Lucas 13.6-9
Fim de ano
Teria sido bom, se nós - eu não disse vós, mas sim nós - tivéssemos deixado todos os nossos desejos, esperanças e sonhos lá fora, diante da porta. E, se o tivéssemos feito, teria sido melhor ainda, se algum transeunte tivesse apanhado todos esses desejos, esperanças e sonhos e levado em bora. Mas nós não fizemos nada disso. E porque nada de parecido aconteceu, eis-nos aqui sentados, com toda essa carga. É claro que já sabemos antecipadamente o que acontecerá com os novos desejos, esperanças e sonhos, no decorrer do próximo ano. Acontecerá o mesmo que com as ilusões deste ano que finda.
Tudo isso nos entristece, nos desanima, chega até a encolerizar-nos. Ou nos torna indiferentes.
Mas nós viemos. E estamos à procura de uma resposta. Fazendo um retrospecto do ano que passou e procurando prever o que nos trará o ano que se iniciará dentro de algumas horas, surgem perguntas.
E o que todo mundo quer é uma resposta a essas perguntas. Talvez isso nos deixe ainda mais desanimados ou até furiosos, mas é preciso dizê-lo: o Evangelho não nos oferece soluções prontas, respostas de encomenda. Quem quiser encontrar respostas prontas, indicações por encomenda, tem de consultar o horóscopo. Infelizmente, não posso recomendar nenhum horóscopo, dos muitos que são publicados. Não porque eu seja pastor: Mas porque os diversos horóscopos e previsões astrológicas não concordam entre si mesmos. Embora as informações sejam todas aparentemente fornecidas pelos astros - que são sempre os mesmos! - há sempre uma resposta diferente para a mesma pergunta.
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