Hoje sirvo numa paróquia com duas comunidades que estão localizadas em torno de 40 km da sede. Para alguns colegas ministros, isso é perto. Para outros, bem distante. Viajo tranquilo num automóvel muito confortável e seguro. Em viagem, por vezes, recordo dos tempos nos quais era necessário me deslocar com pneus mais gastos e iluminação precária. Houve uma época, décadas atrás, na qual seguia às comunidades com carro de uso pessoal. No início do ministério, sequer havia condução. A pé ou de carona, visitava as famílias. Volta e meia, alguns membros me recordam histórias ainda mais antigas de pastores que visitavam as comunidades à cavalo ou de Jeep. Aprendi que, com o passar dos anos, as situações podem mudar bastante. Percebo que houve um cuidado maior, tanto por parte da IECLB, exigindo que os automóveis e patrimônio sejam segurados, com investimentos em plano de saúde e seguridade, quanto de nossos presbitérios, que investiram, além do básico, em segurança, cuidado e conforto dos ministros. Agradeço pelo carinho dos presbitérios. Todavia, deve ser sempre lembrado que, entre as variadas situações, tanto no passado, quanto no presente, o Senhor a quem servimos continua sendo o mesmo. O povo precisa ser amado e alcançado com a Palavra. De fato, somente a força de Deus é que nos mantém. Não me esqueço do que diz o apóstolo Paulo: “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.12-13).
