Marcos 3.20-35 - 2º Domingo Após Pentecostes - 06/06/2021

Caderno de Cultos 2021 - Sínodo Mato Grosso

04/06/2021

06/06/2021- 2º Domingo Após Pentecostes
Pregação: Mc 3.20-35; Leituras: Gn 3.8-15; Sl 130; 2 Co 4.13-5.1.
P. Ricardo Brosowski – Paróquia do Parecis- MT


ACOLHIDA
Bom dia/Boa noite!
“Como é bom e agradável que o povo de Deus viva unido, como se todos fossem irmãos” (Salmo 133.1). Com essas palavras de boas-vindas saúdo a todos vocês! Que tenhamos ouvidos atentos, intelecto preparado e corações dispostos a aprender da Palavra de Deus! E também, que nosso corpo todo, esteja disposto a aplicar esse aprendizado em nosso dia-a-dia. Amém”.

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CANTO DE ENTRADA
Nº 461 -LCI – Espírito, Verdade

Ou: Nº ____________________________________________________

LITURGIA DE ABERTURA
SAUDAÇÃO
Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus nosso Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam e permaneçam com todos nós. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
Nº 5 - LCI – Aqui chegando, Senhor

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Confessemos os nossos pecados:
Senhor, sabemos que és santo, justo e correto. Sabemos que nos ensinas o caminho no qual devemos andar. Sabemos que diante de ti não podemos nos gloriar de nada, pois nenhum ser humano é justo! Por isso, diante de ti, confessamos a nossa desobediência, nossa culpa e nossa transgressão. Pecamos em nosso agir, pecamos em nosso falar, pecamos em nosso pensar. Também erramos, muitas vezes, ao nos omitirmos em situações de desamparo, de violência, de impunidade, de exclusão. Deveríamos falar e nos calamos. Deveríamos agir e, por medo ou vergonha, permanecemos inertes. Perdoa-nos por isso. Sabemos que causa de nosso pecado merecemos castigo e morte, aqui e na eternidade.
Mas também sabemos que em Jesus Cristo encontramos perdão. Ele carregou sobre si, na cruz, nossos pecados. Por isso te somos gratos. Ensina-nos, por meio de teu Santo Espírito, que somos dependentes dessa graça imerecida. Que sem ela estamos completamente perdidos. Continuamos pecadores, e por isso clamamos por misericórdia quando cantamos: “Tem piedade de nós”
Canto - Nº 32 - LCI – Tem piedade de nós

ANÚNCIO DO PERDÃO
No lema dessa semana somos lembrados pelo apóstolo Paulo que: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos seres humanos as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2Co5.19). Ouvindo essas palavras sabemos que não temos qualidades para estarmos diante de Deus, por nossas próprias forças. Mesmo assim, Ele quis estar conosco, e por isso, em Cristo, ele nos concedeu perdão, dando-nos esperança de vida plena e eterna. Amém.

KYRIE
Na obra de Cristo na cruz encontramos perdão e salvação. Mesmo assim as marcas do pecado ainda permanecem em nosso mundo: perseguições, lutas por poder disfarçadas de amor ao próximo, fome, desemprego, marginalização do diferente; nossos irmãos cristãos em muitos lugares ainda morrem apenas por manifestarem e viverem sua fé. Pelas marcas do pecado expressas nessas situações clamando que Deus tenha compaixão. Cantamos: “kyrie”:
Canto - Nº 64 - LCI – kyrie.

GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus está próximo de nós. Em Cristo ele nos conectou, permanentemente, com ele próprio. Por isso podemos cantar juntos: Glória.
Canto - Nº 65 - LCI – Glória in excelsas

ORAÇÃO DO DIA
Senhor, eterno e misericordioso Pai. Tu és a esperança de todos que confiam em ti. Nem sempre conseguimos colocar em prática tudo aquilo que esperas de nós. Essa dificuldade se dá desde de a queda, com Adão e Eva. Ouvimos tua Palavra, vemos o que fizeste por nós, mas temos dificuldades em crer e viver os teus ensinos. Por isso, ajuda-nos a vivermos o teu querer em nossa vida. Em nome de Jesus Cristo, que morreu, ressuscitou, subiu ao céu e está contigo e com o Espírito Santo, desde sempre e para sempre. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA
LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Salmo 130

2ª Leitura Bíblica: 2 Coríntios 5.13-5.1

3ª Leitura Bíblica: Gênesis 3.8-15

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
Nº 165 - LCI – Estou pronto, Senhor

PREGAÇÃO

Leitura do Evangelho (pedir que a comunidade se levante)
Proceder a leitura do evangelho de Marcos 3.20-35.
Após a leitura: Bem aventurados os que ouvem essas palavras e as colocam em prática. Aclamamos o evangelho cantando: “nome sobre todo nome”:

Nº 173 - LCI – Nome sobre todo nome

Oração: Amado Senhor, pedimos que tua santa palavra venha nos animar. Que ela nos desafie a colocar em prática o que esperas de nós. Em nome de Jesus Cristo, que é a Palavra viva. Amém. (sentar).

