque nos parece que o mal é mais forte? Porque às vezes somos fracos para o que é bom? Porque muitos cristãos parece viverem em meio às trevas da sexta-feira santa? Porque a alegria da Páscoa parece não chegar?

O capítulo 24 do Evangelho de Lucas muito nos ajuda. Aprendemos que, passo a passo, o Senhor Jesus cuida para que seus discípulos sejam de novo reunidos ao seu redor. E o primeiro passo está descrito no v.5: “Por que buscais entre os mortos aquele que vive?”. Todos tinham esquecido o que Jesus tinha falado. Ele falara de sua morte e de sua ressurreição. Mas eles tinham esquecido. Diante da morte, do sofrimento, da dor, da aflição é fácil nos esquecemos das promessas de Deus. Parece que ficamos sozinhos. Essas lutas nos cegam e levam ao limite a nossa fé. A função dos dois homens de branco (anjos) é relembrar do que Jesus havia anunciado. Não deixe de se reunir na comunhão dos irmãos e irmãs, ali é o lugar onde ouvimos a boa nova que levanta os nossos olhos para esperar todo o bem de nosso Salvador.

E assim ali, na manhã da Páscoa, na alegria do túmulo vazio foi removida a tristeza do Gólgota. Se a tua cruz é pesada, confia em Jesus! Persevera! Creia! Logo a alegria também chegará. A hora das trevas é breve e elas nos ajudam a experimentar o quanto precisamos da presença do Cristo vivo em nossa vida. Lucas 24 narra de algo que aconteceu faz muito tempo, mas a verdade daquela manhã de domingo deve ser hoje o fundamento de tua fé! Paulo lembrou isso ao escrever: “Mas de fato Cristo ressuscitou” (1Coríntios 15.20). Porque Cristo ressuscitou é que falamos de esperança, de felicidade, de vitória sobre o mal! Falamos da vida e, pelo poder do Espírito Santo, o Cristo vivo vem estar junto de você.

A Páscoa mostra todo o amor de Deus por nós na entrega de Jesus Cristo. Ela mostra que em Jesus não mais andamos nas trevas. Elas não têm mais força. Jesus vem e nos liberta do pecado, da maldade, do sofrimento e da morte. Creia nele firmemente! Cristo sempre está contigo! A cada nova amanhã coloque sua confiança nessa gloriosa verdade. Lembre-se sempre “das suas palavras”(Lucas 24.8). Amém.
 


Autor(a): P. Astor Albrecht
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 27730
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Muitos bens não nos consolam tanto quanto um coração alegre.
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