Liberdade responsável e prestação de contas

19/05/2019

A Bíblia diz que “Deus nos criou à sua imagem, conforme a sua semelhança” (Gn 1.26). Somos criação e criaturas de Deus. Isso significa que a vida não nos pertence, ela nos foi dada por Deus e um dia nos será tirada. Se existimos, é por obra e graça de Deus. Devemos a nossa vida a Deus (Atos 17.24-25). A implicação disso é que temos responsabilidade para com Deus e para com a vida que ele nos deu. Temos responsabilidade para com a sua criação (Gn 2.15) e as pessoas (Gn.4-9).

É verdade que Deus nos criou com livre arbítrio, como pessoas livres, mas isso não significa que podemos viver de qualquer jeito e fazer tudo o que queremos. A nossa liberdade tem limites. O apóstolo Paulo deu a seguinte orientação ética aos cristãos: “Todas as cousas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as cousas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas... Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam” (1Coríntios 2.12 e 10.23). Esses são critérios sensatos e importantes que nos ajudam a discernir o bem e o mal (Hebreus 5.15).
É importante lembrarmos sempre que todas as nossas escolhas, decisões e ações tem consequências. Experimentamos isso enquanto vivemos aqui no mundo. Quanto mais fazemos o bem e o que é certo, mais desfrutamos da vida, melhor é a vida. Quanto mais coisas erradas fazemos, mais comprometemos e menos aproveitamos a vida. Em outras palavras, na maior parte nós somos responsáveis por aquilo que semeamos e por aquilo que colhemos. Como diz um ditado popular, “aqui se faz, aqui se paga”. Isso tem muita verdade. Geralmente é assim que, quando somos corretos e fazemos o bem, colhemos o bem. Mas quando fazemos o mal, sofremos o mal ou os outros sofrem.

Outra coisa importante. Como Deus nos criou como pessoas responsáveis, além de termos que diariamente responder à vida por tudo o que fazemos com ela, a favor ou contra, também temos que responder e prestar contas às pessoas, às leis e à justiça dos homens, pois vivemos em sociedade. Não por último e o mais sério, é que temos que responder e prestar contas a Deus, que tudo vê e tudo sabe, até mesmo o que fazemos escondido. Nada lhe é oculto. (Eclesiastes 12.14). Essa prestação de contas acontece o tempo todo, todos os dias. Quando tememos a Deus e fazemos a vontade de Deus, somos abençoados por ele e bem sucedidos no nosso viver. É promessa de Deus (Deuteronômio 28). Mas o contrário também é verdade, isto é, quando não obedecemos a Deus sofremos as consequências da nossa escolha.

Por fim, não podemos esquecer que um dia inevitavelmente vamos nos encontrar com Deus, que veio até nós e se revelou em Jesus Cristo, e então vai acontecer a última e definitiva prestação de contas a Deus. Deus nos dará a sentença final quanto ao destino último que teremos depois da morte - vida eterna ou morte eterna (Mateus 25.31-46). No Credo Apostólico nós confessamos que “Jesus virá para julgar os vivos e mortos” (João 5.22, 2Coríntios 5.10). E quando vier, disse Jesus, vai “retribuir a cada um conforme as suas obras” (Mateus 16.27). Em outras palavras, quem em vida viveu com Deus por meio de seu filho Jesus Cristo e procurou fazer a sua vontade vai continuar com Deus depois da morte. Vai ressuscitar e receber vida eterna (João 5.28-30; 6.37-40). O juízo final não será de condenação, mas de salvação. Agora, quem em vida não viveu com Deus e não fez a sua vontade, não vai continuar com Deus e não vai viver depois da morte (Mateus 7.17-23; 25.41-46). Pense nisso seriamente!


Pastor Eldo Krüger


Autor(a): Pastor Eldo Krüger
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 51951
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Provérbios 16.1
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