Jeremias 20.7-13 - 2º Domingo após Pentecostes - 22.06.14

Caderno de Cultos 2014

22/06/2014

22/06/2014- 2º Domingo após Pentecostes
Pregação: Jr 20.7-13; Leituras: Mt 10.24-39; Rm 6.1b-11
Miss. Dulcenelda Schneider - Paróquia de Matupá - MT

LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Bom dia!! Sejam todos bem vindos ao culto nesta manhã. Que juntos, possamos ter a certeza de que estamos sendo acolhidos pelo próprio Senhor Jesus, na presença de Deus e do Santo Espírito. Ele é quem nos acolhe nesta manha.

Acolher os/as visitantes
Nos alegramos também com a presença de todos as pessoas que nos visitam, que se encontram conosco no dia de hoje reunido em culto para louvar ao Senhor. Pois é Ele quem nos serve com a Sua Palavra. Desejamos que se sintam bem em nosso meio e abraçados por todos nós da comunidade local.

CANTO DE ENTRADA
337 – HPD II – Reunidos aqui

Ou: Nº ____________________________________________________

SAUDAÇÃO
Quero saudar a comunidade com a Palavra bíblica que se encontra em Mt 11.28-30, onde O próprio Jesus nos diz: “Vinde a mim,os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”

Aqui estamos reunidos em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
123 – HPD I – O nosso encontro vai ser abençoado

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Amado Deus e Pai, chegamos à Tua presença como pessoas humildes e pecadoras para confessar-te que, em muitos momentos nós somos falhos e não reconhecemos a nossa falha e principalmente a nossa falta de compromisso contigo. Ajuda-nos a reconhecer os nossos pecados, muitos deles ocultos aos nossos próprios olhos. Perdoa quando colocamos outros fundamentos e outros alicerces senão a Ti em nossa vida. Dá que possamos ser filhos e filhas corajosos no sentido de agradecer, louvar, servir e obedecer, a cada novo dia. Por Teu Filho que morreu pelos nossos pecados, nosso Senhor e Salvador. Amém.

ANÚNCIO DO PERDÃO
Para quem confessa o seu pecado e de coração se arrepende ouve de Deus as palavras de perdão: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo pra nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

KYRIE
Depois do momento de confissão e perdão dos nossos pecados, pedimos a Deus por todas as pessoas que ainda não o conhecem, sofrem dores e necessidades também físicas. Pedimos também pela Palavra que ela possa se tornar conhecida em toda a humanidade. Dispostos a testemunhar do Senhor ao mundo, clamamos: “Tem piedade, Senhor”

GLÓRIA IN EXCELSIS
Louvamos a Deus por seu grande amor por nós cantando:
264 – HPD I – Nome sobre todo nome

ORAÇÃO DO DIA
Deus eterno, Senhor misericordioso. Louvado seja o teu nome. Fala conosco para que possamos não somente ouvir, mas principalmente entender e praticar a sua Palavra no viver diário. Cria em nossa comunidade o desejo de que através de nós, tu possas revelar a promessa de Cristo a todas as pessoas. Que a tua Palavra seja lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. Oramos em nome de Jesus Cristo Amem.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: Mt 10.24-39

2ª Leitura Bíblica: Rm 6.1b-11

CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
413 – HPD II – Senhor se tu me chamas

