História de vida de Irma Maria Uebel

05/02/2020

 

Nome: Irma Maria Uebel

Participação na IECLB: Desde o Batismo

Paróquia: Evangélica de Confissão Luterana de Água Boa

Comunidade: Água Boa - MT

Sínodo: Mato Grosso

Sou Irma Maria Uebel, filha de Lindolfo Zingler e Adanita Iappe Zingler, nascida em 21 de setembro de 1941 em Palmitos /SC, casada com Adelir Jacob Uebel, em 14 de março de 1964, mãe de dois filhos e uma filha, sogra de duas noras e um genro, vó de seis netas e um neto.

Sou de uma família de seis filhos e agradeço a Deus e a meus pais por terem me dado a oportunidade de estudar. Quando jovem, acompanhei a minha irmã Irma, indo a Porto Alegre/RS fazer o curso Técnico em Enfermagem, no Hospital Moinhos de Vento.

É, minha irmã Irma e eu temos o mesmo nome, caso do destino. Irma era 4 anos mais velha e quando papai foi me registrar informou ao escrivão o meu nome: Irmgard. Porém, naquela época, não era permitido registrar filhos com nomes de origem alemã e, por decisão do escrivão, fui registrada como Irma. Que susto para meu pai, “Mas já tenho uma filha com este nome” disse meu pai ao escrivão. Então, o escrivão tomou mais uma decisão: “vamos acrescentar Maria ao nome dela”. Assim, fiquei para os registros civis como IRMA MARIA ZINGLER e minha irmã IRMA ZINGLER. Porém, para os registros religiosos e as pessoas que me conhecem no Sul, sou IRMGARD ZINGLER. Este fato já nos rendeu (a mim e a minha irmã) várias risadas juntas.

No sul, amigos e familiares nos conheciam como Irmgard e Irma. Quando cheguei ao Mato Grosso, logo pensei: - “agora vou poder usar o meu nome sem confusão”. Foi a melhor escolha, pois para os mato-grossenses, falarem o meu nome era muito difícil.

Naquela época, estudar era questão de escolha. Sempre tive vontade de estudar. Saí de casa logo cedo, aos 14 anos, para estudar em Panambi – RS. Lá morei na casa do Dr. Henrique Liberknecht trabalhando como babá e no cuidado com as atividades da casa. Nesta época, meus pais moravam na linha Diamantina em Palmitos – SC. Era difícil para manter um filho longe de casa estudando. Então, nos deram a possibilidade de estudar e morar na casa de uma pessoa conhecida e, luterana como nós.

Nunca foi fácil! Lembro-me de uma ocasião, quando tive que ser operada do apêndice e, meus pais nem sabiam de nada. Quanta dor! Lembro-me que a dor vinha até o estômago. O Dr. Henrique dizia: “isso é saudades de mãe...” Não sabia que saudade doía tanto. A recuperação pós-cirúrgica foi em casa, tudo para diminuir os custos no hospital. Passei muito mal. Tive muita febre, mal estar... Era inverno e frio. Naquela tarde, recebi a visita de uma amiga da casa e ouvi a esposa do Dr. Henrique, a senhora Ruth, desabafar com ela: “ela não está reagindo e se o pior acontecer não dá nem para chamar os pais dela, pois o rio Uruguai não está dando passagem”. Eu estava de olhos fechados e ouvindo esta conversa. Reagi imediatamente. Não poderia imaginar tamanha tristeza de meus pais se algo assim acontecesse. Até hoje acredito que o Dr. Henrique e sua esposa não entenderam a rapidez da minha recuperação.

Concluí os estudos em Panambi. Mas eu queria mais. Então, como minha irmã Irma já estava morando no internato do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre – RS, escrevi-lhe uma carta. Combinamos que eu iria para a casa de meus pais, em Diamantina, para aguardar o momento certo de viajar.

