Cíntia estava debruçada na janela de sua casa. Ela chorava pela morte da sua cadelinha Mel. Com muita tristeza, observava o avô sepultar a amiga de tantas brincadeiras. A avó aproximou-se, deu-lhe um abraço e chamou sua atenção para outra realidade. Pegou-a pela mão e a conduziu para outra janela. Abriu as cortinas, mostrou-lhe o jardim florido e disse: Você está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali em frente? Lembra que você ajudou a plantá-lo? Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo. A menina enxugou as lágrimas que ainda corriam... Abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre as rosas que enfeitavam o jardim. A avó, satisfeita pôr tê-la ajudada a superar aquele momento difícil, disse: A vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem bem diferente.