Meditação da semana

No Natal, apenas o essencial!

22/12/2021

Num dia chuvoso, um homem caminhava por uma estrada, quando viu alguns pássaros no chão. Estes estavam comendo grãos que ali encontraram. Quando o homem deu um passo em direção aos pássaros, eles ficaram agitados. Mais um passo e o nervosismo aumentou. Quando estava quase ao lado deles, repentinamente todos os pássaros voaram.

 Por alguns instantes o homem ficou refletindo sobre o que havia acontecido. Sua mente lhe perguntava: por que esses pássaros se dispersaram? Ele não quis fazer-lhes nenhum mal. Depois de um tempo, ele chegou a uma conclusão: compreendeu que ele era muito grande.

 Diante disso, outra pergunta veio-lhe à mente: como poderia caminhar por entre esses pássaros, sem assustá-los com o seu tamanho? Ele chegou a uma nova conclusão: de que isso somente seria possível se ele fosse capaz de tornar-se um pássaro e voar intimamente entre eles.

 Essa analogia nos lembra do tempo especial do natal. Durante as quatro semanas do Advento, viemos trabalhando em nossos corações à espera pelo nascimento de Jesus. O fizemos com alegria e cuidadosa preparação.

Nos tempos do Antigo Testamento, Deus apareceu a pessoas de diversas maneiras. A Abraão, por meio de mensageiros celestes. Moisés na sarça ardente. Inicialmente, todos ficaram com muito medo por causa da grandeza de Deus. Mas séculos mais tarde, o anjo de Deus apareceu aos pastores nos campos em Belém e anunciou: “Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

Hoje temos a graça de vivenciarmos essa notícia. É tempo de natal. Celebramos a vinda do Senhor Jesus, que não veio só “voar”, mas nascer entre nós. Deus se tornou ser humano para que nós não tivéssemos medo de nos aproximarmos dele. O Deus eterno estava se revestindo da nossa humanidade e se submetendo às mesmas dores e limitações que nós.

O nascimento e a humanidade de Jesus nos mostram o quanto Deus nos ama. Quem vem não é um estranho, mas é Jesus, aquele que chamamos de Cristo. Ele nasce para nós e entre nós. E faz isso escolhendo o caminho simples, humilde e sincero. Sim... Deus resolve vir a este mundo e olhá-lo através dos olhos e sentidos de uma criança. Que caminho sublime! Que jeito especial de vir até nós! Aquele que nasce numa manjedoura é o mesmo que se entregou na cruz de Gólgota para ser crucificado e depois ressuscitou por você e por mim. Loucura para alguns, poder e salvação para os que creem. (1Co 1.18).

O nascimento de Jesus trouxe o Deus infinito para que estivesse ao alcance do ser humano finito. É isso que importa nessa época. Isso é o essencial e o mais importante. Todo resto é supérfluo e secundário. Ele não veio para nos afastar, mas para nos atrair a si. Ele veio “voar entre os passarinhos”. Ele veio “ser um passarinho”. Acolhamos o Menino Jesus em nosso coração e permitamos que ali ele faça morada. Somente assim poderemos desejar uns aos outros: Feliz Natal! Amém.

Oração: Ó Eterna criança nascida em Belém. Obrigado por vires morar entre nós. Vem habitar no meu coração. És o maior e mais especial presente em minha vida. És o meu Salvador. Quero anunciar-te a outras pessoas para que te acolham como Salvador. Envolve-me com a tua luz e ajuda-me a viver conforme teu amor ensinado e partilhado. Amém.

P. Charles Werlich
Linha Pinheiro Machado
Pastor vice-sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho

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