Lucas 11.5-13

31/10/2011

Neste texto de Lucas temos algumas figuras importantes que nos lembram a mãe e mulher. Jesus conta a história de um amigo. O amigo que recebe um visitante (amigo) e se preocupa em providenciar comida para os visitantes. Este vai a casa de outro amigo e de seus filhos para pedir pão. Ele conta a história com naturalidade. O pai se refere aos filhos como desculpa para não atender o amigo que pede um pão, pois os filhos estão dormindo. A figura feminina, da mulher e mãe não aparece nesta história. A preocupação de pai, com seus filhos, neste texto, é geralmente uma preocupação da mulher com seus filhos, uma preocupação de mãe, pois até um tempo atrás as mulheres que eram responsáveis pela educação, pelo cuidado dos filhos. A partir deste texto, mesmo não aparecendo a figura da mulher, podemos concluir que pai e mãe não são mais nem menos, mas devem ser um corpo, uma unidade, uma preocupação com os filhos.

O amigo que foi importunado, acordado e acordando também seus filhos, vai levantar de uma forma ou de outra. Uma por ser seu amigo e outra por sua insistência. Imaginemo-nos na mesma situação, sendo importunados a meia noite de hoje, tendo compromisso amanhã cedo, trabalho lhes esperando. De uma ou de outra forma iríamos levantar, resmungando e reclamando, ou felizes por poder ajudar um amigo ou uma amiga.

O texto continua dizendo que todos que pedem, recebem; os que procuram, acham e a porta se abre para todos que batem. Jesus Cristo nos autoriza a pedir, procurar e bater na porta. Não é qualquer porta; não é procurar qualquer ajuda, nem pedir a qualquer um. Neste texto Jesus Cristo está falando de seu Pai, nosso Deus e Pai. Aquele que nos criou e criou tudo o que existe neste mundo, o Deus que nos cuida e protege como uma mãe.

Nesta parte aqui me lembra que muitas vezes pedimos muitas coisas e às vezes reclamamos por que não fomos atendidos. Lembro-me de uma história que aconteceu recentemente comigo. Estávamos no preparativo de um encontro muito importante. E neste eu e um amigo ficamos responsáveis de ir buscar as pessoas no aeroporto de Jí-Paraná às 14 horas, chegariam 10 pessoas. E nós estávamos lá ás 13:40 horas para não nos atrasarmos. Para começar atrasou o vôo, chegou somente ás 14:30. Mas chegou. Nós já estávamos ansiosos esperando, com uma placa nas mãos para nos identificar, pois não conhecíamos as pessoas. Todos desembarcaram, mas onde está o pessoal que esperávamos? Chegou apenas uma pessoa para o encontro e esta nem estava em nossa lista. Assim acontece conosco em nossas orações, muitas vezes pedimos, pedimos e não vemos que já recebemos em dobro, com os pequenos milagres que acontecem todos os dias. Peçamos e receberemos, mas deixemos Deus fazer sua parte.

Jesus usa ainda a comparação dos pais e mães. Nenhum pai e nenhuma mãe dá uma cobra a seu filho ou a sua filha, quando pede peixe. Nem dará um escorpião quando este lhe pedir um ovo. Jesus ainda diz que nós, mesmo sendo maus, sabemos dar coisas boas a nossos filhos e filhas. E Cristo termina dizendo: “quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo àqueles que pedirem”.

Nesta última frase Jesus resume tudo o que quis dizer: Deus dará tudo o que for necessário para a vida do ser humano, nem mais nem menos, somente o necessário para vivermos bem e com dignidade.

A oração é uma atitude de todo cristão e toda cristã que se sabe amado, amada e perdoado por Deus. Nunca esqueçamos: ANTES DE NÓS PEDIRMOS, DEUS JÁ SABE DO QUE PRECISAMOS. Vamos aprender a deixar Deus fazer a sua vontade conosco. E que ele nos ajude. Amém.


Baseado no estudo do Proclamar libertação nº23, p. 145,
de autoria de Cristiane E. Petry e
adaptado pela Diaconisa Roseli M. Klauck Magedanz
 


Âmbito: IECLB / Sinodo: Amazônia
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 5 / Versículo Final: 13
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 10244
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