IECLB, Quo Vadis?

Artigo

01/08/2010


Para onde vais, IECLB? A pergunta não é nossa, e não é de hoje. O que é novo são os desafios e as exigências históricas atuais. Urge apresentar respostas condizentes, de acordo com a atualidade social e política, religiosa e econômica.

Os dezoito sínodos da IECLB e a própria estrutura central da Igreja vivem neste ano um tempo de transição, em razão de eleições já ocorridas ou em vias de acontecerem, a última delas para definir os dirigentes máximos da IECLB.

Observo que na política eclesiástica também existem máculas; a não-observância da vontade de Deus gera feridas e traz desconfiança. Nem se mpre as pessoas mais qualificadas e preparadas são as mais hábeis nas atitudes políticas ou na elaboração de estratégias visando ao êxito necessário.

A disputa por cargos, a começar pela prática das indicações, me faz lembrar um propósito marcante na vida e no desejo de uma mãe preocupada com alguns privilégios dos seus filhos; ambos eram discípulos de Jesus. A mãe de Tiago e João desejava que seus filhos ocupassem um degrau privilegiado na hierarquia do Reino. Jesus reage, dizendo: Quem quiser ser importante, que sirva os outros e entre vocês não pode ser assim!

Jesus não questiona a importância da liderança; não nega a necessidade da existência de líderes. Critica, no entanto, a busca de privilégios ou a ausência de transparência, elementos esses que se apresentam como nuvens ameaçadoras no caminho de quem se dispõe ao exercício de liderança. Neste particular, o rosto humano de Deus demonstra sorrisos, mas também lágrimas de tristeza. Sobretudo, quando se tenta granjear a simpatia de eleitores e eleitoras ou a cumplicidade de outros, a partir de estratégias, de falas e promessas centradas em objetivos pessoais ou espaços assegurando privilégios.

A vontade de Jesus Cristo é primordialmente o serviço e a qualidade do testemunho. Ser líder na Igreja-comunidade é dispor-se a criar, multiplicar novas consciências missionárias; estar a serviço da alegria dos outros (2 Co 1. 24), significa reviver o modelo de Igreja em Jerusalém (Atos 2. 42 – 47); estar a serviço da verdade: João 8. 32! A Igreja de Jesus Cristo não se adapta ao mundo. Por isso, é vigilante e sua voz profética soa forte. Somos sobretudo Igreja de Jesus Cristo com o mundo!

P. Sinodal Manfredo Siegle
 


Autor(a): Manfredo Siegle
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense
Natureza do Texto: Artigo
ID: 7833
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Não existe nada de tão bom e nada de tão ruim que Deus não poderia usar para me fazer o bem, se eu confio Nele.
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