Meu tesouro!

05/10/2018

O jovem pastor foi enviado para trabalhar numa pequena paróquia do interior. Eram algumas comunidades que estavam por um bom tempo sem pastor. Então, inicialmente a principal tarefa era ajuntar as ovelhas e conduzir o rebanho. O jovem tinha muita disposição. Contudo, pouca experiência pastoral. Na sua humildade procurava conselhos dos colegas mais experientes. Eles diziam: Primeiro, ouça e observe. Depois, procure entender. Por fim, tome uma atitude ou traga uma palavra. Outros diziam: Jamais faça distinção entre pobre e rico. Visite todos. Mas, principalmente, dê atenção especial aos doentes e idosos. Assim, o jovem pastor começou uma visitação intensiva. Deseja muito conhecer o lugar e as pessoas. Depois de meses, sobraram poucas famílias que residiam mais longe ou que estavam revoltadas com a igreja. Entre os revoltados havia um rico fazendeiro, que “usava” a igreja quando precisava. Era um sujeito prepotente que ridicularizava a fé dos demais. De tantas histórias que escutou, o jovem pastor se sentiu intimidado. Estava empurrando a visita semana após semana. Enfim, tomou o propósito. Criou coragem. Orou alguns dias. Escolheu uma manhã especial e foi em direção à fazenda. O jovem foi muito bem recebido. O fazendeiro lhe ofereceu um gostoso chimarrão, que se vangloriava contando inúmeras histórias. Em algumas, ele debochava dos amigos, dos pastores, da igreja... Lá pelas tantas, o fazendeiro convidou o jovem para dar um passeio na sua camioneta. Disse o fazendeiro: Pastorzinho! Quero lhe mostrar minha propriedade. Então, levou o jovem até o alto de uma coxilha, donde se avistava muito longe. O fazendeiro apontou numa direção, onde havia uma extensa lavoura de milho, dizendo: Até onde sua vista alcança é meu. Apontou para o outro lado, onde havia o gado pastando. É tudo meu! Doutro lado, ao longe um enorme pinheiral: Tenho madeira em abundância. Tiro quando quiser. Ninguém se mete comigo! No seu íntimo, o jovem pastor vinha orando, pedindo a Deus oportunidade para falar do Evangelho. De repente, sentiu coragem. Enquanto o fazendeiro apontava em todas as direções, dizendo: É meu, é meu, é meu... O jovem apontou para o céu e perguntou: E, lá em cima, o que o senhor tem? Toda a faceirice do ricaço sumiu... Ele abaixou a cabeça e disse: Infelizmente nada! A conversa dali por diante tomou outro rumo e acabou de joelhos na presença do Pai, com arrependimento e conversão. Tal situação lembra alguns trechos bíblicos, entre os quais: De que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma (Mateus 16.26).


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 16 / Versículo Inicial: 26
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 49226
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Romanos 8.38
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