"...e viu Deus que isso era bom" - Anotações para uma hermenêutica feminista latino-americana

03/12/1988

“... E VIU DEUS QUE ISSO ERA BOM
Anotações para uma hermenêutica feminista latino-americana

Gládis Gassen e João G. Biehl

l - O texto

Não, a gente não chega falando de hermenêutica. Pra muitas, afinal, este nome só assusta. Cheira a livros empoeirados ou, quem sabe, a xarope multinacional. Ao iniciar nossos cursos de Bíblia e Mulher ouvimos, isso sim, uma história de terror, que não é tirada de filmes de Hitchcock, tampouco das páginas policiais de Agatha Christie. Ela é, de fato, extraída de um conjunto de livros redigidos e colecionados por homens, na sua grande maioria das classes reais e dominantes. Ela é oriunda da Bíblia e preza a opressão do macho sobre as mulheres. Essa opressão que transcende tempos, espaços, sistemas, e que continua milénios afora, sendo base de nossas desiguais formações sociais. Pois, em Juízes 19, temos o seguinte relato:

Um homem levita havia se casado com uma mulher de Belém de Judá. Passado algum tempo, essa mulher aborreceu-se dele e o deixou, retornando à casa de seu pai. . . Ó marido inconformado foi atrás da mulher. Iria trazê-la de volta, custasse o que custasse!

O pai da mulher, recebeu-o muito bem, oferecendo-lhe uma hospedagem muito agradável, por quantos dias quisesse. Como também, é claro, concordou com o genro, devolvendo a filha a seu legítimo dono. . .

Depois de alguns dias, o levita, a mulher, o servo, e os jumentos partiram. Era de tardezinha, escurecia rapidamente. Procuraram, então, um lugar para pernoitar. Chegaram a Gibeá, onde, estranhamente, ninguém os acolheu. E tiveram que acomodar-se na praça mesmo.

Um morador de Gibeá, que voltava do seu trabalho do campo, vendo aquela cena, preocupou-se com a situação dos viajantes. Interessou-se por eles e ofereceu-lhes hospedagem em sua própria casa, dizendo: Paz seja contigo! Tudo quanto te vier a faltar vai ficar ao meu encargo. . . tão-somente não podes passar a noite na praça. . . é perigoso demais!

Assim, o velho hospedou os viajantes. Mas, durante a ceia, enquanto o hospedeiro e o levita comiam e bebiam, os homens de Gibeá rodearam a casa e gritaram ao anfitrião: Traz para fora o levita que entrou na tua cabana! Queremos abusar dele. . .! — Todos encheram-se de medo. O velho tenta conversar com eles:

— Não, irmãos, não façais semelhante mal. . . não abusem do meu hóspede. . . ele é um homem. . . isso seria loucura. . . Eu trarei para fora a minha filha virgem e a esposa dele. Abusem delas, façam o que quiserem com elas! Ao meu hóspede, porém, não façam tamanha crueldade. . .!

Antes mesmo que os homens da cidade se dessem conta, agarrou a esposa do levita e a entregou a eles! Estes a estupraram e abusaram dela toda a noite até pela manhã. . . E, subindo a alva, a deixaram.

Ao romper da manhã a mulher juntou as suas energias restantes e cambaleou até a porta da casa onde estava o seu senhor. . . Ali ficou, atirada no chão, até que se fez dia claro. . .

O levita levantou e preparou-se para seguir viagem. Mas, quando foi abrir a porta para ir embora, viu sua mulher agonizando, com as mãos estendidas no limiar da porta. . . 'Levanta-te, vamos embora!' — ele gritou. Mas ela não tinha mais forças. . . Então o levita a pôs sobre o jumento e foi para a sua casa. Chegando lá, pegou um machado e, sanguinariamente, cortou a mulher em doze pedaços. Uma parte foi enviada a cada uma das doze tribos de Israel em protesto à honra do macho que fora manchada. Ainda hoje não se pergunta pela honra e pela vida da mulher estendida no limiar da porta. . .

II — A reação

E esta história de terror passa a ser evocada em cada participante que, individual ou coletivamente, desenha, rabisca, escreve, enfim, procura expressar a sua conexão com a realidade da mulher estuprada, estendida no limiar da porta. E a troca de experiências vai fluindo como água viva. . . Seguem abaixo algumas destas expressões impressionadas:

(Veja imagem anexa.)