Conforme combinado, era uma tarde linda e embarquei no ônibus com destino a Iraí/RS, onde pegaria o avião até Porto Alegre, seguindo todas as recomendações de minha irmã: - “chegue na hora certa! Não converse com estranhos”. O que não estava nos planos, era eu chegar atrasada no aeroporto e perder o voo. Sem telefone para me comunicar, bateu o desespero. Então, contrariando as recomendações de minha irmã pedi ajuda a um estranho que, gentilmente remarcou meu voo para outro dia. Voltei, então, para Diamantina aguardar o dia correto de viajar.

Nesse tempo, minha irmã fora por três vezes ao aeroporto sem sucesso de me encontrar, pensando que eu havia desistido de estudar em Porto alegre. Três dias depois, retornei ao aeroporto, agora sim, no horário correto. Chegando em Porto Alegre, achei tudo muito estranho e diferente do que eu estava acostumada. Irma não sabia que eu chegaria e também por isso, não me aguardava no aeroporto. Com ajuda da guarda consegui ligar para o Hospital Moinhos de Vento, onde Irma trabalhava, e falar com ela. Insegura, mas confiante nas orientações, peguei um taxi para encontra-la.

Minha vontade de aprender era grande. Neste hospital trabalhei como enfermeira auxiliar no Centro Cirúrgico e fui chefe do Berçário.

Chegaram as férias, mas como ir para casa sem dinheiro? Afinal de contas, havia escrito apenas uma carta para nossos pais, dizendo que as férias haviam chegado e que eu precisaria de dinheiro para poder visita-los. Até o dinheiro chegar, as férias já teriam passado. Então, as irmãs liberaram o pensionato para que aguardássemos lá. Esta era mais uma forma de incentivar para com que nós nos tornássemos irmãs do convento evangélico luterano. Continuamos mais um ano de estudos no Hospital e no dia 1º de outubro 1960, na presença de Deus e da assembleia, fiz o juramento e recebi o certificado de Auxiliar de Enfermagem do Hospital Moinhos de Vento.

Chegando de volta a Palmitos, fui trabalhar como auxiliar de enfermagem no Hospital Municipal, ao lado do Dr. Ivo Poiter (nosso compadre – padrinho da Margid), minha irmã Irma e muitos outros colegas no período de 1960 a 1964. Em 20 de junho de 1969, conclui o Curso de Enfermeira Obstetra pelo Curso Guanabara de Ensino Livre.

Este foi um período abençoado e agradeço muito a Deus e aos meus pais pelas oportunidades que minhas irmãs e eu tivemos para estudar. Sempre digo para meus filhos: “não chorem na frente de seus filhos quando estiverem saindo de casa para estudar. Na despedida, deem forças e coragem para enfrentar este período.” As lágrimas, muitas vezes nos enfraquecem e o que precisamos neste momento é de muita força. Era assim que meus pais faziam, porque eram descendentes de alemães. E, alemão tem aquele sentimento contido que mal dá um aperto de mão. Mas sinto que seria bom receber um enorme e forte abraço na hora da partida e da chegada. Hoje, saio “distribuindo e colhendo” abraços afinal, aprendi que precisamos de 20 abraços diários para recarregar as nossas “baterias”.

Em meados de 1973, em Palmitos, meu esposo, eu e nossos três filhos, saíamos pelo interior a fora, nas conhecidas colônias catarinenses, com a Kombi da família, convidando a população para assistir as seções de cinema que, mais tarde, seriam reproduzidas nos Salões Comunitários. Essa era uma forma de proporcionar um pouco de alegria àquela população, e também uma renda extra para a nossa casa. Esta rotina acontecia pelo menos três vezes por semana.

Sabendo desta atividade, o Sr. Norberto Schwantes entregou ao meu esposo um “trailer”. O trailer falava de uma terra promissora, onde “tudo que se planta dá, onde o agricultor trabalha seis meses ao ano e tem seis meses de férias”. Localizada no interior do Mato Grosso, a cidade que aprecia no trailer era Canarana, aproximadamente oitocentos quilômetros da capital mato-grossense. Com o objetivo de atrair novos imigrantes para a região, o trailer era reproduzido antes dos filmes de entretenimento. As imagens eram lindas, atraíam a atenção de muitas pessoas, inclusive a nossa.

