Eu lhes dou a oportunidade de escolherem entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição. Escolham a vida, para que vocês e os seus descendentes vivam muitos anos (Deuteronômio 30.19)
No texto de Deuteronômio 30.15-20, Deus nos dá duas opções: escolher o caminho da vida, do bem e da bênção ou escolher o caminho da morte, do mal e da maldição. Há liberdade de escolha. No entanto, cada escolha tem a sua consequência.
Conta-se que, numa cidade grande, certo motorista vinha muito apressado e não parou no semáforo com farol vermelho. E não deu outra, ele foi parado pelo policial, que logo perguntou por que ele tinha avançado o sinal. O motorista, meio sem jeito, disse: “É porque o carro tá sem freio”. O policial, já se preparando para dar a multa, perguntou: “Por que o senhor. não está usando o cinto de segurança?”. O motorista respondeu: “É que o cinto eu usei para amarrar o botijão de gás lá traz”. Depois disso, o policial disse: “Não tem jeito, vou ter que tirar a sua carteira”. Então o motorista, com alegria, respondeu: “Que bom que o policial vai tirar a minha carteira, porque estou tentando já faz três anos, e não consigo”. Já irritado, o policial pergunta para a esposa do motorista que estava ao lado: “Vem cá, ele é sempre assim?”. E a mulher respondeu: “Não policial, ele é assim só quando está bêbado”.
É claro que essa história é uma piada. Mas acontece muito por aí: motoristas dirigindo alcoolizados, desrespeitando as leis de trânsito, colocando em risco não só as suas próprias vidas, mas as vidas das outras pessoas que passarem por seu caminho. De acordo com o texto de Deuteronômio, escolher a vida e a bênção é respeitar as leis de trânsito, pois elas existem para preservar a nossa vida, para a nossa segurança. Por outro lado, escolher a morte e a desgraça é dirigir de forma irresponsável e perigosa, pois o carro é uma arma.
Deuteronômio relata que a pessoa é livre para escolher entre a proposta de Deus que conduz à vida e à felicidade ou a autossuficiência da própria pessoa que conduz, quase sempre, à morte e à desgraça. Para ajudar quem escolhe a vida, Deus propõe “mandamentos”: são os “sinais” com que Deus demarca o caminho que conduz à salvação.
Às coisas que acontecem na nossa vida temos o costume de chamar de destino, ou, então, dizemos que foi a vontade de Deus, que Deus quis assim. Mas os acontecimentos da vida, bons ou ruins, nada mais são do que o resultado das nossas escolhas, certas ou erradas. Tudo o que acontece na vida tem um porquê. Nada acontece por acaso.
A Palavra de Deus nos anima a buscar as causas de tudo aquilo que prejudica a vida, e nos impulsiona a lutar contra elas. Deus não quer a morte. Deus quer a vida em abundância para toda a sua criação, por isso Jesus Cristo veio viver em nosso meio.
Escolha a vida: essa é a mensagem de Deuteronômio. Essa escolha, no entanto, não deve ser somente uma atitude pessoal e individualista. A escolha pela vida implica a promoção da vida! Implica seguimento a Deus, voltando-se em amor ao próximo, buscando transformações nas estruturas e nas relações pessoais, sociais, familiares do nosso mundo. E esta é a vontade de Deus: vida para todas as pessoas.
Paróquia Evangélica de Palmitos - Riqueza - SC