Desde menina Eva fazia suas aventuras na cozinha. Tudo começou com a avó que a despertou à culinária. Ela dizia: Menina! Experimente isso daqui. Ninguém nunca fez igual. Sempre atiçava a curiosidade da pequena com propostas: O que será que acontece misturando isso com isso? Ou ainda, variando os temperos, chamava-a para provar e dar sua opinião. Eva era fanzoca de programas culinários. Investia tempo em literatura na área. Tinha a cozinha equipada e a geladeira cheia. Mas, pelas mais variadas situações vividas, acabou estudando e exercendo sua vida profissional como advogada. Contudo, jamais se destacou no escritório. Contudo, na cozinha, seguidamente era elogiada. Por outro lado, como advogada, tinha sua clientela e, principalmente, era feliz. Nos fins de semana e nas férias divertia-se cozinhando à família. Vez por outra, chamava o filho para ajudá-la nos afazeres. O menino não lhe dava muita atenção. Fazia o que tinha que fazer com um olho na TV, pois sonhava ser repórter esportivo. Eva apenas debochava: Você ainda vai ver. Quando casar e tiver uma filha, ela será minha parceira! Assim, os dias vão se passando. As pessoas seguem a vida. Cada qual com seu jeito e seus gostos. Cada qual com suas obrigações e também paixões. Graças a Deus, na vida há espaço para tudo. Somos pessoas diferentes com chance constante para se desenvolver. Basta querer e aproveitar as portas que se abrem. Acho que tem um pouco disso no pensamento do apóstolo Paulo: “Procurem não se conformar com o que está aí. Mas, de renovação em renovação, transformem a vida, fazendo de cada ato um Culto a Deus” (Romanos 12.2).