Prédica: João 14.1-12
Leituras: Isaías 33.13-17,22 e Colossenses 3.1-11
Autor: Júlio Cézar Adam
Data Litúrgica: Ascensão do Senhor
Data da Pregação: 14/05/2015
Proclamar Libertação - Volume: XXXIX
Comunidade cristã, caminho da vida
1. Introdução
Este auxílio homilético é pensado para a festa da Ascensão do Senhor. Refletir sobre a Ascensão é lembrar o período mais importante do calendário cristão: o tempo pascal. Jesus Cristo permaneceu 40 dias entre os seus, confirmando sua ressurreição e preparando sua volta para o Pai. Sua volta ao Pai, no entanto, não significa um desemparo ou um abandono. O caminho e a verdade que levam à vida digna e justa foram experimentados pelos discípulos, pela comunidade, de forma viva. A ressurreição confirma toda essa boa-nova. As promessas de Isaías 33.13-17,22 “os teus olhos verão o rei na sua formosura, verão a terra que se estende até longe” (v. 17), porque o Senhor é nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei, ele nos salvará (v. 22), tornaram-se realidade. O Verbo se fez de fato gente e morou entre as pessoas (Jo 1.14).
Esse caminho e essa verdade que levam à vida, manifestos na caminhada inteira de Jesus Cristo, não estão restritos a ele. São caminho e verdade que levam ao Pai, fonte de toda a vida. A comunidade, animada e orientada pelo Consolador, é desafiada a ser o espaço onde o caminho da vida, o caminho de Jesus Cristo, ganha vida novamente. Como? Através do lava-pés, do mandamento do amor, da busca pela justiça social e dignidade de todas as criaturas vivas. A carta de Paulo aos Colossenses 3.1-11 aponta para essa nova ética comunitária em meio ao mundo. Assim como Cristo é o caminho e a verdade, concretização do projeto do Pai, agora a comunidade passa a ser o caminho da vida, caminho concreto de transformação do mundo, experiência batismal da ressurreição. Cristo ascende aos céus, mas seu caminho e sua verdade permanecem na comunidade inclusiva, de muitos cômodos. Na comunidade cristã, por meio da prática do amor, Cristo é tudo em todos (Cl 3.11).
2. Exegese
Não vou utilizar este espaço para uma explanação sobre aspectos históricos e teológicos do Evangelho de João. Considero tal conteúdo importante. Sugiro que seja buscado em outros números do Proclamar Libertação. Por existir uma riqueza de informações em nossa perícope, proponho neste tópico exegético um comentário breve dessas informações, olhando cada um dos versículos do texto. Sugiro incluir na perícope os versículos 13 e 14 como texto para a pregação (Jo 14. 1-14).
J. Mateos e J. Barreto sugerem a seguinte estrutura para o texto:
O ponto de partida: a admissão no lar do pai (14. 1-3)
Jesus, o caminho para o pai (14. 4-6)
A meta: Jesus, uno com o Pai (14. 7-11)
A ajuda no caminho (14. 12-14).
Comentários
V. 1 – Há uma grande inquietação por parte dos discípulos. Motivos: Jesus anuncia sua partida e fala da traição de Judas. Nem internamente há coesão no grupo dos discípulos. O mandamento do amor, anunciado anteriormente, e o lava-pés, praticado, parecem algo difícil de sustentar o grupo. Por isso Jesus tenta acalmá-los: “não se turbe o vosso coração”. Jesus também os convoca para a fé: credes em Deus e credes em mim.
V. 2 – Jesus concretiza seu consolo. Casa aqui não se trata da casa de Deus, o templo (2.16), nem do céu, no sentido de um lugar transcendente. A tradução mais adequada para o termo oikia seria lar, morada do Pai. Refere-se a um lugar, uma comunidade de vida, de intimidade, como uma família, onde Deus será parte. Trata-se de uma cidadania cristã, a reunião dos batizados, a comunidade. “O temor e o mistério do sagrado deixam lugar para a confiança e proximidade” (MATEOS/BARRETO, p. 598). Jesus anuncia aos discípulos que o Pai quer ter mais filhos/filhas na sua oikia. Os discípulos serão integrados na família do Pai. Jesus é que possibilita essa integração. Eu vou preparar-vos lugar, diz Jesus.
