Eu o ajudarei a falar

12/08/2009

Quando pensamos em Moisés, qual é a imagem que vem à nossa mente? De quais acontecimentos nos lembramos?

Moisés foi salvo por sua mãe quando era pequeno e foi criado pela filha do Faraó (Ex 2). Foi Moisés que foi falar com o Faraó para libertar o povo que era escravo no Egito (Êx 5-12); foi ele que dividiu as águas do Mar Vermelho para o povo passar (Êx 14), também foi ele que recebeu de Deus os Dez Mandamentos e anunciou ao povo (Êx 20).

Analisando todos esses acontecimentos, imaginamos Moisés sendo um homem muito forte, corajoso, confiante, um líder nato, um homem de fé, abençoado por Deus.

Mas, além de todas essas características, Moisés era um ser humano como nós e muito mais parecido conosco do que nós mesmos imaginamos. No texto de Êxodo 4.1-17, vemos que Moisés também teve dúvidas quando Deus o chamou para falar com o povo e libertá-lo do Egito. Ele disse que não sabia falar, que quando começava a falar se atrapalhava. Pediu a Deus que mandasse outra pessoa em seu lugar. Também Moisés teve medo, sentiu-se inseguro, achava que não era capaz de realizar tal tarefa.

Mesmo assim, Deus insistiu, confiou em Moisés e Moisés acabou aceitando o chamado de Deus, confiante na sua promessa: “Agora vá, pois eu o ajudarei a falar e lhe direi o que deve dizer” (Ex 4.12). Deus promete estar ao lado de Moisés, ajudando-o, colocando as palavras certas em sua boca, dizendo o que ele deve dizer e fazer.

Também nós, muitas vezes, temos dúvidas, ficamos com medo, achamos que não somos capazes, que não sabemos falar, que não sabemos fazer. Muitas vezes damos ouvidos ao que os outros dizem e acabamos nos encolhendo, deixando de cumprir com a nossa tarefa.

Conta a história que certa vez ia acontecer uma corrida, uma corrida de sapinhos! O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles.

Começa a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos pudessem alcançar o alto da torre, o que mais se ouvia era:

Que pena, esses sapinhos não vão conseguir. Não vão conseguir, mesmo!

E os sapinhos começam a desistir. Desistiu um, depois o outro, depois mais outro.

E a multidão continuava gritando:

Que pena, vocês não vão conseguir!

E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um, menos um sapinho que continuava tranquilo, embora cada vez mais ofegante e cansado.

Já ao final da competição, todos desistiram, menos aquele, que chegou ao final da corrida, alcançando o topo da torre.

A curiosidade tomou conta de todos. Queriam saber o que tinha acontecido. E assim, quando foram perguntar ao sapinho como ele havia conseguido concluir a prova, aí sim conseguiram descobrir: ele era surdo!

Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças do seu coração. Lembre-se sempre: há poder em nossas palavras e em tudo o que pensamos! Ou então, seja surdo quando alguém disser que você não pode realizar seus sonhos.

Siga o exemplo de Moisés. Confie na presença de Deus na sua vida. Acredite nas suas capacidades e atenda o chamado de Deus de sermos sal da terra, luz para o mundo e fermento na massa. Que Deus abençoe a todos nós.

Pa. Ana Cássia Maus


Autor(a): Ana Cássia Maus
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8606
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Ó Senhor Deus, o teu amor chega até o céu e a tua fidelidade vai até as nuvens. A tua justiça é firme como as grandes montanhas e os teus julgamentos são profundos como o mar.
Salmo 36.5-6
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