Antônio e Isabel eram recém-casados. Eles se mudaram para um apartamento próximo ao trabalho de ambos. No sábado pela manhã, enquanto tomavam café, Isabel olhou pela janela e reparou que, no prédio ao lado, a vizinha pendurava lençóis. Ela comentou com o marido: Que estranho! Ela está colocando os lençóis sujos para secar. Ou não enxerga bem... Ou precisa de outro sabão em pó! Se tivesse amizade, perguntaria se ela quer ajuda. Antônio observou calado. Alguns dias depois, também durante o café da manhã, a vizinha pendurava toalhas. E, novamente Isabel observava pela janela, comentando com o marido: Nossa vizinha continua pendurando as peças sujas! Será que devo conversar com ela? Passados alguns dias, Isabel, sempre na espreita, se surpreendeu ao ver camisetas branquíssimas sendo estendidas. Empolgada foi dizer ao marido: Agora, sim... Ela aprendeu a lavar as roupas. Será que outra vizinha lhe indicou uma nova marca de sabão? Antônio levantou-se, mostrou a esponja e disse, com um leve sorriso no rosto: Eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa varanda! A história é velha, mas a lição é sempre atual. Quem não escorrega no falar? Como é fácil se dedicar a cuidar da vida alheia, esquecendo-se de olhar à sua própria vida. Lembre-se que Jesus já alertou sobre tal perigo (Lucas 6.39-42).