Em outubro de 1951, o cantor João Dias apresentou pela primeira vez a valsinha que, desde então, tornou-se a música mais cantada no “réveillon”. A canção é de composição da dupla David Nasser e Francisco Alves, a qual diz assim: “ADEUS ANO VELHO. FELIZ ANO NOVO. QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER. MUITO DINHEIRO NO BOLSO. SAÚDE PARA DAR E VENDER. PARA OS SOLTEIROS, SORTE NO AMOR, NENHUMA ESPERANÇA PERDIDA. PARA OS CASADOS, NENHUMA BRIGA, PAZ E SOSSEGO NA VIDA”. Passei minha adolescência cantando a valsinha. Somente depois de adulto é que parei para refletir no que cantava. Algumas vezes travei na afirmação: “Saúde para dar e vender”. David Nasser faleceu com 63 anos de diabetes. Viveu muitos anos após compor a nossa canção. Mas, estava constantemente doente. Já Francisco Alves faleceu no ano seguinte à composição, num acidente automobilístico. Ou seja, não pode cantá-la no “réveillon” seguinte. Mesmo sendo cantor da vida noturna, Francisco era avesso ao álcool, com a saúde sempre perfeita. O que isso nos revela? Estamos conscientes de que o nosso controle sobre a vida é somente parcial? Por mais que nos cuidemos, os nossos dias estão nas mãos do Senhor. Por isso, precisamos aprender a orar com o Salmista: “Entrego a minha vida ao Senhor. Confio só n’Ele. Sei que o mais Ele fará” (Salmo 37.5). De fato, não sei o que será de 2022. Mas, conheço o meu Deus. Ele jamais desampara aos seus filhos. Ele orientou Noé para construir uma arca. Ele abriu o Mar Vermelho e libertou o seu povo da escravidão. Ele tem seus olhos voltados para o menor dos menores, fazendo seu único filho nascer numa estrebaria, escapar de um rei cruel que sacrificou centenas ou milhares de meninos. Deus mostrou, através de Jesus, que a morte não tem vez, pois ressuscitou. Nosso Deus estará ao nosso lado em cada momento do novo ano. Servi-lo com alegria é o desafio. É também a porta da felicidade, pois assim é que começa a canção dizendo “feliz ano novo” É o que desejamos. Vamos caminhar juntos?
Com Wilson Paim, “Feliz Ano Novo”...