V. 3 – Jesus, o herdeiro universal do Pai, acolherá os seus no seu lar, na comunidade. Uma nova relação com os discípulos e a comunidade é estabelecida. A comunicação plena entre Deus e as pessoas (1. 51) ganha forma aqui. O princípio da plenitude do amor ganha expressão máxima nessa preparação de Jesus, na morte de Jesus e em sua ressurreição.
V. 4 – Jesus sinaliza o caminho para essa intimidade em torno dele e do Pai. O caminho de amor até o Pai passa pela cruz. Jesus pressupõe que os discípulos conheçam o caminho.
V. 5 – Tomé dá voz à dúvida e angústia (coração turbado) dos discípulos. Não sabemos aonde vais; como podemos saber o caminho? Não entendem como a morte de Jesus pode ser um caminho. Aqui vemos, mais uma vez, o clima confuso e turbado na comunidade de discípulos.
V. 6 – Então Jesus mesmo se faz caminho: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Aqui está o caminho. Ele mesmo é o caminho, e mesmo que sua morte se configure no caminho, a vida é o absoluto. A meta final é o Pai, porque ele é a fonte de toda a vida. Caminho e verdade são os meios para essa vida. Só pode ser caminho e verdade aquele que leva à vida. Jesus é a vida, pois por meio dele e na ação do Espírito Santo a ressurreição é possível. Assim a frase “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” acaba assumindo o caráter de escopo, não só do texto, mas de todo o Evangelho de João, sim, de todo o evangelho.
V. 7 – O Pai e a vida, porém, não são desconectados do processo, do caminho e da verdade. Conhecemos o Pai por meio da experiência concreta com Jesus Cristo. Esse conhecimento não é um conhecimento racional, intelectual e exterior. É um conhecimento que nasce da convivência, da relação com Jesus Cristo. Por isso, retomando o versículo anterior, não há como conhecer o Pai senão por meio da vida de Jesus Cristo. A meta da vida já está sendo experimentada em Jesus Cristo.
V. 8 – Ainda falta compreensão entre os discípulos. Filipe tem dificuldade de entender. A novidade da prática do amor, do evangelho não é entendida em sua grandeza. Aqui se expressa a dificuldade humana de entender a grandeza de Jesus Cristo.
V. 9 – Por isso Jesus responde dessa maneira aqui, quase se queixando. Ele não é apenas o cumprimento das promessas messiânicas. Ele é o transbordamento da própria promessa. Ele é a presença do próprio Deus no mundo. O Pai está em Jesus Cristo. Mas Filipe e provavelmente os demais discípulos também estão impossibilitados de entender assim. Deus é visível em Jesus. Não há separação. Os discípulos não se davam conta dessa novidade: preferiam talvez um Jesus messiânico, um novo rei, concreto, e um Deus transcendente, no céu.
V. 10 – Jesus segue na explicação da novidade. A presença do Pai em Jesus Cristo é dinâmica e acontece em meio à vida dos discípulos e das pessoas. O Pai realiza sua obra em Jesus Cristo, e Jesus, por meio de sua vida, junto com os discípulos, realiza sua obra na humanidade por meio do Espírito. É assim que Deus salva o ser humano. O Verbo que se fez carne e habitou entre a gente (1.14) está longe de ser visualizado.
V. 11 – Jesus insiste e reforça a sintonia entre ele e o Pai. Suas obras testificam essa sintonia. Tudo o que foi feito, dito e vivido concretamente por Jesus aponta para Jesus-Pai, a vida em abundância: crede ao menos por causa das mesmas obras, disse Jesus.