Jesus Cristo havia feito algumas curas. Havia chamado atenção do povo, também chamou atenção de alguns poderosos. Jesus escolheu doze discípulos, pessoas que estariam com ele e que auxiliariam no trabalho de anunciar o reino de Deus entre as pessoas. Podemos ver em Jesus um ser muito relacional, que busca, que convive, que congrega, que desafia as pessoas. E, desse modo, muitas vezes passava por algumas situações de embates, com sua família, com seus discípulos, com os escribas e fariseus.

Quando olhamos para nossa perícope, percebemos que as discussões com a família e sobre quem é a família de Jesus, emolduram a discussão com os escribas. Esses desceram de Jerusalém, simplesmente para tirar algumas satisfações sobre aquilo que Jesus estava fazendo.

O texto começa nos dizendo que Jesus Cristo foi para sua casa, e que uma grande multidão o acompanhou, tata gente que foi impossível que todos os presentes pudessem comer. Diante disso, alguns familiares dele o foram buscar, pois achavam que estava ficando maluco. O texto grego nos diz: “e ouvindo isso, os parentes, saíram para prender ele, pois diziam: Perdeu o juízo” (versículo 21). Essa é, com certeza, uma acusação muito dolorosa, ainda mais quando vemos que ela vem de quem deveria dar suporte a Jesus, por conhecê-lo mais profundamente. O texto não explicita quem são esses parentes, contudo, como sempre, as maiores decepções vêm daqueles que estão mais próximos.

Um segundo momento de nosso texto nos remete ao diálogo entre Jesus e os escribas. Vemos que a atenção de Jesus se volta para esse grupo de acusadores, nesse momento, de forma completa. Os mestres da lei discutiam e afirmavam que Jesus estava possesso por Belzebu – o chefe dos demônios, e que com a permissão desse demônio é que expulsava os outros demônios.

Percebemos nessa acusação um grau elevado de inocência ou má fé. Qualquer pessoa consegue perceber que existe uma enorme contradição dentro de tal afirmação! Não é preciso compreender da lógica aristotélica, nem mesmo ter assimilado a teoria dos conjuntos de Bertrand Russell, para perceber que existe algo de irracional dentro da acusação feita pelos escribas.

A resposta de Jesus se faz a partir de parábolas. Pequenas estórias que possuem um caráter pedagógico simples, mas profundo. Uma nação que se divide e luta entre si será destruída! E, tomando a família como exemplo: uma família que se divide, onde as pessoas arrumam brigas uma com as outras, acabará destruída! São afirmações contundentes e fortes, que querem mostrar aos interlocutores a fraqueza existente no argumento que eles usavam para acusar Jesus. Como pode Satanás expulsar-se a si mesmo? Se o reino de Satanás se dividir, poderá ele subsistir? Claro que não. A lógica do dividir, para compreender melhor e alcançar resultado, somente alcança êxito no plano cartesiano. Na vida comum, do dia a dia, da família, de um País, no dia-a-dia de um reino – seja ele qual for – dividir significa, inevitavelmente, separação, brigas e aniquilação.

A afirmativa posterior de Jesus Cristo chama atenção: “Os pecados e as blasfêmias das pessoas podem ser perdoados. O único pecado que nunca será perdoado é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Assim, Jesus associa a blasfêmia a uma tradição judaica, que diz que alguns pecados nunca poderão ser perdoados; dentro desses estava o assassinato, a imoralidade e a blasfêmia contra a lei de Deus. Podemos perceber que Jesus assume aqui, de modo velado, ser o Filho de Deus, o próprio Deus, na segunda pessoa da trindade. Ao afirmar que Jesus estava possesso de um espírito imundo, os escribas blasfemaram contra o próprio Deus. Reconhecer em Jesus Cristo um doido ou alguém possesso é assumir uma postura que contraria a vontade de Deus. Não reconhecer que Jesus Cristo é o messias é um insulto ao Espírito Santo – e, por isso, é algo imperdoável e digno de condenação.

Após essa discussão, Jesus retoma a questão da família! Quando chegam sua mãe e seus irmãos, eles mandam chamar Jesus. Eles não estavam com Jesus, talvez não o compreendam ainda – quiçá um dia compreendam. Nesse cenário podemos perceber mais uma vez o clima de tensão no local. Jesus vai para fora e se achega até eles? Jesus espera que eles entrem? Após tamanha discussão com os escribas, eles estão ao lado de Jesus? Ou vieram por ter Jesus “perdido o juízo” (como vimos no versículo 21)?

A pergunta de Jesus é a mesma que muitas pessoas fazem hoje em dia! Quem é minha mãe e meus irmãos? Quem são os meus familiares? Será possível aqueles que deveriam estar próximos se afastarem e os que estavam afastados se tornarem mais próximos?

