“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo , o Justo.” 1 Jo 2.1
Celebramos em maio várias datas especiais, Dia do Trabalho, Ascensão de Cristo, Pentecostes e tantas outras datas importantes, como o Dia Das Mães. Quero chamar atenção para a forma como João fala com os destinatários da carta. Filhinhos, uma expressão carinhosa. Assim como uma mãe fala com seu bebê e com seus filhos já adultos. Sempre ensinando seus filhinhos a viver de forma justa para evitar que venham a sofrer por cometer algum erro.
Assim Deus fala conosco e João com seus filhos na fé. Sempre costumo afirmar que mãe, tem o coração do tamanho do amor de Deus, sempre perdoa, sempre tem lugar para um filho ou uma filha adotiva. Mãe é vida que gera, é sorriso de Deus, é amparo, é segurança, é silêncio na hora certa, é repartir amor, tristeza, doença, respeito, fidelidade, mãe é generosa. Assim é o amor de Deus, entretanto, bem maior que o amor de mãe. Deus entregou seu único Filho por toda a humanidade, trazendo perdão, reconciliação e a graça da vida eterna.
Embora esta epístola seja anônima, seu estilo e vocabulário indicam claramente que foi escrita pelo autor do Evangelho de João. Tudo indica que foi enviada às igrejas perto de Éfeso onde João passou seus últimos dias. Data: cerca de 90 d.C. O tema central da carta: Jesus Cristo é o Filho de Deus, aqueles que o seguem devem viver de maneira justa. Havia uma incerteza entre seus leitores quanto a sua condição espiritual, causada por um conflito desordenado com mestres de uma falsa doutrina. João refere-se a ensinamentos enganosos, heresias estavam sendo espalhadas e confundiam aqueles que não estavam firmes na fé. João chama atenção para a experiência de fé que existe no meio comunitário.
Os falsos mestres negavam, a encarnação de Jesus e consequentemente a ressurreição. Não é diferente atualmente, surgem novas filosofias e doutrinas, o ser humano está sedento espiritualmente e quando não busca em Deus, se deixa levar como uma folha seca que é levada por qualquer vento de falsas doutrinas. O propósito de João é manter os leitores afastados do pecado, embora ele saiba que na realidade, em algum momento, eles certamente cometerão algum ato pecaminoso. Na graça de Deus, existe uma provisão dupla para perdoar a todos nós quando cometemos algum ato que não edifica a Cristo. Em primeiro lugar Deus nomeou um advogado para interceder por nós e nos defender. Ele está certo de garantir seu perdão, pois, é justo. Em segundo lugar, Deus nomeou Jesus, para a conciliação dos nossos pecados. Desta forma, um cristão mostra o seu jeito de relacionar-se com Deus e com o próximo através das suas atitudes, de amor, de solidariedade e especialmente de perdão.
Estimados leitores fica a pergunta para a nossa vida: Como está o nosso relacionamento com Deus? Buscamos em sua palavra ânimo, esperança, conselhos, perdão e reconciliação? Em conseqüência de nosso relacionamento com Deus como está o nosso relacionamento familiar e comunitário?
Desejo que a paz de Deus e especialmente o seu perdão, sejam eternamente em seu coração, família e comunidade de fé. Forte abraço em Cristo.