Em julho de 1973, o Sr. Norberto Schwantes organizou a primeira caravana à cidade de Canarana, da qual meu pai Lindolfo, conhecido como Grossvater e o cunhado Olívio participaram. Foi uma decepção! Quase três dias de viagem, um dia e meio de estrada de chão em região seca e sem plantação, com poucos recursos. O Hospital mais próximo de Canarana estava cerca de 200 km e o Banco a 340 km. No inverno, o chão era seco e poeirento, no verão era lamacento.

Os dias se passaram e as lindas imagens do trailer permaneciam no meu pensamento. Não me conformei com os relatos de meu pai sobre a região. Numa tarde, saí à procura de meu pai. Andamos pelo potreiro na Linha Diamantina, onde conversamos por algumas horas. Depois daquela conversa fizemos uma reunião familiar onde acordamos que meu esposo Adelir e meu irmão Alfredo iriam para o Mato Grosso. Chegaram lá no dia 7 de setembro de 1973 com uma abençoada chuva. Logo foi tempo de vender os bens que possuíamos no Sul, arrumar a mudança e ir para o Mato Grosso de vez.

Dia 20 de julho de 1974, damos início à aventura. Despedimo-nos do sul rumo ao Mato Grosso. Seguimos com um caminhão e duas Kombis, levando a mudança, as famílias e os mantimentos para as refeições à beira da estrada. Além de expectativas e dúvidas, muito ânimo, força e coragem nos acompanharam.

A hora era de total mudança (mudar de casa, de Estado, de cultura, de clima, de profissão). As experiências como Auxiliar de Enfermagem e Obstetrícia, e também a prática de meu marido, como Dentista, ficariam na lembrança, visto ser necessário tornarmo-nos agricultores agora.

Em 24 de julho, chegamos no Vau dos Gaúchos onde moraríamos por um tempo, já que na fazenda ainda não havia nada. A vila ficava aproximadamente há 60 km de nossas terras. Algumas famílias como a do Sr. Antônio Lindermayer, Sr. Elardo Bortzh, Sr. Bertoldo Beckmann, Sr. Edgar Pinof, Sr. Hugo Lindermayer, Sr. Dionísio Vian e a família Michel moravam lá. E tinha uma escola, onde as crianças poderiam dar continuidade aos seus estudos.

Assim que chegamos à vila, soubemos que a escola estava sem professora. Por conta disso, seguimos viagem até à fazenda. Descarregamos a mudança no meio do nada, cercados de mato, cerrado, bichos desconhecidos e um silêncio que me apavorava. Além de atenção, o tempo foi de agradecer a Deus por chegarmos bem e de pedir por proteção para a nova fase de nossas vidas.

Pergunto-me: Valeu a pena? Seriamos capazes de repetir esta escolha?

Para os filhos mais velhos isso tudo era uma aventura, pendurar no cipó e gritar como o Tarzan, ouvir o barulho dos macacos e tentar imitá-los. Mas para Andréas e Margid, que eram menores, ficou difícil acompanhar os mais velhos. Imaginei que seria difícil, mas não desse jeito. Que remorso, quanta decepção quando perguntavam: - Mãe! Quando vai ser de novo como era em Palmitos? Chorei muito e ainda choro por ter feito esta loucura. Orei muito para Deus me dar forças e energia para erguer a cabeça e superar estas dificuldades, afinal, todo o sacrifício era para o bem deles.

Em Palmitos, meu filho mais velho estava estudando na escolinha. Os menores faziam o Jardim de Infância e tinham a pracinha para brincar. Morávamos no centro da cidade de Palmitos – Santa Catarina, em frente ao Clube 25 de Julho, próximo da escola e do Hospital Municipal Palmitos. Tudo perto de casa. Tirar os filhos deste conforto e levá-los para o meio do mato foi loucura.

As experiências adquiridas com o trabalho no hospital me deram muita coragem para enfrentar as terríveis doenças tropicais que poderíamos encontrar no Mato Grosso. Antes de sairmos de Palmitos preparei um bom estoque de remédios, material de sutura e soro antiofídico (para aplicar em pessoas feridas por cobras e escorpiões), pois sabia que o hospital mais próximo estava a algumas horas da fazenda. Meu esposo, também trouxe seus equipamentos para ajudar alguém da família que precisasse de dentista. Afinal, os equipamentos da época, diferente dos de hoje, eram movidos a pedal e portáteis, muito fáceis de serem transportados.