Já ao pendurarem no varal estas expressões, as mulheres vão se dando conta de que não se tratam de experiências isoladas, individuais, mas sim, comunitárias, sociais. Que há, enfim, raízes estruturais a fomentar este machismo, esta dominação masculina, em diversos espaços institucionais, seja na casa, no trabalho, na escola, na igreja, na política, nos meios de comunicação, na linguagem. . . As mulheres se reúnem, então, em grupo e cada qual representa seus dramas neste diferentes espaços. Aí, é claro, a criatividade segue solta, desamordaçada. Não precisam se valer do verbo falado, que lhes foi sempre negado. Mas seus próprios corpos se tornam sujeitos na tentativa de reconstruir o esquartejamento imposto a estas cujo pecado maior, quem sabe, é serem detentoras dos meios de reprodução e, portanto, ameaça constante, consciente e inconsciente, a aqueles machos das classes dominantes, concentradores dos meios de produção, alienadores do povo do fruto de suas calejadas mãos.

Ill — A discussão

1. Os pressupostos

Neste momento nós, facilitadores, com as cores e traços dados pelo grupo, procuramos ajudar a colorir o desenho. O fio que perpassa este processo de mulher ser feita (Simone de Beauvoir) inferior, obrigada a limpar os ralos sanitários da humanidade, se chama patriarcalismo. Que tem, quem sabe, suas origens na suplantação do matriarcado pelas emergentes estruturas sociais fundadas sobre o belicismo. Mas há provas históricas que localizam seu surgimento em algum dado espaço físico ou temporal. Sabemos que os grandes filósofos gregos, Platão e Aristóteles, legitimam ideologicamente que escravos, crianças e mulhe¬res eram tidos, por natureza, como seres inferiores e fadados, portanto, a servir e a obedecer incondicionalmente ao senhor/pai/esposo, o pater famílias. Quer dizer, o famoso poder do povo, a democracia grega, foi e continua sendo, prática e idealisticamente, o poder dos patriarcas. No mundo romano, em meio ao qual o cristianismo primitivo se viu obrigado a sobreviver, a situação era basicamente a mesma. E pouco a pouco, a própria ética cristã foi se patriarcalizando e o patriarcalismo se cristianizando. De lado ficava a afirmativa de que Em Cristo não pode haver judeu nem grego, nem escravo nem liberto, nem homem nem mulher. . . (Gl 3.36); e se decretava a submissão das mulheres, dos filhos, dos escravos (Ef 5.22-6.9). E isso em nome do Senhor.

O processo não parou por aí, não! A igreja cada vez mais hierárquica, mais masculina, mais aliançada/confundida com os poderes constantinianos foi apagando e excluindo as mulheres, teologizando a tal dominação patriarcal. Tomás de Aquino chegou inclusive a provar cienti-ficamente que a mulher era um homem malnascido. O espermatozóide levava mais tempo para fecundar o óvulo quando uma menina era gestada. Eis a causa do retardamento das mulheres. E a razão por que Cristo, imago Dei, tinha que ser homem. Parece piada. Mas a realidade promulgadora e decorrente destas elocubrações foi e é ainda pesadelo para estas Marias que não vivem, apenas aguentam. E por aí vai a aquarelação. As mulheres constatam e concordam que o sistema capitalista traz forte, em seus mantos de morte, o patriarcalismo que as obriga a inúmeras exploratórias jornadas de trabalho. Mas também sentem que não é a mera evolução ao socialismo que trará igualdade às grandes maiorias oprimidas do planeta. Se fazem necessárias mudanças culturais, relacionais que, interconectadas, com câmbios económicos estruturais, recriam a possibilidade de um cotidiano de cores mais de igual prá igual'. . .

Dúvidas, depoimentos, perguntas brotando da própria realidade das mulheres (na sua maioria camponesas) vão enriquecendo o debate desta tentativa de incipiente análise estrutural da situação de marginalização imposta às mulheres, especialmente àquelas de camadas populares. Mas é hora de — a partir do repartir e sistematizar experiências contemporâneas — procurar pelo confronto com as Escrituras. Aí, no centro da roda, se colocam dois grupos. A age como se fosse um muro. Tem de ser compacto, maciço, intransponível. B vai tentar romper com e atravessar o tal muro A. Sua meta é chegar ao outro lado. Depois de fracassadas tentativas individuais e de sucessos personalizados, o grupo B, todo organizado, unido, consegue desmoronar com a muralha humana A. Risos, descontração e, daí, muito envolvimento na análise da brincadeira. Unidas, temos força, organizadas podemos tentar destruir os muros do patriarcalismo, seja na luta por aposentadoria, direitos sindicais, pedaço de terra etc.

