Todos os anos, no primeiro sábado do mês de agosto os presbíteros e presbíteras da União Paroquial Campinas reúnem-se para partilhar experiências e aprender em conjunto. Este ano o encontro aconteceu no dia 5, no lar Luterano Belém, reunindo 59 pessoas, entre presbíteros e lideranças das 7 Paróquias filiadas a UP Campinas, sob o tema Fé, Gratidão e Compromisso. Os obreiros da UP, pastor Eldo Krüger de Rio Claro, coordenador do Colégio de Obreiros e Obreiras, pastor Mauri Kappel também de Rio Claro e o pastor Rubens Horst de Campinas foram os responsáveis pelo desenvolvimento da temática..
Cada participante teve a oportunidade de compartilhar suas experiências sobre contribuições e controle financeiro, e depois reuniram-se em pequenos grupos, que discutiram sobre “Fé, Gratidão e Compromisso”, apresentando os resultados para a plenária.
Um dos resultados são as recomendações abaixo, uma boa contribuição para as comunidades:
Há varias formas de se ofertar a Deus. Pode ser através de doações do tempo (trabalho voluntário), talento (dons) e tesouro (dinheiro e bens).
O sustento da Comunidade deve vir das ofertas e contribuições e é de responsabilidade de todos os membros.
As promoções (festa, almoços, rifas, etc.) e outras formas de arrecadação financeira deveriam ser utilizadas apenas para investimentos extras (construções novas, reformas, aquisição de bens móveis e imóveis, etc.).
A contribuição deve ser livre (espontânea) e, de preferência proporcional, motivado pela fé, gratidão e compromisso com Deus e com o seu Reino. Essa sistemática de contribuição tem a sua fragilidade, pois não sendo obrigado muitos membros simplesmente não contribuem. É preciso que, de alguma forma esses membros sejam contados e conscientizados a contribuir.
Como norma geral, a contribuição deve ser por pessoa e não por família. Observas para que, a partir da confirmação, os jovens já se tornem membros contribuintes.
Formas de contribuição: Cada Comunidade deve analisar o perfil dos seus membros e a maneira mais eficiente de abordá-los. As formas praticadas nas Comunidades são envelopes, carnê simples e depósitos na conta bancariam da Comunidade. No caso da modalidade dos envelopes e carnês, recomenda-se que sejam pessoalmente entregues aos membros. Obs.:toda implantação de mudança no modo da contribuição deve ter apoio da grande maioria da Comunidade. Requer preparação e tempo.
A assistência pastoral aos membros não deve estar vinculada ao fato dele ser contribuinte e com a contribuição e dia.
Deve haver controle sobre as contribuições. Isso é fundamental para que a administração financeira possa ser transparente.
Transparência: nas informações e ações do presbitério, principalmente na questão administrativa financeira. Há necessidade permanente de dar um retorno e prestar conta. Como? Expondo regularmente o balancete financeiro, informando quantos membros a Comunidade têm, quantos são contribuintes, quantos estão em dia e quantos em atraso;informando os valores das contribuições e a necessidade financeira da Comunidade, etc. Algo que pode ajudar muito é a elaboração de estatísticas em forma de gráficos. Obs.: Muitas vezes as dificuldades financeiras da Comunidade existem porque os membros desconhecem a real situação financeira da Comunidade. Quando os membros sabem da realidade financeira eles respondem positivamente.
Conscientização e motivação permanente dos membros sobre contribuição. Falar abertamente com os membros sobre contribuição. Os membros devem ser educados a contribuir desde crianças (culto infantil). Todos os departamentos devem ser envolvidos no processo educativo. A conscientização pode acontecer de diversas formas: Falando com a Comunidade no culto, fazer uso de cartas, boletins, folhetos, prédicas, estudos bíblicos, banners, foolders, etc. É importante que os membros sejam informados dos custos da Comunidade, seus trabalhos, planos e metas de investimentos (prioridades).
Investir mais na evangelização dos membros e na pregação sobre contribuição. A pregação deve ser de forma explicativa e não apelativa. A educação e conscientização devem se fundamentar no ensino bíblico e teológico. É preciso informar aos membros que a Bíblia ensina sobre contribuição/oferta.
As ofertas e contribuições devem ser consagradas nos cultos.
Para um melhor funcionamento da tesouraria o presbitério deveria constituir uma comissão de finanças composta de pessoas com visão administrativa financeira.
Fonte: Wainer Quitzau, presidente da UP Campinas
