“Estou para seguir o caminho de toda a terra.
Por isso, seja forte e seja homem” (1 Reis 2.2).
Normalmente, as últimas palavras de uma pessoa são ouvidas e guardadas com muito carinho e atenção. Em se tratando de um rei, elas se tornam ainda mais significativas. A frase acima contém as últimas palavras do Rei Davi. Ao instruir seu filho Salomão que o sucederia no trono, o exorta a “ser homem”.
Durante o naufrágio do Titanic, não havia botes salva-vidas para todos. Por ordem do capitão, foi dada preferência para mulheres e crianças. Com isso, 74% das mulheres e 52% das crianças a bordo foram salvas e, somente, 20% dos homens. Estes homens que sobreviveram foram taxados como covardes, por não terem se sacrificado para salvar as mulheres e crianças.
“Mulheres e crianças primeiro” é um código de conduta antigo observado em situações de perigo. Isso não altera o valor e a importância delas. Apenas sublinha que, se o navio começar a afundar, se espera dos homens que priorizem o cuidado com elas, antes que a si mesmos. Espera-se que sejam fortes, corajosos e capazes de se sacrificarem em defesa das mulheres e crianças.
Poucas pessoas sabem, mas existe pena de morte no Brasil, tendo inclusive amparo constitucional. O inciso 47 do artigo quinto da Constituição, diz que não haverá penas de morte, salvo em caso de guerra declarada. Os crimes que podem levar a essa punição estão descritos no Código Penal Militar, de 1969, entre os quais consta a covardia. Portanto, que o homem seja corajoso diante do perigo é não apenas uma expectativa social, mas também uma exigência legal.
Ao estudar a vida de Salomão, vê-se que ele mais foi homem quando reconheceu que dependia de Deus. Não seremos homens na plenitude daquilo para o qual existimos se formos a parte daquele que é o padrão de humanidade: Jesus Cristo. Jesus não é um super-homem, ele apenas é um homem na sua plenitude. Que sejamos nós também semelhantes a Cristo, especialmente na disposição de nos sacrificarmos em favor do nosso próximo.
Oração: Senhor Deus e Pai... Te agradecemos pela obra de Jesus na cruz. É a maior demonstração de amor que podemos ver na história. Inspirados nele, queremos expressar a força do amor pelas pessoas ao nosso redor. Ajuda-nos! Amém!
P. Leonir Arno Lohmann
Paróquia Evangélica de Três Coroas