Em janeiro de 1975 meu esposo adoeceu. Não imaginava que pudesse ser a terrível e temida malária. Era dia de ir para Barra do Garças para, enfim, assinar a Escritura da terra. Seu exame de sangue veio negativo para malária. Que alívio. No retorno para casa a febre chegou a 40ºC. Então, resolvemos ir para Nova Xavantina consultar o médico. Mesmo mal e com febre altíssima, Adelir foi dirigindo a nossa Kpmbi abaixo de chuva forte. No caminho, muita solidariedade como a sopa oferecida pela dona Selma, esposa do seu Aluisio Beckmann. Chegamos no Hospital de Nova Xavantina, expliquei os sintomas dele ao médico e ele logo atestou: Malária, e das brabas: “falciparum”. Foi uma longa conversa com o médico a respeito de tudo que tínhamos feito antes de procurar sua ajuda. Contei dos procedimentos que fiz a partir da minha experiência como enfermeira. Mais tarde, ele me convidou para trabalhar no hospital.

Nesses dias que ficamos em Nova Xavantina, refletimos muito sobre as condições da escola e da moradia no Vau. Decidimos, então, comprar um terreno e oferecer um futuro escolar para os nossos filhos nesta cidade.

Chegando em casa, encontrei minha irmã Elisa muito abatida e pálida. Mamãe achava que era dor de garganta, por ter brincado tempo na água. No dia seguinte, o vizinho Sr. Jaime Taufer estava indo para Nova Xavantin. Então, pegamos carona e levamos a Elisa para consultar com o médico que a diagnosticou com malária do tipo vivax. Ela ficou internada por três dias no mesmo quarto que o Adelir. 

No retorno pra casa, por precaução, comprei os medicamentos necessários para dois tratamentos de malária. A chuva foi aumentando e ficamos ilhados entre os rios Areões e Arara. Dois vizinhos estavam passando muito mal, o rio não dava passagem para levá-los ao hospital. Os sintomas eram idênticos ao da minha irmã. Então, resolvi tratá-los com a medicação que havia trazido de Nova Xavantina. Graças a Deus deu tudo certo e eles recuperaram a saúde.

Em setembro de 1974, convidei Dona Verena para visitarmos o bebê recém-nascido dos vizinhos Vian. Soube que ele não estava bem. A fazenda dos Vian era próximo da vila Vau dos Gaúchos. Fomos a pé. Chegando lá, o Sr. Dionísio estava trabalhando com as máquinas do plantio e colheita de arroz. Dona Célia estava na casa com as crianças. As crianças sempre me chamam atenção e com aquela pequena criança no colo da mãe não foi diferente. Peguei-a no colo e percebi e logo percebi seus pés frios e febre alta. A mãe do bebê, Dona Célia, disse que ele não estava querendo mamar. Aconselhei a levar o pequeno Rogério para Nova Xavantina, onde havia o hospital e médicos para consultá-lo. Dona Célia me pediu para conversar com o Sr. Dionísio. Pai do bebê. Ele disse que, se até o outro dia a criança não melhorasse, o levaria para consultar. Naquele momento, sinto que Deus me usou como instrumento de cuidado. Com coragem falei a Dionísio que o amanhã poderia ser tarde. Dando-se conta da gravidade, ele largou tudo que estava fazendo e levou Rogério para o hospital.

Dona Célia estava tão preocupada com a situação do filho que começou a passar mal. Então, deixei meus filhos na casa da tia Voni e acompanhei o casal até Xavantina até o hospital. Era uma tarde chuvosa. As estradas estavam cheias de buracos. Estávamos tensos com a febre de Rogério que não baixava. O Sr. Dionísio lembrou-se que o pequeno ainda não tinha sido batizado. Naquele momento, paramos o carro e Dona Célia e eu o batizamos (Rogério) com a água da chuva. Rogério estava realmente mal. Dionísio já falava em voltar para a fazenda, acreditando que nada mais tinha para ser feito. Ao que lhe disse: Sr. Dionísio, enquanto há vida, há esperança, e seu filho está vivo, então segue em frente. E assim seguimos.