PREGAÇÃO

Jr 20.7-13
O assunto de hoje é a relação entre Deus e o homem que crê nele ou que procura crer nele. Esta e uma questão que nos preocupa e nos torna irmãos na vida, no dia-a-dia.
Vamos recorrer, mais uma vez, as palavras de um grande servo usado por Deus, do Antigo Israel, o profeta Jeremias. Quando ainda jovem, Jeremias foi convocado por Deus para servir como seu porta-voz junto ao povo de Israel. Naquela ocasião, Jeremias se rebelou. Achou toda sorte de desculpas para não atender ao chamado. Mas Deus insistiu e lhe garantiu auxilio. Deus lhe disse: A todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto eu te mandar, falarás. Não temas diante deles; porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.
Jeremias foi e atuou durante cerca de 40 anos. A partir de 608 a.C., aproximadamente, Jeremias teve que se levantar contra uma situação que já se tornava insustentável: um rei despótico, tirano, ditatorial, que oprimia e extorquia o povo, praticando os maiores abusos; e um culto totalmente deturpado, onde se pensava que Deus podia ser comprado com ofertas e holocaustos.
Jeremias levantou-se e anunciou o castigo: a queda do rei, invasão do país e devastação do templo. Em vista desta pregação revolucionaria, Jeremias começa a ser barbaramente perseguido pela política real e pelos sacerdotes. Jeremias é açoitado, torturado, preso, denunciado pelos próprios que se diziam amigos. Jeremias sofre por causa da palavra que Deus lhe ordenou pregar; e sofre porque não vê, porque não acontece a realização desta palavra.
Então ele desespera e se lança contra Deus. Contra esse Deus que lhe permite passar pela ruína da sua vida e o faz sofrer. Jeremias se lamenta, Jeremias acusa, Jeremias (quase) blasfema. Então, lembra-se da garantia que Deus lhe dera na sua vocação e recomeça outra vez. Um vaivém constante. O profeta caindo e levantando, indo ao chão e sendo erguido, sempre de novo, numa relação sofrida e vivida com seu Deus.
O texto que hoje temos pela frente é justamente um desses seus constantes berros de insurreição e revolta contra seu Deus que, paradoxalmente, culmina com exaltação e louvor a este mesmo Deus, que sempre de novo o põe de pé e o faz continuar.
Não sei o que vocês sentiram, ao ouvir estas palavras. Principalmente a primeira parte. Mas, cuidado! Nós não somos Jeremias. Nem mesmo pequeninos, minúsculos Jeremias. Nós não vivemos na Palestina no século VII a.C Nós não recebemos visões, não fomos chamados a ser profetas. Nós não tivemos este contato tão direto com Deus e não recebemos tal incumbência.
Mas há duas coisas fundamentais que nos aproximam muito de Jeremias: 1) Nós temos relação com o mesmo Deus, nós cremos ou procuramos crer neste mesmo Deus; 2)Também nós somos chamados por este Deus; não por visões, mas pelo batismo, na Santa Ceia, toda vez que a palavra de Deus atinge os nossos ouvidos; a palavra de Deus é sempre um apelo, um chamado, uma conclamação.
Esta é a base fundamental que temos em comum com Jeremias. E a partir desta base, há diversos outros pontos em que a nossa experiência com Deus é idêntica a do profeta. Por que é que insisto em comparar-nos com Jeremias? Porque eu espero que esta comparação nos elucide a nossa existência de cristãos e nos ajude a compreender e suportar muito de incompreensível (e insuportável) que há nesta existência.
Primeiro: Jeremias sofre por causa da fraqueza da palavra de Deus, quando transmitida por ele. O que Deus disse não acontece. O que Deus mandou anunciar não vem. Pelo contrário, continua o despotismo e a opressão do rei; continua a deturpação do culto. Fica tudo na mesma coisa. A palavra de Deus parece não valer um centavo.
E nós: Sofremos gozação? Perseguição, risco de vida? Dificilmente! Por quê? Porque não nos expomos como Jeremias. Porque não vamos a público, não testemunhamos como deveríamos. Ficamos com a palavra guardada, bem protegida, nas nossas igrejas, no nosso íntimo. Mas também lá não corre tudo ás mil maravilhas. Não ha gozação e perigo de vida.
Mas há, lá dentro de nós, uma infinidade de perguntinhas. Perguntinhas que se somam e formam um bloco e arremetem contra nós e são piores do que qualquer gozação. Perguntinhas que comprovam e demonstram para nós que a palavra de Deus é fraca, não merece confiança, não vale um centavo. Se o Cristianismo prega o amor, por que justamente os cristãos fazem tanta guerra? Se a regra máxima do cristão é o amor, por que acontecem barbaridades num país cristão como o nosso? Por que existem favelas cheias de pessoas pobres nas cidades onde há também muitos Bairros milionários cheios de gente rica? Se Deus é tão grandioso e quer bem aos homens, como afirma a sua palavra, por que tudo isso? Por que a solidão, a pobreza, a debilidade mental, o câncer?
Isso tudo, prezada comunidade, dito direto a Deus, cara a cara. Isso tudo, meus amigos, é uma das mais autênticas confissões de fé!
Vamos conversar um pouco mais sobre isto. Existem cristãos que são verdadeiras fortalezas de fé e confiança em Deus. São pessoas que nunca duvidam, que sempre têm uma resposta, que são respeitadas e admiradas. Porem amados, há também outros cristãos, para os quais a fé não é algo tão natural. Eles apanham, nem sempre compreendem, duvidam, lutam com Deus, às vezes gostariam de mandar tudo às favas, Deus inclusive. A estes pertence Jeremias. A estes pertencem, provavelmente, a maioria das pessoas. É para este segundo grupo que a comparação com Jeremias se torna importante.
Geralmente olhamos para aquele primeiro grupo e pensamos: Eu sou um miserável! Mas isso não está certo. Eu admiro aquele primeiro grupo. Deve ser maravilhoso poder crer em Deus de tal maneira. Mas não menos legítimo, não menos autêntico é brigar com Deus, atacá-lo, ofendê-lo talvez, acusá-lo. Porque esta acusação é sinal de que o levamos a sério. Até o fim. É sinal de que o procuramos, de que queremos crer, de que ansiamos por ele e precisamos dele. Por isso eu quero dizer a todos que se identificam com Jeremias na sua revolta: não tenham medo, continuem lutando, porque tudo isso é confissão de fé, confissão sofrida - confissão de que no fundo e em última instância esperamos tudo de Deus.
É importante não esquecer que Jeremias não fica na acusação. Ele termina exaltando, louvando: Cantai ao Senhor! Louvai ao Senhor! Pois ele salvou a vida do pobre da mão dos malfeitores! Por quê? Por que esta mudança tão radical da acusação para o louvor? O texto não a explica claramente. Mas só há uma explicação plausível. Jeremias deve ter recebido alguma reafirmação do apoio de Deus, do auxílio de Deus. Qualquer reafirmação de que a sua última palavra não o juízo, a desgraça do homem, mas o seu bem.
O mesmo acontece conosco. Nós que nos identificamos com Jeremias na sua fossa, na sua acusação, na sua revolta. Nós também temos momentos de confiança, momentos em que nos é reafirmado e em que sentimos que no final das contas Deus vai resolver tudo. Esta reafirmação acontece quando ouvimos a respeito de Jesus Cristo, quando vamos buscar perdão na Santa Ceia, quando a pregação da Igreja nos diz que Deus se entregou a si próprio pelos homens.
Mas, prezada. Não pretendi arrastá-los pelo barro para depois dizer que tudo são maravilhas. Não, a vida do cristão é isso mesmo: altos e baixos. Altos muito altos e baixos baixíssimos. É dentro desta dinâmica que se movimenta a nossa relação com Deus, como no caso de Jeremias.
E, enquanto vivermos, nada disso mudará. Nós ainda não somos capazes de uma relação perfeita com Deus. Entre nós e Deus está o pecado. E, enquanto vivermos neste mundo contaminados pelo pecado, a relação com Deus será imperfeita, truncada por mal-entendidos, por incapacidade de compreensão dos planos de Deus, que nos leva à rebelião contra Ele. A nossa esperança esta fixa no dia em que tudo isso será diferente, no dia em que a nossa relação com Deus será — diferente, sem dúvidas e lutas, no dia em que, como diz Paulo, veremos Deus face a face. Amém
(Texto de Nelson Kirst - Vai e fala! - Prédicas. -Editora Sinodal-São Leopoldo – RS, com alguns recortes e também palavras minhas incluídas)

