Expressão visual da jornada rumo à Eucaristia compartilhada

18/01/2018

Culto de Dedicação da Cruz de Lund na Capela do Centro Ecumênico em Genebra/Suiça
Cardeal Kur Koch durante a celebração em Genebra
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(LWI) - A cruz salvadorenha criada para a Comemoração Conjunta Católico-Luterana da Reforma em Lund, 2016, foi colocada na capela do Centro Ecumênico em Genebra, na Suíça, em um culto de dedicação no dia 18 de janeiro de 2018. A cruz, símbolo deste importante marco nas relações ecumênicas, estará acessível aos visitantes e peregrinos em um lugar significativo para o movimento ecumênico.

A cruz é rica em símbolos e mostra uma fonte batismal, os ramos da videira verdadeira e Jesus convidando pessoas de todas as nações a compartilhar o pão e o vinho.

Reconciliação como chamado bíblico

A cruz expressa visualmente que estamos a caminho a partir do batismo, que já é comum a ambos, rumo à eucaristia que desejamos celebrar juntos e em direção da qual devemos dar mais passos, afirmou o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. Ele pregou juntamente com a Rev. Dra. Kaisamari Hintikka, Secretária-Geral Adjunta para Relações Ecumênicas na Federação Luterana do Mundo (FLM), baseando-se em 2 Coríntios 5.14-20.

Em suas mensagens, ambos enfatizaram a reconciliação como um chamado bíblico. Quando recebemos o dom da reconciliação de Deus, também somos chamados e obrigados a proclamar a reconciliação de Deus e a trabalhar para a reconciliação, com a autorização do próprio Jesus Cristo, disse o Cardeal Koch.

Quanto mais temos avançado juntos na jornada e, durante o aniversário, na oração e em planos muito concretos, mais nos conscientizamos que tudo isso é de Deus , disse a Revda. Hintikka, chamando os 50 anos do diálogo luterano-católico de uma jornada profundamente espiritual que atingiu o seu ponto alto na Comemoração Conjunta em Lund, na Suécia.

Nós aprofundamos o nosso compromisso mútuo de continuar juntos em oração e testemunho conjunto. Hoje podemos observar esta jornada com gratidão. O Espírito Santo nos moveu mais perto um do outro, e Cristo continua a nos chamar para seguirmos em frente, juntos. - Rev Dr. Kaisamari Hintikka, Secretária Geral Adjunta para Relações Ecumênicas da FLM.

Nós aprofundamos nosso compromisso mútuo de continuar juntos em oração e testemunho conjunto. Hoje podemos observar esta jornada com gratidão. O Espírito Santo nos moveu mais perto um do outro, e Cristo continua a nos chamar para seguir em frente, juntos , acrescentou.

Um sinal de esperança de um país sofredor

Em 31 de outubro de 2016, o Presidente da FLM Bispo Dr. Munib A. Younan, e o Secretário Geral Rev. Dr. Martin Junge, juntamente com o Papa Francisco, lideraram o culto para comemorar o 500º Aniversário da Reforma, na Catedral de Lund, Suécia. Este foi um marco importante na história das relações luteranas-católicas e no movimento ecumênico.

A cruz de Lund foi pintada pelo artista luterano Christian Chavarría Ayala, de El Salvador, no típico estilo colorido de seu país. As pessoas criam cruzes a partir de suas próprias experiências, disse o artista, que como criança vivenciou a guerra civil salvadorenha e cresceu em um campo de refugiados em Honduras.

Esta cruz vem de um país muito pobre, onde o sofrimento, a guerra de gangues e a morte reinam, mas ainda há esperança e inspiração em Deus. Com as cores mostramos o amor de Deus pelo mundo .

Em El Salvador, a cruz sempre foi um sinal de esperança em nossas lutas, um sinal de fé em nosso desespero, um sinal de amor em nosso sofrimento, um sinal de vida em meio à morte, acrescenta Chavarría. A cruz de madeira é de dois metros de altura, a maior que o artista criou até agora.

Dom da comunhão

Que [esta cruz] seja um sinal de esperança que compartilhamos à medida que deixamos o nosso conflito e nos voltamos para o nosso futuro comum, afirmou o Rev. Dr. Martin Junge, Secretário Geral da Federação Luterana Mundial (FLM), na oração de dedicação.

A cruz foi recebida pelo Rev. Dr. Olav Fykse Tveit, Secretário Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) em nome do CMI. Nós recebemos essa cruz como um presente de comunhão, disse ele. Que o passo histórico que ela simboliza nos lembre que a cruz de Cristo transforma nosso conflito em comunhão.

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