Naquele domingo, Sandra ficou responsável pelas flores do altar na igreja. Ela estava triste, pois recentemente tinha perdido a mãe com câncer. Culto? Gratidão? Como seria possível? Na floricultura, uma simpática balconista perguntou-lhe: Você quer um arranjo tradicional ou gostaria de levar algo mais alegre? Sem pensar muito, ela desabafou: Ultimamente não tenho motivos de alegria. Disse a moça: Então, será um buquê de espinhos! Sandra ficou curiosa: Mas, o que te levou a criar tal arranjo? Sem hesitar, a moça testemunhou: Em casa, aprendi a agradecer pelas boas coisas. Mas, a vida me ensinou que também os “tempos difíceis” são importantes para o fortalecimento da nossa fé. Por isso, sou grata a Deus também pelos espinhos. Então, Sandra comentou: Estou com raiva de Deus! Implorei a Deus, mas perdi a minha mãe. Neste momento entrou um homem na loja, que – sem floreios - pediu um buquê de espinhos para sua esposa. Incrédula, Sandra deixou escapar: Que loucura! Porque você acha que sua esposa vai desejar “espinhos”? Então, ele disse: Enfrentamos muitos problemas. Quase nos divorciamos. Mas – graças a Deus - nosso casamento se renovou. Todo ano, nesta data, o buquê “especial” nos lembra os tempos difíceis que passamos. Sandra cochichou baixinho: Não sei se posso ser grata pelos espinhos em minha vida. É tudo tão recente. Com carinho, a balconista afirmou: Até mesmo o cacto apresenta belas flores! Lágrimas rolaram pela face de Sandra. Sem pedir, Deus lhe proporcionou aquele momento de reflexão. Por fim, ela disse: Vou levar ao altar o arranjo “especial” feito com espinhos. Quanto custa? Nada! Disse sorrindo a balconista. O primeiro arranjo é sempre por minha conta. Sei por experiência que as pessoas sempre voltam. Os espinhos são frequentes na jornada de qualquer pessoa.