Mateus 6.1-6,16-21 - Quarta-feira de Cinzas - 13/02/2013

Caderno de Cultos 2013

13/02/2013

13/02/2013 - QUARTA-FEIRA DE CINZAS
Joel 2.1-2,12-17; 2 Coríntios 5.20b-6.10
Pregação: Mateus 6.1-6,16-21
Fabiani Appelt – Água Boa - MT

LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Estimados irmãos e irmãs sejam bem vindos. Saúdo a todos com o versículo bíblico de Lucas 19.10 “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”
Com a celebração das cinzas iniciando o tempo da Quaresma, tempo que nos convida a conversão. Tempo no qual acompanharemos a historia de Jesus em seus últimos dias e nos prepararemos para a celebração da Páscoa, o centro de nossa vida cristã.

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CANTO DE ENTRADA
333 –HPD2– Canção da Chegada

Ou: Nº ____________________________

SAUDAÇÃO
Saudação: Reunimos-nos em nome e na presença do Trino Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
85 – HPD1 – Vem, Espírito divino

Ou: Nº ____________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
A Quaresma é tempo de mudança existencial e isso só acontece quando nos colocamos humildemente diante de Deus. Que cada um possa olhar para sua vida, para sua existência, e perguntar-se: vivemos de acordo com a fé em Jesus Cristo? Cultivamos a fé, a esperança e o amor?
No desejo de viver a fé como compromisso, o tempo de quaresma é tempo de penitência, tempo de voltar-se para Deus, como destaca o profeta Joel: “É isto o que diz o Senhor: Voltai-vos para Mim, de todo o vosso coração, com jejuns, com lágrimas e gemidos. Rasgai os vossos corações e não os vossos vestidos, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque Ele é benigno e compassivo, paciente e de muita misericórdia...” (Jl 2.12s).
Em silêncio confessemos os nossos pecados.

ANÚNCIO DO PERDÃO
Deus ouve o nosso pedido de perdão. Nisso podemos confiar. E é por isso que posso anunciar o perdão dos vossos pecados, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (+). Amém.

KYRIE
Como pecadores que se sabem perdoados e reconciliados com Deus, unamos as nossas vozes para clamar pelas dores deste mundo. Juntos cantamos: Pelas dores deste mundo
Pelas dores deste mundo, ó Senhor, imploramos piedade. A um só tempo geme a criação. Teus ouvidos se inclinem ao clamor desta gente oprimida, apressa-te com tua salvação. A tua paz, bendita e irmanada co’a justiça. Abrace o mundo inteiro, tem compaixão. O teu poder sustente o testemunho do teu povo. Teu reino venha a nós! Kyrie eleison!


ORAÇÃO DO DIA
L. Oremos: Benigno Deus, em nossa vida há fraquezas e forças, glória e cruz, e tu te achegas com tua Palavra para nos acompanhar e orientar, mostrando que são necessários momentos de reflexão, de avaliação, de penitência para seguir os teus passos, desfrutar as tuas bênçãos. Mostra-nos, Senhor, como somos de fato. Abre nossos olhos e nosso coração para reconhecermos nossos pecados, para voltarmos nossa face para ti e buscarmos cumprir tua vontade. Ajuda-nos a viver a tua libertação, a tua justiça, a fé que transforma! Que tua palavra, que a comunhão de fé, que este tempo de Quaresma possa nos aproximar de ti, e assim, cumprirmos o “jejum” que te agrada. Por Jesus Cristo que reina de eternidade e eternidade, juntamente contigo e o Espírito Santo, é que oramos. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Joel 2.1-2,12-17.

2ª Leitura Bíblica: : 2Coríntios 5.20b-6.10

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
379 – HPD2 – Pronto para ouvir

PREGAÇÃO
Leitura Bíblica: Mateus 6.1-6,16-21
“Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês, meus irmãos! Amém!” (Gl 6.18)

