IECLB participará da Campanha da Fraternidade 2016

Cristãos e a sociedade civil em favor da vida digna, justiça social, fraternidade e paz

05/02/2016

Pela quarta vez (2000, 2005, 2010 e 2016) o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) em unidade com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, em âmbito nacional, durante a quaresma, a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE). Essa iniciativa mobiliza os cristãos e a sociedade civil em favor da vida digna, justiça social, fraternidade e paz para todos os brasileiros/as. As outras três Campanhas da Fraternidade realizadas de forma ecumênica tiveram os seguintes temas: Dignidade Humana e paz – Novo Milênio sem exclusões (2000), Solidariedade e Paz – Felizes os que promovem a Paz (2005) e Economia e Vida – Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (2010).

Em 2016, o tema é “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema bíblico apoia-se em Amós 5,24 que diz: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.

A Campanha da Fraternidade deste ano tem como objetivo geral “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”. As reflexões sobre o saneamento básico contidas neste texto base demonstram que esse é um direito humano fundamental e, como todos os outros direitos, requer a união de esforços entre sociedade civil e poder público no planejamento e na prestação de serviços e de cuidados. Por isso é uma Campanha Ecumênica, pois a questão do Saneamento afeta não apenas católicos, mas todas as pessoas, independente da fé que professem.

O abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos, o controle de meios transmissores de doenças e a drenagem de águas pluviais são medidas necessárias para que todas as pessoas possam ter saúde e vida dignas. Por isso, há que se ter em mente que “justiça ambiental” é parte integrante da “justiça social”.

Alguns dados mundiais sobre o saneamento

    No mundo, um bilhão de pessoas fazem suas necessidades a céu aberto.
    Mais de 4.000 crianças morrem por ano por falta de acesso a água potável e ao saneamento básico.
    Na América Latina, as pessoas têm mais acessos aos celulares que aos banheiros.
    120 milhões de latino-americanos não têm acesso aos banheiros.

Alguns dados do Brasil sobre saneamento

    O Brasil está entre os 20 países do mundo nos quais as pessoas têm menos acesso aos banheiros.
    Cada brasileiro gera em média 1 quilo de resíduos sólidos diariamente. Só a cidade de São Paulo gera entre 12 a 14 mil toneladas diárias de resíduos sólidos.
    As 13 maiores cidades do país são responsáveis por 31,9% de todos os resíduos sólidos no ambiente urbano brasileiro.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 do IBGE, divulgada em 2010:

    50,8% foram levados para os lixões, local para depósito do lixo bruto, sobre o terreno, sem qualquer cuidado ou técnica especial.
    21,5% são levados para aterros controlados, local utilizado para despejo do lixo bruto coletado, com cuidado de, diariamente, após a jornada de trabalho, cobrir os resíduos com uma camada de terra, de modo a não causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, bem como minimizar os impactos ambientais.
    27,7% são levados para aterros sanitários, local monitorado em conformidade com a legislação ambiental, de modo a que nem os resíduos nem seus efluentes líquidos e gasosos venham a causar danos à saúde pública ou ao meio ambiente.

Fonte: http://www.conic.org.br/portal/cf-ecumenica


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