Chegando no hospital de Nova Xavantina, pedi à enfermeira que me trouxesse um ventilador, álcool e compressas de gaze para colocar nas perninhas, braços e cabeça do pequeno Rogério. Quando a febre cedeu, Rogério foi medicado. Na manhã seguinte recebemos a notícia de que o pequeno estava fora de perigo. Tão grande foi a gratidão de Dionísio e Célia que sou madrinha do Rogério. Hoje Rogério mora em Mineiros-Goiás, mas quando vem visitar sua irmã em Água Boa não deixa de visitar a madrinha.

Naquele tempo, os cultos com o pastor Hildor Reinke (de Canarana) e as missas aconteciam na escolinha do Vau. Éramos uma grande família ecumênica, longe dos recursos, porém perto de Deus.

Sabendo do meu trabalho no Sul, como “parteira e enfermeira”, muitas pessoas doentes foram dirigidas a mim para receber os primeiros socorros. Às vezes, eu emprestava remédios que havia trazido do sul para a família. Logo que as pessoas iam para a cidade, compravam os remédios e me devolviam. Era uma forma de nos ajudarmos enquanto vizinhos. Meu esposo, que era “dentista”, fazia o mesmo. Aos domingos, depois dos cultos de leitura, ele atendia as pessoas que o procuravam com dor de dente. A convite do pastor Hildor Rainke, atendeu como dentista em Canarana, num cômodo da casa pastoral.

Nosso objetivo sempre foi trabalhar na agricultura, como agricultores. Para isso, pedimos a Deus que nos desse forças e coragem para enfrentar as mudanças que estavam ocorrendo em nossas vidas. Deus nos deu esta força. Ele nos deu coragem e colocou pessoas necessitadas à nossa frente. Como negar ajuda ao próximo mesmo que seja desconhecido? Nosso lema sempre foi “Não faça aos outros o que não queres que façam contigo”.

Já não sabíamos mais onde morar, se em Nova Xavantina (a pedido do doutor para que eu trabalhasse no hospital), em Canarana (a pedido do pastor e da comunidade para meu esposo prestar atendimento) ou em Água Boa (que ficava no meio das duas cidades e mais perto da fazenda). Em junho de 1975 resolvemos morar em Água Boa, apesar de ser a menor vila e de não ter escola por ali.

As dificuldades dos primeiros anos aproximaram as pessoas, fazendo-as comungar de um mesmo sentimento: a esperança por construir uma nova História. Essa aproximação levou-nos ao constante respeito às diferenças, por exemplo, a prática religiosa. O primeiro templo religioso construído recebia católicos e luteranos, cada qual realizando em momento combinado a missa e o culto. Essa “congregação ecumênica” reunia-se primeiro na escola de madeira e mais tarde no Pavilhão das Comunidades.

Em setembro de 1976, fizemos um encontro com as senhoras luteranas para dar inicio as atividades da OASE. Em junho de 1977 fui eleita presidente da OASE, e como vice-presidente a senhora Maria Dulce Lorens. Como secretária foi eleita Zenaide Lorens Klein e para vice secretária Ernilda Allebrand Müller. Para tesoureira foi eleita Helga Milina Grohs e para vice tesoureira Elzira Grelmann. Os encontros normalmente aconteciam em minha casa e na ausência do pastor fazíamos leitura bíblica, meditação e louvor.

Mesmo com os compromisso de atendimento às pessoas que nos procuravam por questões de saúde, meu esposo e eu, sempre estivemos presentes nas atividades e nas diretorias da paróquia, da comunidade e da sociedade.

Após minha aposentadoria, pude voltar com mais ênfase às reuniões e encontros da OASE, o que me traz muita alegria e satisfação. Adoro estar rodeada de mulheres guerreiras com suas habilidades sem igual e principalmente com muita fé.


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