Em favor da vida!

07/06/2020

Jesus ensina: “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês” (Lucas 6.31).

Quando cheguei, bati palmas e esperei. Era a casa de um estudante de teologia. Ele abriu a porta e disse: Seja bem-vindo! Três palavras que me marcaram, mesmo passados mais de 25 anos. Ainda lembro o quanto aquele comportamento ajudou a construir uma boa amizade entre nós. As palavras de Jesus me fizeram pensar naquele estudante. O conselho serve para todo tipo de relacionamento. Mas, é bem possível que a aplicação mais evidente, seja para a nossa própria casa. Ainda mais neste tempo de distanciamento social, pois quando passamos muito tempo juntos, os relacionamentos podem ficar um tanto desgastados, aumentando os riscos de crises no lar ou de ofenderem uns aos outros.

Um exemplo trágico: A imprensa informou que, com o distanciamento social, aumentou o número de feminicídios. Imagino que o destempero e a falta de domínio próprio - muitas vezes, aumentados pelo consumo de álcool e outras drogas - contribui para aumentar a violência. Então, pergunto: Você acha que poderia ser diferente, se todos levassem em consideração o conselho de Jesus? E, pergunto mais: Você acha que, para quem segue a Jesus, os dias “preso” em casa são diferentes? Por favor, tente responder isso para si mesmo e, se possível, leve essa questão para os outros moradores da sua casa.

Enquanto isso, tenho ainda outra pergunta: Quando você fala, que tipo de sentimentos provoca? Aquele bom sentimento que tive com as palavras do estudante de teologia? Numa das paróquias onde fui pastor, quis visitar uma família que eu ainda não conhecia. Eles não costumavam participar dos cultos. Moravam num apartamento. Apertei o interfone e me apresentei. A resposta que ouvi: “Não queremos receber visita do pastor! Portanto, ali ouvi o oposto de “seja bem-vindo”. Eu me sentiria melhor se, depois, eles tivessem, pelo menos, pedido desculpas. Como não houve o pedido de desculpas, conformei-me com o fato de que ninguém é perfeito. Em Romanos 7.14-25, Paulo ajuda a ampliar a nossa reflexão. E, se ninguém é perfeito, necessitamos perdoar e necessitamos ser perdoados, para facilitar e apressar a reconciliação. Não devemos nos conformar, porém, com a realidade que nós e os outros somos imperfeitos. Também precisamos de transformação diária. O apóstolo comenta: “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma mudança da mente de vocês” (Romanos 12.2).

Visando um melhor ambiente no lar e um melhor relacionamento com os de fora do nosso lar, deixemos que Deus transforme nossa mentalidade, para que consigamos fazer aos outros o que queremos que eles nos façam. Se você já vive assim, é uma pessoa bem-aventurada. É luz do mundo e sal da terra e sua forma de viver. “Faz com que o Pai seja glorificado nos céus” (Mateus 5.13-16). Mesmo assim, fique ligado. Procure perceber que sentimentos você tem provocado com suas palavras e atitudes. Sempre procure viver de tal forma que seja um motivador do próximo. Também, que você pratique e motive o próximo a fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam. Isso tem salvado vidas diariamente e ajuda a aceitar a salvação para a vida eterna. Amém!
 


Autor(a): P. Aldemis Rodolfo da Cunha
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Lucas / Capitulo: 6 / Versículo Inicial: 31
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 57097
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Salmo 118.1
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