Impressões

Joinville - 165 Anos

09/03/2016

Conhecida no Brasil como a “cidade das flores”, dos “príncipes”, “cidade das bicicletas” e, mais recentemente, a “cidade da dançaJoinville nesta semana está de parabéns, em razão dos seus 165 anos de existência, isto em 09 de março. Desde o seu nascedouro, a cidade reflete uma realidade pluralista enriquecedora. O sonho dos imigrantes de edificar junto à Baía de Babitonga uma nova pátria, lugar bom para trabalhar e espaço próprio para viver, tornou-se um corpo concreto. O investimento sinalizado pelo trabalho desbravador, a perseverança e a coragem face aos enormes obstáculos impostos pela natureza adversa, trouxe resultados surpreendentes A cultura dos povos indígenas e o trabalho das famílias caboclas aliada aos traços pessoais da gente vinda de além-mar determinou a identidade das pessoas aqui radicadas. A diversidade étnica, assim como as convicções políticas e religiosas, acrescidas das iniciativas, tanto de indivíduos, como de grupos, moldaram a existência e o convívio dos habitantes. A comemoração do aniversário da cidade é possível, enquanto festejamos nossa gratidão diante da ação e do sacrifício de mulheres e de homens protagonistas de uma bela história. Nesse contexto registra-se, igualmente, o investimento na política educacional. Neste particular, menciono a fundação do Instituto “Bom Jesus”, em 1º de março de 1926. Hoje, o BOM JESUS/IELUSC transformou-se em uma das Instituições de Ensino mais conceituadas na região e no sul do Brasil a serviço da sociedade em geral.

O mosaico social e cultural da cidade de Joinville, desde a sua fundação, revela também a importância da presença e da atuação das comunidades religiosas. De início as igrejas históricas – a luterana e a católica romana – marcaram presença e influenciaram o modo de ser e de proceder do povo da antiga Colônia Dona Francisca. Investiram recursos na área da saúde, da educação, dos serviços sociais motivadas pela fé em Jesus Cristo.

A cooperação das igrejas foi significativa, tanto na edificação das próprias comunidades, como na prestação de serviços em benefício da coletividade. Faz sentido sublinhar uma exortação deixada pelo apóstolo Paulo em tempos remotos: “levai as cargas uns dos outros”. Com certeza, os ancestrais viveram sob esta máxima, “levaram as cargas uns dos outros” em razão da sua espiritualidade! A realidade do cotidiano faz suspeitar que a lógica do individualismo, assim como a tendência dominadora de humanos sobre humanos, representam ameaças ao espírito da solidariedade fraterna. Em consequência, fica privada a liberdade para a “vivência do amor”. Quem é vocacionado por Jesus Cristo muito pode oferecer e muito pode construir. A gente de Joinville se alegra e agradece.

Abraços e parabéns aos que aqui se estabeleceram, ontem e hoje.
 


Autor(a): Manfredo Siegle
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense
Natureza do Texto: Vários
Perfil do Texto: Outro
ID: 37059
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O verdadeiro cristão não vive na terra para si próprio, mas para o próximo e lhe serve.
Martim Lutero
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