Interessantemente, Jesus olha para a sua família. Por mais que a relação nem sempre seja como tão próxima quanto deveria, a mãe e os irmãos continuam sendo família. Como disse Adolf Pool, “na família o ser humano vive de modo humano”. Porém, podemos ver que a relação familiar, muitas vezes, precisa de definições e aceitação mais profundas para poder-se viver.

A resposta de Jesus para a sua provocante pergunta é dada por ele mesmo: “olhando ao redor, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Portanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (vs 34 e 35). Assim, podemos perceber que a verdadeira família de Jesus – da qual nós também fazemos parte, é a família de Deus. A família daqueles que fazem a vontade de Deus. Sem esse Pai não existe comunhão verdadeira.

Desse modo, podemos ver que existe um pano de fundo que ampara todo e qualquer agir, mesmo o de Jesus Cristo – que é Deus: a família. Nela deve existir sustento nas dificuldades, ânimo mútuo, valorização. Quando isso ocorre, as batalhas mais centrais da vida tornam-se menos complexas.
Podemos ver dois grandes ensinamentos nesse texto: a) Quando duvidamos de Jesus Cristo e daquilo que ele fez por nós, estamos perdidos. b) precisamos de alguém que nos conceda suporte para enfrentarmos as discussões e batalhas do dia a dia. Devemos responder a todos, como Jesus fazia, com verdade, mas terno amor. Isso nos faz lembrar do grande mandamento: Ama o Senhor acima de todas as coisas – acima do conforto, acima das crises, acima das status quo. Mas também ama os outros como você ama a si mesmo, respeite, cuide, acolha e auxilie.
Que possamos ser família de Jesus Cristo, todos irmãos, para que juntos possamos levar a sua Palavra, o seu perdão e sua promessa de vida eterna a todos que precisam. Mesmo que isso nos traga embates com a cultura vigente.
Amém.

HINO
Nº 573 - LCI – Da igreja o fundamento é

CONFISSÃO DE FÉ
Com toda a cristandade confessamos a nossa fé. Usamos as palavras do credo apostólico.

Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO
Nº 192 - LCI – Creio, Senhor, que é Deus

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Destino da oferta: _________________________________________
Oferta último Culto: R$________ destinada ____________________ ________________________________________________________
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ANIVERSARIANTES
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ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Amado Senhor, como tu nos ensinaste, trazemos até ti, nossas alegrias e dores, confianças e angústias, nossos prazeres e temores. Sabemos que ouves as nossas orações e te preocupas conosco.
Te agradecemos pela tua palavra que vem até nós, desafiando-nos a vivermos próximos a Jesus e próximos a nossos irmãos e irmãs, como uma grande família. Te pedimos: que tua Igreja seja sempre um lugar onde o teu Evangelho seja pregado de maneira reta e os sacramentos administrados de acordo com o santo evangelho. Cuida de nossas comunidades em todos os cantos.
Cuida de nossa nação, nosso estado e município. Dirige, com teu Espírito Santo, todas as autoridades, em todas as instâncias, a fim de que a justiça possa reinar. Que todos os que exercem cargo de liderança política trabalhem em favor do povo. Permitas boas colheitas e alimento digno a todas as pessoas. Abençoa o trabalho honesto, em todos os setores. Abençoa aos que geram emprego e também aos que trabalham. Cuida de nossos lares, para que possamos viver o amor e a paz em nossa casa.
Olha aos doentes, aos enlutados, aos perseguidos, aos que passam fome. Cuida deles! Também lembramos em oração das pessoas e motivos listados abaixo: (orar pelas situações levantadas).

Motivos de Oração
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Conforta a todos com teu Santo Espírito e ajuda-nos a vencermos as tentações do dia-a-dia. Ouve nossas preces, Senhor. Nelas abrimos nossos corações diante de ti. Nem sempre tudo que está em nossa mente e nosso coração consegue ser expresso em palavras. Por isso, tudo que queremos dizer e não o conseguimos, incluímos na oração que Jesus Cristo, teu Filho e nosso Senhor, nos ensinou:

PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA
BÊNÇÃO
Que o Senhor esteja a tua frente, guiando teu caminho!
Que o Senhor esteja atrás de ti, protegendo-te!
Que o Senhor esteja ao teu lado, te amparando e sustentando!
Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espirito Santo (+). Amém.

ENVIO
Vamos em paz. Sirvamos a Deus e ao próximo. Que amemos o Senhor acima de todas as coisas e o próximo como também nos amamos.

CANTO FINAL
Nº 305 - LCI – Caminhamos pela luz de Deus
 


Autor(a): Pastor Ricardo Brosowski
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Tempo Comum
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 2º Domingo após Pentecostes
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 20 / Versículo Final: 35
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2021
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 61759
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Portanto, estejam preparados. Usem a verdade como cinturão. Vistam-se com a couraça da justiça e calcem, como sapatos, a prontidão para anunciar a Boa Notícia de paz.
Filipenses 6.14-15
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