HINO
414 – HPD I I– Quem quer cantar do amor.

CONFISSÃO DE FÉ
Confessemos a fé no verdadeiro,único, Senhor e Salvador, com as palavras do Credo Apostólico.
Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
161 – HPD I – Em nada ponho a minha fé


ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
2._______________________________________________________
3._______________________________________________________

PAI NOSSO
Querido e Bondoso Deus, nosso Senhor, como filhos e filhas chegamos diante de ti e agradecemos-te pela tua Palavra. Senhor Deus, na nossa relação contigo, passamos por altos e baixos. A culpa não é tua. Pedimos-te que compreendas e nos auxilies, quando tudo desmorona e nos voltamos contra ti. Põe-nos sempre de novo em pé. Até o dia em que não haverá mais dúvidas e acusações, mas uma relação perfeita contigo. O dia em que veremos face a face. Dá que este dia não tarde, Senhor. Muito obrigado pelas grandes maravilhas que tu fizeste no passado e temos como testemunho e principalmente pelo que ainda estás fazendo em nossa vida diária. Queremos agora humildemente te pedir pelos motivos de oração que foram levantados, concede o teu cuidado em favor de cada pessoa aqui citada e também àqueles que não lembramos neste momento. Na certeza de que tu ouves o nosso clamor agradecemos e oramos em nome de Jesus Cristo que nos ensinou a orar....

Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
______________ _________________________________________
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BÊNÇÃO
O Senhor te abençoe e te guarde: o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Amém.

ENVIO
Vá e sirva ao Senhor Deus com alegria e de todo o teu coração. Amém.

CANTO FINAL
/: As minhas mãos estão cheias das tuas bênçãos:/
/: Todo aquele que eu tocar abençoado será:/
As minhas mãos estão cheias das tuas bênçãos.



 


Autor(a): Dulcenelda Schneider
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 2º Domingo após Pentecostes
Testamento: Antigo / Livro: Jeremias / Capitulo: 20 / Versículo Inicial: 7 / Versículo Final: 13
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2014
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 26216
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