Numa região totalmente desconhecida, José seguia pela estrada, até que chegou numa encruzilhada. Uma escolha precisava ser feita. Que rumo darei à minha vida? Não enxergou nenhuma placa. Não havia ninguém para perguntar qual rumo seguir. Tomou o caminho mais plaino. Mas, após alguns metros parou, voltou e seguiu pelo lado oposto. Alguns quilômetros adiante encontrou uma morada, onde pediu água ao dono. Aproveitou para perguntar: Onde dará esta estrada? Muito curioso e meio desconfiado, o sertanejo respondeu. Todavia, também o questionou perguntando-lhe porque escolheu a subida e não o outra, plaina? José era um sujeito experiente. Como estava há anos na estrada, respondeu: A princípio, escolhi e segui pela direita, mas observei os rastros no chão. Eles somente seguiam numa mesma direção. Não havia marcas de volta. Achei por bem seguir pelo outro lado, onde os rastros seguiam em ambas as direções. Você acertou! Exclamou o sertanejo. O primeiro caminho o levaria ao rio, onde as pessoas suadas e cansadas entram de imediato para se aliviar do calor. Mas, são águas perigosas. Há muita correnteza e buracos. Quem entra dificilmente sai. A estrada que você escolheu não é a mais fácil, todavia permitirá que continue a jornada. Boa viagem. Que Deus te acompanhe!
Zé da Praia compôs “Canção do Sertanejo” aqui com a dupla Juliano e Jardel (1980).