Anteontem sepultei o amigo Ingo, o qual ontem (dia 22) completaria 81 anos. Também ontem, eu completei meus 60 anos. Ou seja, quando chorei pela primeira vez lá no interior gaúcho era cantado os parabéns pelos 21 do Ingo aqui em Santa Catarina. Enquanto, eu estava aos cuidados dos meus pais, ele já era sapateiro e planejava o seu casamento. Depois de seis décadas, olho ao passado com gratidão. Nas decisões próprias, sempre houve boa orientação de pessoas maduras. Acima de tudo, reconheço que foi determinante a condução de Deus. Agora, diante da partida do Ingo, comecei a refletir sobre o que virá. De fato, ninguém sabe o tamanho exato de sua vida. Todavia, se me restarem 21 anos – aqueles que o Ingo estava na minha dianteira - como vou aproveitá-los? Então, lembrei-me da velha história onde certo sapateiro perguntou ao reformador: Agora que entendi o Evangelho devo também ser pregador? Lutero não negou a possibilidade. Todavia, orientou o artesão para que continuasse honrado a Deus com o seu ofício, pois já seria um bom testemunho de fé. Não sei exatamente o que tenho pela frente, mas quero honrar a Deus em todos os momentos.
Um clássico: “Senhor! Eu Quero Amar-te”.