Estimada comunidade!
Na quarta-feira de cinzas, hoje, inicia-se o período da Quaresma. De onde vem esse costume de um período de quarentena (40 dias) antes de Páscoa?
Desde o século IV d.C era costume batizar as/os cristãs/ãos no domingo de Páscoa, domingo da ressurreição. Para o batismo, as/os aspirantes ao cristianismo passavam por um período de preparação de 40 dias, contados a partir do domingo de Páscoa. Durante esse tempo, elas/eles meditavam, oravam, jejuavam, abstinham-se de festas. Enfim, era um tempo de preparação para as/os primeiras/os cristãs/ãos.
Jesus também se retirou para o deserto por 40 dias e 40 noites, ainda que depois do batismo (Lc 4.1-13). Também Jesus teve sua quarentena, sua quaresma. Nessa história de Jesus, ficamos sabendo que, no deserto, Jesus passou por tentações. Ele foi provado. Quaresma, então, é também tempo de provação.
Provação, por um lado, é deixar-se provar, deixar-se conhecer, ouvir a voz interior, ouvir o som do silêncio. Provação, por outro lado, é conhecer e distinguir as vozes do mundo e suas propostas. Provação é expor-se à tentação e resistir. Provação é, na verdade, ter coragem de enfrentar as tentações que vêm do nosso íntimo e do mundo exterior.
Quaresma também é tempo de reconciliação. “Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus”. 2Co5.21
Temos dificuldades em silenciar, ouvir nossos próprios pensamentos. No fundo, temos medo dos nossos pensamentos, pois nos mostram como somos. As vozes do mundo, com certeza ouvimos. As vozes do mundo soam tão sutis, sedutoras, suaves aos nossos ouvidos que nos parecem tremendamente verdadeiras. Normalmente, as vozes do mundo soam tão doces aos nossos ouvidos porque já não se distinguem dos nossos pensamentos. Ouvimos as vozes do mundo, mas não sabemos distinguir, pois, de uma forma diabólica, ela também já não se distingue mais da voz dos pensamentos. Por isso, Jesus ensinou a orar: não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal (Mt 6.13).
Quaresma é tempo oportuno para rever conceitos, atitudes e posições. Pois Deus diz: “Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação”.
A Quaresma é, então, tempo oportuno para encontrarmos nossa voz interior, nosso equilíbrio, nossa orientação. A essa voz interior damos o nome de CORAÇÃO. Para nós o coração é o centro das emoções. As emoções mais profundas de ódio ou amor passam por ele. Ele é uma espécie de filtro do que vai nas nossas mentes, nas nossas intenções. Entretanto, nosso coração nem sempre consegue cumprir seu papel de ser um ponto de equilíbrio de nossas intenções. Nem sempre ele consegue trazer com pureza a nossa VOZ INTERIOR.
Há comportamentos nossos que já estão tão enraizados que nosso coração não consegue mais detê-los. O coração vai ficando tolerante com esses comportamentos. Aprendemos com o tempo a silenciá-lo. Ele torna-se tão submisso que simplesmente aprova tudo o que fazemos. Nosso coração não nos condena mais, não nos questiona mais. Não sentimos mais aquele tremor diante de uma pessoa em sofrimento, diante de uma situação de desgraça. Nesse caso é comum que se diga que temos coração de pedra. O coração não reage mais diante dos sofrimentos alheios. Quando isso acontece, perdemos parte de nossa humanidade, perdemos algo daquilo que nos faz imagem de Deus (1 Jo 3.17). Nesse caso, só nos resta pedir incessantemente a Deus: Ó Deus, cria em mim um coração puro (Sl 51.10).
Outras vezes nosso coração nos condena em tudo. Nosso coração não nos dá paz. Nós nos tornamos pessoas insatisfeitas, pois ele está nos cobrando a todo momento uma atitude, uma posição diante das coisas e dos fatos. Ele exige que nossas ações sejam norteadas por uma pureza total. É possível que nesse caso nosso coração assimilou tanto a lei que, em vez de nos ajudar e nos orientar, nosso coração torna-se um carrasco legalista. Ele não é mais movido por sentimentos e intenções verdadeiras, mas por leis rígidas que lhe foram impostas. Ele funciona como uma máquina de calcular: isso é certo e isso é errado; faça isso e não faça aquilo. Nosso coração parece cobrar de nós uma perfeição que não podemos alcançar. Ele não nos orienta mais a agir por amor, mas nos torna escravos de preceitos, de normas, regras, de leis.
Nosso coração é nosso ponto de orientação no amor a Deus e ao próximo. Se ele está tão relaxado que não nos faz mais ouvir a nossa voz interior ou está tão enrijecido pela lei que não cessa de impor comportamentos, ele não nos orienta mais.
Que o período de Quaresma seja uma oportunidade para essa preparação que envolve a provação. Que nos deixemos provar para recuperarmos nossa voz interior, nosso coração. Se, porém, sairmos dessa experiência pesados ou carregados de culpa ou condenação, vale lembrar aqui o que encontramos em 1 Jo 3.20: Se nosso coração nos condena, sabemos que Deus é maior do que o nosso coração”. Não sucumbiremos na provação nem na tentação do tempo de Quaresma. Esse é sentido do domingo de Páscoa para onde a Quaresma aponta: DEUS É MAIOR QUE O NOSSO CORAÇÃO.
HINO
400 – HPD2 – Bem-aventurados

CONFISSÃO DE FÉ
Confessemos nossa fé com as palavras do Credo Apostólico.

Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO

221 – HPD1 – Senhor porque me guarda a tua mão

ATO PENITENCIAL

Bênção das cinzas: O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no Antigo Testamento. Elas simbolizam a penitência, o humilhar-se, a transitoriedade do ser humano. A CINZA, que nos lembra a condição efêmera da vida e seu destino de eternidade em Deus. Desde o século IV, a Igreja vem se preparando para a Páscoa com 40 dias de austeridade, à semelhança da experiência vivida por Cristo no deserto. Como na antiga disciplina os domingos não eram dias de penitência nem de jejum, a quaresma somente somava 36 dias. Sendo assim, a Igreja antecipou para Quarta-feira de Cinzas para completar os 40 dias.

Oremos: Ó Deus, em tua abundante graça te comoves com os que se humilham, te reconcilias com os que, arrependidos, pedem perdão, e ouves como um pai, uma mãe, atenciosos as nossas súplicas. Derrama a graça da tua bênção sobre os teus filhos e filhas que vão receber estas cinzas, para que, na caminhada da Quaresma, possam celebrar de consciência e coração consolados a Páscoa de teu Filho, Jesus Cristo, nos lembrando que somos pessoas pecadoras, que carecemos e tua graça e perdão e que somos frágeis como o pó. Por Jesus Cristo. Amém!

Compromisso Quaresmal
L. A Quaresma nos propõe a vida de Jesus como modelo de vida. Assim a fé necessita ser uma prática diária, um compromisso existencial, e não mera crendice que busca favores e soluções fáceis, para as dificuldades da vida. Vocês estão dispostos a continuar seguindo Jesus Cristo, vivendo o Batismo diariamente e sendo instrumentos de Deus? Então respondam: Sim, com a graça de Deus!
C – Sim, com a graça de Deus!

L. A Quaresma é um tempo que exige empenho constante nas pequenas coisas cotidianas. Vocês estão dispostos a realizar suas atividades diárias como jejum agradável a Deus, proporcionando que a presença de Deus esteja em todas as nossas atividades e promovendo um mundo mais fraterno? Então respondam: Sim, com a graça de Deus!
C – Sim, com a graça de Deus!

L. A Quaresma é um tempo propício para a espiritualidade, para fortificar a fé, mediante a devoção, os momentos de oração e de leitura da Palavra individual e familiar. Vocês estão dispostos a dedicar mais tempo à oração, à leitura da Palavra de Deus, à prática da solidariedade, à abdicar de coisas que não fazem bem a nossa vida? Então respondam: Sim, com a graça de Deus!
C – Sim, com a graça de Deus!
L. Oremos: Ó Deus, tu que não queres a morte do pecador, mas a sua conversão, escutai com bondade as nossas preces e fortifica a lembrança de que fomos marcados por ti no nosso Batismo, assim somos teus e tuas. Utiliza estas cinzas, como meio que nos dê força para seguir vivendo com compromisso a fé em ti e o amor ao nosso próximo. Ilumina, perdoa, transforma e renova a tua presença entre nós, segundo teu amor e graça. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Imposição das cinzas
Após o compromisso quaresmal, recebamos agora as cinzas.

[a comunidade em fila e em silêncio vem até o altar e recebe a imposição das cinzas na testa]


ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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L. Oremos: Converte-nos, Senhor. Olha por todos nós para que a Quaresma nos leve à verdadeira conversão e ao conseqüente compromisso com os irmãos e irmãs excluídos. Olha para a nossa vida, nossos medos, pesares, sofrimentos e desencontros, dá-nos força para vencer o que nos afasta de ti.
Converte-nos, Senhor. Inspira nossos líderes e governantes, para que tocados pelo teu amor, dediquem-se inteiramente na construção da justiça, da solidariedade e da paz. Inspira tua bondade em todos e todas que têm o poder, a chance de fazer o bem, de consertar vidas, de defender a dignidade, para que atuem em favor dos oprimidos e não se calem e acomodem com o sofrimento e a impunidade.
Bondoso Deus, em tuas mãos colocamos nossa vida. Ajuda-nos a vivermos o ‘jejum’ agradável a ti. Dá que, comprometidos com nosso Batismo, vivamos penitência e reconciliação diários, buscando sempre de novo a tua face. Tudo aquilo que está no profundo de nossos corações, trazemos diante de ti, rogamos que nos ouças e nos atendas conforme a tua bondade. Confiantes em ti, juntos oremos: Pai nosso...


PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
Que o Senhor te abençoe e te guarde. Que o Senhor resplandeça o seu rosto sobre ti. Que o Senhor tenha misericórdia de ti. Que assim te abençoe o Trino Deus, o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo. Amém.

ENVIO
Ide em paz. Servi ao Senhor com alegria. Aproveitando esse tempo sobremodo oportuno para a reconciliação.

CANTO FINAL
326 – HPD2 – O povo de Deus


Autor(a): Fabiani Appelt
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Quaresma

Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 6 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 21
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2013
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 18743
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O Deus da paz opere em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre.
Hebreus 13.20-21
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