“Pastor, quando vou ao culto quero ficar leve, e muitas vezes isto realmente acontece.” “Que bom,” respondo, “tomara que seja sempre assim!” “Verdade, mas tem um problema: Se o fulano xy está lá, fico mais tenso ainda porque com ele não tem jeito.”
Assim já tive muitas conversas com membros de comunidades – e não só da nossa. Comunidade é muito bom, faz a diferença para nossa vida, se lã não estariam os outros, aqueles que me dão dor de cabeça, que agem de um jeito que não posso aceitar...
É um consolo perceber que este problema é antigo, já existia nas primeiras comunidades e também em Roma para onde Paulo escreve sua carta. Ele não deixa se intimidar pela incapacidade dos membros de conviverem bem.
Isto porque o assunto é sério. A dificuldade de aceitar as diferenças pode fazer com que toda ideia da comunidade torne-se inviável.
Por vezes pode levar até o fim de um lugar tão bonito e significativo.
Paulo explica que há uma perspectiva que pode mudar a nossa disposição para superar as barreiras na convivência. Tem a ver com a glória de Deus o nosso sucesso enquanto comunidade. É por ele que devemos tentar sempre de novo, que não podemos desistir de ninguém.
É disto que depende a visibilidade da glória de Deus em nosso mundo. Não são os movimentos de massas diante de um espetáculo religioso que geram a percepção da presença do Deus amoroso mas são as comunidades que dão testemunho de terem ido além das diferença de sempre.
É esta superação que engrandece Deus e comprova o valor do evangelho. É um belo desafio mas realmente vale a pena.
Aposto que ficamos mais leves ainda quando podemos celebrar a comunhão na comunidade com os desafetos, deixando para Deus os resultados que isto terá.
P. Guilherme Nordmann