O velho morava isolado numa fazenda, longe de tudo. Muitos o consideravam um “esquisitão”. Certo dia apareceu um sobrinho neto, com sua família para visita-lo. Gente da cidade, sem noção da vida campeira. O velho se divertiu, mas também se incomodou. Aconteceu que, numa manhã, ele se dirigiu à sala, pegou a espingarda, foi à janela, mirou e atirou. O sobrinho correu em direção à janela. Sem tempo de reagir, observou o tio dando um tiro no seu filho que corria pelo campo. Desesperado, gritou: Tio! Está louco. O que você fez? Atirou no Junior? Calma, calma... Disse o tio. Mirei apenas na perna. Dos males, o menor. Vamos já socorrê-lo. Após o alvoroço, o velho se explicou... Não havia como pará-lo no “grito”. Ele não escutaria. Pelo caminho que o menino seguia, no meio do pasto, há uma armadilha. Caso não parasse, sua vida corria risco. Provavelmente, faleceria. Melhor ferido do que morto. É uma história trágica com uma lição profunda. Às vezes, Deus age como o tio avô. Ele nos fere para salvar. Afinal, precisamos crer e aprender a viver a verdade que Paulo ensinou aos Romanos: Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (8.28).
