Morte... E depois ?

01/11/2009


1 – INTRODUÇÃO:

Na Bíblia existem várias palavras que descrevem a morte, algumas até se tornaram sinônimo, como as palavras: dormir, adormecer.

A realidade da morte nos lembra que a vida é algo sobre o qual o homem não tem controle. Leia Tiago 4, 13-15 .

A morte é um problema e sempre torna-se preocupação .

Procura-se uma forma de vencê-la, mas o homem não é capaz de fazer tanto. Leia Salmo 89,48.

2 – A MORTE E DEPOIS NO ANTIGO TESTAMENTO:

No pensamento do Antigo Testamento morte significa o fim total da existência do homem (2Samuel 14,4, Gênesis 3,19). O Salmo 90 retrata de forma especial a brevidade de vida e no verso12 desemboca na oração “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.”

A morte, porém, não é o destino natural do ser humano, mas algo que foi trazido sobre ele no decorrer da história (Gênesis 3), assim sendo, abre-se o caminho, a possibilidade de Deus vencer o pecado e a morte.

Isaías 26,19 e Daniel 12,2 já enfocam que a morte será vencida por um ato divino de nova criação.

A doutrina da ressurreição no entanto, permaneceu sendo assunto de controvérsia: fariseus a defendiam e saduceus a negaram.

Jó, no capítulo 19, 25-26 proclama a esperança de vida eterna. Certo, porém, é que Deus revelou pouco em Sua Palavra acerca da vida no além. Também neste assunto é importante considerar Deuteronômio 29,29.

3 – MORTE E ENTÃO NO NOVO TESTAMENTO

A maneira do Novo Testamento compreender a morte de princípio não diverge muito da compreensão do Antigo Testamento.

O homem vive na sombra da morte (Mateus 4,16). Deus, a fonte de toda a vida é o Único a quem pertence à imortalidade (2 Timóteo 6,16); o homem tem que viver a sua vida inteira na presença do temor da morte (Hebreus 2,l5).

Qual a causa da morte? A resposta de Paulo a esta pergunta está em Romanos 6,23. “O salário do pecado é a morte.” O diabo é aquele que tem poder sobre a morte (Hebreus 2,14); mas Deus é o Senhor sobre a vida e a morte e a Ele cabe o poder de “fazer perecer tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mateus 10, 28)

Paulo não vê o assunto morte como um fenômeno apenas biológico, mas sim muito mais teológico. Quando o homem vira as costas a Deus “que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Rm 4, 17), separa-se totalmente da fonte da vida e assim se torna sujeito à morte. Por isto, o pai do filho pródigo diz “Este meu filho estava morto (...)” (Lucas 15, 24 e 32)

Vida e morte dependem em última análise – tanto aqui como no além – de como o homem se relaciona com Jesus Cristo (Jó 5,24; 8,51; 11;25)

Também no Novo Testamento se evidencia que morte não é algo natural, e sim uma condição pecaminosa do homem.

Já que o poder do pecado foi quebrado com a morte de Jesus, também a esperança da vida e vida eterna está em intrínseca relação com Jesus.

Paulo, neste sentido expressa uma certeza tão grande que pode afirmar: “Porquanto para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro (Filipenses 1,21) ou “Se já morremos com Cristo, também viveremos com Ele.” (2. Timóteo 2,11)

Que consolo quando a Palavra de Deus nos garante que a morte não tem o poder de separar o crente em Jesus de Deus, conforme Romanos 8,38: “Estou bem certo de que nem a morte poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor?

4 – CONCLUSÃO :

Vale a pena viver a vida com Jesus, em sua Comunidade na certeza de 1. Coríntios 2,9 : NEM OLHOS VIRAM, NEM OUVIDOS OUVIRAM, NEM JAMAIS PENETROU EM CORAÇÃO HUMANO O QUE DEUS TEM PREPARADO PARA AQUELES QUE O AMAM.”

Isto vale para esta vida e também para a vida no além.

P. em. Ari Henrique Bencke
Par. São Marcos


Autor(a): CEJ - Comunidade Evangélica de Joinville - UP
Âmbito: IECLB
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7865
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