Gato escaldado...

09/01/2012

...Tem medo de água fria! É este o “dito popular” que me acompanha essa semana. Faz um ano que a tragédia da natureza se abateu sobre cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais. E agora, na mesma época, dias e noites de chuva trazem uma inquieta atenção.Buscar informações sobre o clima, nível de rio, índices pluviométricos viraram prática constante.
Foram muitas as famílias que não agüentaram com a demora na reconstrução e foram embora de suas cidades. Outras pessoas ainda estão com a situação indefinida por conta de burocracias e de uma realidade corrupta.
Medo é medo. E ele se torna incontrolável quando é um “des-espero”.
Falar da ressurreição de Cristo é anunciar Vida que enfrenta a burocracia. Crer na ressurreição – e viver dessa fé – é atuar diretamente na solidariedade, na denúncia de erros, descuidos e desmandos.Em cada cidade atingida há Conselhos Municipais que necessitam participação consciente de pessoas que representem outras pessoas. Também ali, se anuncia ressurreição.
Uma das frases mais citadas de Lutero é “se eu souber que o mundo terminará amanhã, hoje mesmo plantarei uma macieira e pagarei minhas contas”. Assumir nossa responsabilidade diante do desespero é uma característica luterana. Assim, vamos encarando as dificuldades; assim vamos vencendo o medo.
Nossa esperança não existe sem a responsabilidade. Assim também, a nossa responsabilidade se alimenta da esperança. Escutar especialistas e estudiosos pode ajudar a “plantar a macieira” em lugar seguro. Aprender com o que aconteceu é “pagar as contas” que todos nós temos com nosso planeta.
Recebemos, no final do ano, material que dava conta das diversas atitudes solidárias de nossa igreja nos lugares mais fortemente atingidos. É bom saber que há pessoas que enfrentam seus medos para semearem esperança e certeza de superar a morte, certeza de ressurreição – que viabiliza a vida, tentando não repetir erros, para não cair num círculo vicioso.
Em 1João 4.18 lemos que o verdadeiro amor “lança fora” o medo. As atitudes solidárias – que respeitam a vida das pessoas, seus desejos e suas dores – enfrentam o medo e buscam superação de situações de morte. Nosso Deus nos dá acesso a estudos e pesquisas, nos dá acesso a maneiras de atuar politicamente, nos dá acesso a atitudes de amor. Aprender disso tudo pode, sim, lançar fora o medo e celebrar vida que ressurge da esperança.
 


Autor(a): Margarete Emma Engelbrecht
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Testamento: Novo / Livro: João I / Capitulo: 4 / Versículo Inicial: 18
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 12325
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Jesus Cristo diz: Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida.
João 8.12
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