História de vida de Maria Cristina Bergmann Guilherme

22/01/2015

Nome: Maria Cristina Bergmann Guilherme

Tempo de participação na IECLB: Desde o Batismo

Comunidade: Rio Claro

Paróquia: Rio Claro

Sínodo: Sudeste

Maria Cristina Bergmann Guilherme tem 58 anos e faz parte da Igreja Evangélica de Confissão Luterana na comunidade de Rio Claro/SP, Paróquia de Rio Claro, no Sínodo Sudeste. Ela nasceu, foi batizada e passou toda a sua infância nesta comunidade. Participou do Culto Infantil, Ensino Confirmatório, fez a onfirmação e começou a participar da Juventude. Atuou também como orientadora de Culto Infantil e assessorou vários cursos para a formação de novos orientadores e  ovas orientadoras.

Conheceu seu marido no grupo de Juventude da comunidade. Maria Cristina é casada há 34 anos e afirma que o sucesso de seu casamento se deve ao fortalecimento e ao convívio que encontra na comunidade. Ela considera a comunidade muito importante e sente-se motivada a participar das diversas programações que a igreja oferece. Sendo mulher, considera seu papel ainda mais importante e motiva outras mulheres a sentirem-se empoderadas para assumir papéis de liderança na comunidade.

Atualmente Maria Cristina integra a coordenação do Fórum de Reflexão da Mulher Luterana, é presidente da Paróquia de Rio Claro e também da União Paroquial de Campinas. Segundo ela, sempre se sentiu capacitada a assumir as responsabilidades e amparada pela comunidade; nela encontra pessoas comprometidas e amigas, que a ajudam a suportar as cargas quando elas se tornam pesadas demais.

Maria Cristina diz: “A igreja proporcionou campos que me capacitaram para ser uma liderança, me deu oportunidade de estudar e aprender. Agora eu também quero ensinar.”

O que a deixa triste é perceber que o tempo de comunhão e convivência entre as pessoas da comunidade se reduz cada vez mais. As programações são cada vez mais curtas devido às agendas lotadas das pessoas. Ela diz que gostaria de resgatar o tempo de comunhão entre as pessoas. Gostaria que as pessoas priorizassem a igreja e a comunidade.

Maria Cristina acredita que sua maior contribuição é o cuidado e o carinho que tem com as pessoas e diz que suas atitudes são sempre pensadas para o bem de todos e todas. Às vezes ela se sente muito cobrada, mas se considera batalhadora quando se trata de defender as causas das pessoas, principalmente das mulheres. Seu desejo é que todas as pessoas conheçam Jesus Cristo e trabalhem igualmente pela sua Missão aqui na Terra, com direitos iguais e espaços igualmente reconhecidos, independentemente de raça ou gênero.

Às vezes se entristece por perceber que muitas mulheres se conformam em estar sempre nos “bastidores” e não têm coragem de assumir cargos de liderança por acharem que isso é coisa só de homem. Ela se considera protagonista e diz que sua luta é pela causa e não por reconhecimento próprio.

Maria Cristina reconhece que foi através de Fórum de Mulheres que ela clareou suas percepções sobre a desigualdade que existe entre homens e mulheres. Segundo ela, sempre recebeu apoio do marido e de toda a família e também da igreja para não desistir da luta. Ela diz saber que há muita coisa a ser feita e que vai continuar na luta para ajudar muitas mulheres a se libertarem também.

Ela relata como um momento muito marcante em sua caminhada de comunidade o seu primeiro mandato como presidente da comunidade, e também os eventos organizados com as mulheres da OASE e outras lideranças que ela assumiu. Lembra ainda com carinho da época em que participava da Juventude e diz que a pessoa responsável por ela ser a mulher que é hoje na comunidade foi sua prima Ingart Ana Winkel (Gate), já falecida. Gate, como era conhecida, sempre incentivou e animou a ela e todas as outras pessoas jovens de sua época a participar do grupo. Ela era referência para a Juventude da época e fez a diferença na comunidade. Sempre foi um exemplo de fé e testemunho e rendeu muitos frutos para a comunidade.

Maria Cristina sente-se muito grata a Deus por tudo que tem recebido em sua vida, também por poder contribuir com a comunidade. Ela gostaria que todas as pessoas sentissem a alegria que é fazer parte de uma comunidade. Segundo ela, sente orgulho de ser uma mulher luterana.


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