Inúmeras vezes, a mãe alertou: Está pronto o almoço. Venham! Ano após ano, aquele moço sentou-se à mesa e se fartou com a comida gostosa feita com carinho pela mãe. De repente, cheio de si, ele tomou a decisão: Vou partir e experimentar outra comida. Com o dinheiro que recebeu do pai, viveu e dividiu banquetes com seus amigos de farra. Comida e bebida à vontade. Sempre do bom e do melhor. Mas, tudo acaba, pois vivemos sob limites. O tempo voa e os dias se acabam. Alguns alcançado mais longevidade do que outros. Igualmente, a saúde e o dinheiro terminam. De repente, aquele rapaz notou que, além do dinheiro e amigos interesseiros, também o prazer pela vida se esvaiu. Agora, estava no chiqueiro, comendo junto aos porcos. Mas, que saudade! Na lembrança pairavam boas recordações da mesa farta de casa, do carinho dos pais e da convivência com os amigos de infância. De maneira abusada, havia deixado tudo para trás em busca de paixões. Entre os porcos, tomou consciência e coragem: Volto e peço perdão! Sendo aceito, retomo minha caminhada. O pai o aguardava de braços abertos. A mãe já tinha recolocado a mesa da comunhão. Por fim, pergunto: Será que já percebemos que longe da Casa do Pai, só vamos nos lascar? Então, melhor é ficar na comunhão!
No belo estilo gaúcho, com Giovane de Oliveira, “Um Passo Só”.