V. 12 – Novamente Jesus retoma o tom consolador e confirmador. Sua obra de amor não encerra com ele. A obra deve ser continuada. Trabalho mais intenso ainda aguarda os discípulos e a comunidade: a casa com muito espaço. Os feitos de Jesus são modelos, ensaios concretos de como seguir ofertando vida às pessoas. Seus feitos não estão presos ao passado. Estão destinados a ser sementes e sinais de algo ainda maior: a libertação plena. A continuidade não será obra humana. Jesus e o Pai fazem-se presentes, tornam-se realidade no trabalho dos discípulos e da comunidade. Os céus ficarão abertos.
V. 13-14 – A comunicação entre Deus e as pessoas por meio de Jesus será uma constante, alimentada pela oração. O culto é o espaço para alimentar a fé, o entendimento, a percepção, celebrar e orar pela concretização do caminho, da verdade que leva à vida, como sonho maior do Pai.
3. Meditação
A caminhada de Jesus com seus discípulos aproxima-se de um desfecho. A Páscoa aproxima-se, e com ela a cruz. Eles vivenciaram o lava-pés (13. 1-10), sinal concreto e radical da mensagem central de Jesus: o serviço do amor a todas as pessoas como revelação radical do agir de Deus. O lava-pés é aqui como um resumo simbólico, ação representativa de toda a vida e obra de Jesus. Um pouco adiante, Jesus sintetizará essa prática do serviço em palavras no novo mandamento: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei (13.34).
O novo mandamento constitui a herança e o testamento, a missão de Jesus, entregue aos discípulos: novo mandamento vos dou! Ou seja, o seguimento de Jesus não é apenas um ganho. O lava-pés é prelúdio da cruz. Muito mais do que uma garantia, o mandamento do amor é um compromisso com o amor. Entre os discípulos, porém, nem tudo é amor. Nem mesmo o círculo próximo (provavelmente a comunidade de seguidores de Cristo) estava coeso. Após o lava-pés, Jesus fala do traidor (13. 21-30). Após o novo mandamento, Jesus fala que será negado por Pedro (13. 36). Em meio a toda essa instabilidade, Jesus deixa claro, em mais de um momento, que está partindo: “ainda por um pouco estou convosco” (13.33). Algo acontecerá, e aqueles que deveriam estar preparados não estão. É nesse contexto que se insere nosso texto. Em João 14.1-12 (13-14), temos um discurso consolador de recomendações e de despedida como forma de preparar os discípulos, passar o bastão do serviço em amor. Esse discurso lembra a despedida de Moisés (Dt 1. 29ss) (KONINGS, p. 271). A cruz é condição para a entrada na nova Terra Prometida.
Por isso Jesus começa sua despedida, consolando: “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim” (14.1). Com a ausência iminente de Jesus, o ato de fé é o que permanecerá. A fé é a base para o consolo cristão. Muitas vezes, justamente nos momentos de coração turbado, é que a fé fica vulnerável. “A fé começa somente no instante em que houver todas as razões para desistir dela” (de BOOR, p. 81). Essa parece ser a situação, aqui, dos discípulos e da comunidade. Por isso o apelo para a fé não é feito no desamparo. Jesus promete algo: um lar, onde todos estarão juntos e junto com ele. O lar com muitas moradas é a comunidade, a igreja, local de aconchego, intimidade, com Cristo, com o Pai e com os irmãos e irmãs, sustentada pelo Consolador (14.16ss.).
Os discípulos parecem não entender toda essa proposta. Talvez, por causa da aflição, não querem abrir mão do Jesus Emanuel concreto ou daquilo que eles acreditavam ser Jesus, o Messias da Lei. Por isso Jesus passa a explicar um caminho, como uma mãe acalma e explica ao ilho pequeno o caminho a seguir sozinho. Na explicação, ele anuncia a frase emblemática, resumo, escopo, de tudo: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ou seja, o caminho percorrido por Jesus é o caminho a percorrer (KONINGS, p. 272). O termo “caminho”, assim como o termo “verdade” são meios para a vida.
