Após o fim da 2ª Grande Guerra, Balduíno retornava para casa. Estava maltrapilho, com frio e fome. Vez por outra, parava numa fazenda, pedindo um prato de comida. Dormia em galpões ou debaixo de árvores. Após uma noite fria, sentiu a necessidade de roupas mais quentes. Na curva da estrada encontrou uma casa com fumaça saindo pela chaminé. Um velhinho atendeu-o com afeto, convidando-o para um prato de sopa. Conversaram sobre o fim da guerra. O velho lhe disse que era polonês e havia sido tocado à Alemanha pelo exército russo. Estava ocupando uma casa que não lhe pertencia, outrora abandonada. Mas, não sabia por quanto tempo ficaria por ali. Contou que seu filho foi levado à batalha. Não voltou. Não deu notícias. Balduíno falou da esperança em reencontrar sua esposa, seus filhos. Na despedida, após um forte abraço, o velho abriu uma mala donde retirou um casaco. Entregando-o ao Balduíno, disse: Era do meu filho, que provavelmente não o usará mais. Aqueça seu corpo e continue sua jornada. Vá em paz ao encontro de sua família. Passou-se uma semana. Numa manhã cinzenta, o velho escutou uma batida à porta. Espiou pela janela e viu o casaco que havia dado. De imediato abriu a porta e disse: Entre soldado, pois a sopa já está pronta. O que o traz de volta? Quando o sujeito se virou, o velho notou que não era Balduíno. Mas, sim... Era seu filho desaparecido. Entre abraços e choro, o filho contou que estava desesperado, sem saber para onde ir após a guerra. Voltou à casa paterna que estava destruída pelo bombardeio. Mas, de repente no caminho viu um moço passado com o seu casaco. Prontamente o parou e questionou onde o havia adquirido. Balduíno explicou nos detalhes onde poderia encontrar seu pai. Assim pai e filho se encontraram. Momento de felicidade! Em Atos, encontramos uma citação nas seguintes palavras de Jesus: “É mais feliz quem dá do que quem recebe” (20.35). De maneira inesperada podemos ser abençoados por amar e socorrer o nosso próximo.
