Lucas 16.1-9
9º. Domingo após Trindade
Por que a Bíblia considera o dinheiro e a riqueza como coisas iníquas, más, perversas, injustas?
1º. - Porque o esforço para ganhar e conservar obriga a participar da injustiça e iniquidade ligadas e relacionadas obrigatoriamente a essa luta. É muito difícil estabelecer o limite entre ganhos e lucros honestos e desonestos. É problemático saber onde termina o salário honesto e começa o ordenado sujo e pecaminoso.
Dinheiro não tem cor nem cheiro? Negócios, negócios, amigos à parte?
2º. -Porque dinheiro e riqueza enganam a todos os que pensam que podem confiar neles. Dinheiro e riqueza são um capital. E o capital representa poder - ou ruína. O poder do capital é que verdadeiramente comanda, governa os donos do dinheiro, as empresas, as nações e os povos.
Se as guerras parassem de hoje para amanhã, que aconteceria com as industrias que fabricam armas, aviões, navios, remédios? Que fariam os empregados dessas indústrias, desempregados da noite para o dia?
* * *
O homem rico e o administrador acusado de desonestidade, na parábola de Jesus, sabiam de tudo isso. Ambos aproveitavam as delícias do dinheiro, tiravam seus lucros, faziam — seus negócios.
Empregadores - empregados / Industriais - Ministério da Fazenda.
De repente - a crise para o administrador - o truque para se salvar da situação.
A falta de escrúpulo para tirar proveito, evitar a miséria e a vergonha.
A semelhança entre homem rico e administrador.
O elogio da esperteza - por que?
1) Saber enfrentar o poder do dinheiro (hoje rico - pobre amanhã)
2) O dinheiro serve para fazer amigos; não merece mais respeito do que isso (realismo!)
3) Saber explorar esse ídolo - eis o que Jesus elogia nos filhos do mundo. Isso é imoral? Por que?
* * *
Por que são menos espertos, hábeis, inteligentes os filhos da luz? Por que não são livres diante do poder do dinheiro! Porque não sabem decidir-se entre Deus e o dinheiro!
POR QUE? Porque acham que são honestos (mais que os outros), porque julgam que merecem o dinheiro que possuem. Em matéria de dinheiro, os cristãos seguidamente não cheiram nem fedem. Não são desonestos - mas também não são livres.
É preciso pensar no futuro? É preciso ser alguma coisa na vida? Ninguém vive sem dinheiro?
São os filhos do mundo? Ou os filhos da luz? Ou ambos?
Eis o nó da questão: como é que os cristãos vencem, com esperteza, o poder do dinheiro?
Os filhos do mundo usam truques, aplicam a desonestidade, descobrem mil jeitos.
E nós? Fazemos o mesmo?
Ou demonstramos nossa liberdade - a liberdade para a qual Jesus nos libertou - para enfrentar o poder do dinheiro, das riquezas?
E como se demonstra a liberdade?
* * *
Fazendo uso do dinheiro, sem ficar com medo das riquezas, sem ser esmagado pelo poder do dinheiro. Fazendo uso do dinheiro, como quem sabe que este mundo, suas riquezas e seu dinheiro, passarão.
Quem é capaz de orar venha o Teu reino sabe que todo o resto vai passar. Até mesmo o poder do dinheiro.
* * *
Assim, façamos uso do dinheiro!
Sejamos inteligentes no uso do dinheiro, nos negócios.
Mas sejamos livres! E vamos dar provas dessa liberdade.
Se os cristãos fossem livres em relação ao dinheiro...
Para sobreviver, o administrador pôs tudo em jogo.
A pergunta desta parábola: que é que nós pomos em jogo para Deus e seu reino?
A resposta é a semana que inicia.
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