E aí lançamos a pergunta: Afinal, de que lado está a Bíblia? Ajudando as mulheres a derrubar os muros ainda mais coesos e resistentes? Deste. De nenhum. Daquele. E, finalmente, acabamos concordando que a Bíblia, em verdade, está de ambos os lados. Tem sido fonte de constante reenergização do povo oprimido na sua luta por libertação. É memória deste projeto histórico. Entretanto, também foi registrado que tem sido utilizada por interesses opressores. Se, por um lado, temos a tradição do Êxodo, testemunhando a liderança das mulheres na ativação daquele projeto revolucionário, temos, igualmente, o relato de terror de Juízes 19, ode à honra masculina, e também os próprios funestos códigos familiares paulinos. E esta percepção dialética do texto bíblico — de que ele funciona como libertação e como opressão — é ponto crucial para uma tentativa de interpretação bíblica a partir da realidade da mulher pobre latino-americana. A teologia da libertação revalorizou de forma singular o aspecto libertador das Escrituras. Mas agora, quando as mulheres também assumem seu papel de sujeitas da interpretação, elas não podem passar por cima do fato de que os textos têm essa dimensão opressiva. Até hoje, por exemplo, muitas igrejas não permitem a ordenação feminina, fundamentando-se em textos apostólicos. E assim por diante.

Outro aspecto fundamental para esta nova leitura bíblica feminista é a opção por não-neutralidade. São as mulheres assumindo suas histórias, dores, sonhos e se alinhando com o povo pobre na tentativa de revisar significativamente tradições bíblicas e eclesiásticas, revalidando-as ou rechaçando-as a partir de sua capacidade de iluminar ou não experiências contemporâneas, onde Deus acontece como libertação na história. O engajamento na luta por assim na terra como no céu é, pois, fundamental para que esta leitura crítica se mantenha compro¬metida com este tempo e esta história, sendo simplesmente questão de malabarismos intelectuais.

2. A explicitação

Trazidos à tona estes pressupostos, passamos à explicitação, discussão e exercício de quatro etapas fundamentais para esta hermenêutica feminista libertadora (conforme a teóloga Elizabeth Schüssler Fiorenza e as matizes latinas derivadas por Ivone Gerbara e Ana Maria Tepedino). Agora já se entende hermenêutica como sendo arte de interpretar, com aqueles óculos que se constrói e com o qual se apropria e se é apropriado por mensagens presentes e ausentes do texto/evento em questão. Hermenêutica, além de vir do termo grego hermenóiein, traz também, na sua origem etimológica, a figura de Hermes, o contador de causos, de meias-verdades, brincalhão, emissários entre deuses e humanos. E nossa hermenêutica tem também dessa abertura ao prazer da brincadeira, de arriscar o desconhecido, não se arrogar as verdades inteiras. . . E por aí vão as quatro etapas que, uma vez entendidas, são testadas na prática com o manuseio de textos bíblicos.

a) Suspeitar: Geralmente lemos apenas a Bíblia sem suspeitar de suas afirmações. Espiritualizamos ao invés de clarear as colocações bíblicas. Usamos a Bíblia, sem o cuidado histórico-crítico, legitimando posições desumanas. E agora, encarnamos a ausência histórica da mulher e, a partir deste dado, suspeitamos das intenções de um texto quando este cala e anula a presença feminina, valorizando os pedaços de sinais velados ou fragmentos que levam à suposição de que havia mulheres se reunindo, se organizando, falando com Deus, como apóstolas, discípulas, profetizas.

b) Proclamar: Proclamar o que está explícito na Bíblia, no sentido de a mulher ter um espaço onde é reconhecida social e historicamente. Por exemplo, existem textos que falam de Deus como mãe. O silêncio da mulher e o silêncio de Deus (Is 42.14). O grito que a mulher não dá é dado por Deus. . . Em Isaías 46.3-6, os homens comparam Deus com os que gastam o ouro da bolsa e pesam a prata nas balanças, assalariam o ourives para que faça um deus e diante deste se prostrem e se inclinam. . . Mas Deus se compara, ele mesmo, a uma mãe amorosa! Não é um deus fabricado, mas um Deus da vida, por isso, tem também um rosto de mulher!

c) Re / des / cobrir: O silêncio deve ser destapado para dar voz e vez à palavra contida, ao rosto invisível das mulheres na Bíblia. Existem muitos fragmentos. Geralmente sem nome, sem endereço, sem quase nenhuma referência histórica, aparece ela . . . com nome de ela, de Maria, e outra vez de Maria. . . Precisamos resgatar essas personagens invisíveis, devolver-lhes um rosto, um nome e a história que também lhes pertence, por justiça!

d) Atualizar criativamente: Adotamos o Midrash — técnica judaica de interpretação atualizada da Tora — nesta etapa, quando as mulheres começam a articular as suas próprias experiências de opressão e resistência, à luz do estudo bíblico e criando novos textos de vida, de esperança e de fé.