Vida é o oposto da morte. É contra ela e em favor da vida que toda a prática de Jesus se destina. É por causa da vida, todo o projeto do Pai. O caminho e a verdade são aqui mais do que meras ideias, regras e leis morais. São processo. O caminho e a verdade são o jeito de Jesus Cristo mesmo, nem mais nem menos.
Não é o caminho para o céu, mas o caminho para a vida, projeto do Pai. “Ninguém vem ao Pai senão for por mim.” É como diz o refrão da canção do Pe. Zezinho: “Amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, viver como Jesus viveu”. Esse é o caminho e a verdade que levam ao Pai, à fonte da vida. É nesse caminho do “Eu sou o caminho” que nos encontramos com o Pai. Por isso toda a insistência de Jesus em dizer que ele e o Pai são um. Um está no outro: “Quem me vê a mim, vê o Pai” (v. 9); “As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz suas obras” (v. 10), como diz Jesus.
Também nós, comunidade do Caminho em pleno século XXI, despedimo--nos do Cristo Ressurreto no dia da Ascensão. Também nós, como Tomé e Filipe, estamos tantas vezes com o coração abalado. A prática do amor, o lava-pés cotidiano, o serviço como essência do caminho e da verdade cristã são algo, às vezes, tão distante de nós. E a comunidade é, muitas vezes, tudo, menos um lar de aconchego, uma família amorosa e íntima, um lugar de proteção.
Pensemos na radicalidade desse texto! Pensemos na radicalidade do evangelho! A comunidade cristã é hoje o caminho e a verdade que levam a uma vida que vale a pena. Deveria ser! Nós, povo batizado, somos esse caminho e essa verdade que leva à vida? É a nossa comunidade lugar sacramental onde vivenciamos e experimentamos Jesus Cristo como caminho que leva à vida, ao projeto do Pai? Suspeito de que Jesus transformou-se numa ideia, às vezes uma conquista pessoal, um passaporte que “eu” individualmente possuo, para acessar a Deus. Isso não é o que nosso texto está propondo. O texto traz Jesus Cristo para o meio da vida, para o coração da comunidade e, fazendo isso, traz o Pai para dentro da vida, mostra que o Pai faz morada entre nós na comunidade.
Jesus, em seu discurso consolador, está nos dizendo: Ei, vocês aí do século XXI! Não esqueçam do lava-pés e do mandamento do amor, herança e testamento que entreguei a vocês. Se vocês não souberem como fazer, creiam em Deus e em mim. Eu tenho preparado um lar para vocês, a comunidade. Se a comunidade não ajuda vocês, olhem para mim. Lembrem o jeito que eu vivi, o que eu fiz, as coisas que eu disse, as histórias que contei. Esse é o caminho. Esse é o jeito. Eu sou esse caminho, e nesse caminho vocês encontrarão o Pai. Ele e eu somos um, o mesmo caminho e a mesma verdade, que leva à vida plena, digna, justa e alegre. Fácil, né? Não, não é nada fácil. Eu sei! Na cruz, eu sei que não é nada fácil. A cruz é tão pesada, que por melhor que sejam o caminho e a verdade, sozinhos e mesmo em comunidade, não será fácil. Traição, negação, incompreensão, angústia, falta de fé fazem parte desde o início. Por isso orem sem cessar e deixem-se guiar pelo Consolador!
4. Imagens para a prédica
Também nós, na comunidade do século XXI, vivemos essa sensação de coração apertado. Ascensão talvez seja para muitos o fim de uma etapa e a insegurança de seguir adiante sozinhos sem Jesus Cristo. Nossa realidade diária não é nada animadora. Basta olhar um noticiário, e já nos damos conta o quanto a prática do amor tornou-se algo distante. Um sonho difícil de ser alcançado. A comunidade cristã deveria apontar sinais concretos do caminho e da verdade que levam à vida, sinais concreto do Cristo vivo. Muitas vezes, as pessoas não percebem a comunidade assim.
