Quantas vezes já ouvimos dizer que todas as pessoas crêem. Importante é ter fé, então todas as coisas hão de acontecer. Faz-se necessário que conheçamos as diferenças entre fé e superstição. Crer em Deus e crer em coisas materiais são duas coisas diferentes. Algo que provém de Deus ou que provém das mãos humanas. Quem é Deus? O Reformador Martin Lutero responde: “Fé e Deus não se podem divorciar. Aquilo, pois, a que prendes o coração e te confias, isso, digo, é propriamente o teu Deus”.
A fé não deve se transformar em superstição, fanatismo ou idolatria. A esperança também não deve se apegar a coisas absurdas e cair em ilusões. O amor também não pode ser reduzido a uma rápida paixão que termina em sentimentalismo. O que permanece é a fé autêntica, a esperança fundamentada e o amor verdadeiro, não as perversões.
Como cristãos, não somos diferentes das outros pessoas quanto ao espaço em que vivemos, pois encontramo-nos da mesma forma no mundo. Apenas a nossa fé se baseia e é fundamentada em Deus, Criador, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos enviou o Espírito Santo. É assim que vivemos nesta semana o início do tempo da Trindade Divina. Por isso o cristão também não precisa desesperar com incertezas ou dúvidas. Pessoas cristãs não vão se apegar a questões supersticiosas, como por exemplo, o número treze, ou com o mês de agosto, ou com os horóscopos ou tantas outras questões desvinculadas da fé cristã. Todos os dias foram criados por Deus e devem ser igualmente uma bênção. No momento em que fazemos distinção caímos na idolatria. Deus jamais quer ser substituído pela sua criação. Portanto, chegamos a definir o que é superstição ou idolatria: toda vez que Deus, o Criador, é substituído pela sua criação.
Como pessoas cristãs, não temos nada a temer, pois temos um Senhor em quem podemos confiar, a quem podemos servir, e de quem podemos dar testemunho.
Este Deus tem poder de mudar e transformar. Basta que estejamos seguindo o seu ensino e nos colocando a seu serviço. Assim a nossa vida se torna alegre, esperançosa, não mais individualista nem dominadora. É um caminhar juntos, onde o servir ao semelhante se traduz em alegria e gratidão na caminhada transformadora e liberta.
Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles: Eu sou o Senhor vosso Deus.
Levíticos 19.31
Pastor Valdemar Witter