A prédica poderia analisar criticamente a maneira como a comunidade vive: disputas por poder, acúmulo de riqueza, exclusivismo, brigas teológicas, tradicionalismos, divisões entre as pessoas, distanciamento das mazelas humanas, descaso e falta de amor, pouco aconchego entre os membros etc. Assim fica difícil perceber Cristo na caminhada. Por outro lado, não vale a pena ficar apenas na lei. O evangelho também é realidade na caminhada da comunidade, não por mérito da comunidade, mas por meio da ação graciosa do Consolador. Somos chamados a crer no Deus de Jesus Cristo apesar de todos os fracassos comunitários. Talvez se poderia trazer na prédica testemunhos de pessoas ou grupos comunitários falando da comunidade como o caminho da vida. No final, poderia ainda propor-se metas, caminhos e verdades que levem ao Pai, que levem à vida.
5. Subsídios litúrgicos
Oração eucarística:
L. O Senhor, Caminho, Verdade e Vida, esteja com vocês.
C. E também com você.
L. Vamos elevar os nossos corações ao Pai.
C. Ao Senhor da Vida os elevamos.
L. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
C. Isso é digno e justo.
L. É justo e necessário que, em todos os tempos e lugares, te rendamos graças, Deus Salvador, pois és o nosso juiz, nosso legislador, nosso rei. Jamais deixaste de cumprir uma única promessa. Deste-nos a salvação através de teu Filho Jesus Cristo. Por tudo isso nós te agradecemos, juntando nossas vozes com as vozes de toda a tua Igreja, cantando: Santo, Santo, Santo.
Canto:
L. Graças te damos, Deus de Amor, porque, em meio às nossas angústias, podemos nos reunir com esperança ao redor desta mesa para receber o que Cristo fez por nós. Conforme tua promessa, ele, através de sua vida, suas palavras, ensinou-nos concretamente o caminho e a verdade que levam à vida. Esse caminho e essa verdade lhe custaram a própria vida. Tu, porém, o ressuscitaste, confirmando assim o teu projeto. Nele conhecemos a ti e teu imenso amor.
C. Ele veio nos salvar.
L. Ele nos preparou lugar para nos acolher, pois, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vocês; façam isto em memória de mim (breve pausa). Por semelhante modo, depois de haver ceado, ele tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto todas as vezes que o beberem em memória de mim.
C. Jesus, tua morte anunciamos nós. Louvamos tua ressurreição. Até que venhas com teu poder.
L. Assim seguimos nós, tua comunidade, em torno desta mesa, vivendo em nosso meio o Caminho, a Verdade e a Vida. Por isto, envia o Consolador, o Espírito da Verdade, para que, partilhando deste pão e bebendo deste cálice, possamos viver o amor entre nós e dar testemunho de ti, para que o mundo te conheça e creia.
C. Envia teu Espírito, Senhor (pode ser um canto de epiclese).
L. Lembra-te, Deus da Vida, de todas as pessoas, tuas testemunhas, membros do nosso corpo. Que esta ceia alimente em nós a esperança e a fé de que seremos reunidos na tua casa, casa onde há muitas moradas, o teu reino.
C. Este é o Caminho, a Verdade e a Vida. Por Cristo, com Cristo e em Cristo. Amém.
Fração:
L. O cálice, pelo qual damos graças, é a comunhão no sangue de Cristo (Elevação).
L. O pão, pelo qual damos graças, é a comunhão no corpo de Cristo (Elevação).
L. Recebamos o que somos, tornemo-nos o que recebemos.
C. O corpo de Cristo.
Bibliografia
BOOR, Werner de. Evangelho de João II. Curitiba: Ed. Ev. Esperança, 2002. BORTOLINI, José. Como ler o Evangelho de João: caminho da vida. São Paulo: Paulus, 1994.
KONINGS, Johan. Evangelho segundo João: amor e fidelidade. São Paulo: Loyola, 2005.
MATEOS, Juan; BARRETO, Juan. O Evangelho de São João: análise linguística e comentário exegético. São Paulo: Paulina, 1989. p. 593-605.
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