Neste sentido, foram criados muitos Midraschim, dos quais apresentamos dois exemplos abaixo.

1º.) NASCE UM PRINCÍPIO DO NOVO

(de duas agricultoras e uma parteira)

Foi num momento de muita luz,
o universo cheio de anseios,
que Deus sentiu os primeiros sinais
de um princípio do Novo

Sentiu romper a bolsa d'água
e criou-se o mar e a terra.

Depois de uma forte contração do útero
apontou-se a cabeça, fonte do amor,
das relações, das ideias, da criatividade,
da inteligência.

Com mais um esforço, surpreenderam-nos
o rosto do ser humano.
Rosto enrugado da classe trabalhadora,
jovens, crianças, negros e negras, índios e índias,
prostitutas, com marcas de sangue e de sofrimento.
Mas olhos vivos, com brilho de uma luz profunda,
cheia de esperanças.

O nariz encheu a terra de perfumes agradáveis,
cheiros de frutas, flores, ervas,
soprando assim a poluição e os gases mortais
para fora de terra.

A boca criou uma nova linguagem
que expressa uma igualdade, uma justiça
e uma fraternidade.
A língua que nos deixa sentir o gosto
da harmonia, da compreensão, da irmandade.

Os ouvidos que captam sons da comunicação
entre os seres vivos e a natureza.
Músicas de alegria e de vitória e ainda ouvem o grito dos aflitos,
o clamor dos marginalizados.

Com mais dor ainda
nascem os braços e as mãos,
instrumentos de criatividade,
trabalho, luta e organização
para a continuação da criação.

O peito que contém o coração, o sentimento,
o prazer, a dor, se ergue para acolher
a humanidade.

Sai a barriga que garante a reprodução da vida,
distinguindo em feminino e masculino
que se completam.

Aparecem os joelhos feitos para inclinar-se
perante a grandeza da totalidade.

E, finalmente nascem os pés
à procura de terra, de comunidade,
caminho para seguir na vida.

Corre sangue,
O cordão umbilical transmite ainda as últimas pulsações.
Nasce a placenta,
e dá-se autonomia e liberdade ao Novo Mundo.

Alegria, canta, dança, ri. Alegria!

Passando pela dor
pelo sofrimento
pela angústia

Alegria, canta, dança, ri. Alegria!

Nasce A VIDA.
Alegria, canta, dança, ri. Alegria!

2º.) PROFETIZAS DENUNCIAM A ESTRUTURA FAMILIAR OPRESSORA
(de Tereza Valler e Olímpia Gaio)

Por muito, muito tempo, Diana calou um sonho que teve. Era estranho, tão estranho. . . pois nunca havia acontecido semelhante coisa em toda a região. E, por isso, nunca poderia ser proclamado tal sonho.

Porém, com grande espanto, numa noite, após ter servido o dia inteiro ao esposo e a toda a família — era assim o costume — Diana recolheu-se e, exausta, procurou adormecer. Dormir como? Será que fiz todas as obrigações? Meu senhor estará satisfeito? Amanhã continuarei a servi-lo e não o esquecerei um instante sequer. E assim, adormeceu.

Por pouco tempo, porém.

Aquela mulher voltou a aparecer no sonho e contou seu drama. Era linda! Tamanho médio, olhos grandes, azuis, muito azuis. Era simples também. Transparente seu olhar. Trazia um mistério. . .

Estarrecida diante dela, ouvi novamente a sua história tão estranha. . . E acordei.

Era muito cedo, mas as obrigações me chamavam. Devo abando¬nar o leito. Preciso atender rapidamente os desejos do meu amo. Buscar água na fonte; preparar a comida, cuidar dos filhos. . .

Neste vai-e-vem, lembrava consigo mesma: Há poucos meses, uma mulher recebera carta de divórcio. Motivo: seu senhor não gostou da comida. Mas, acima de tudo, perseguia-a o sonho. Foi tão estranho. . . tão diferente. . .

As panelas ferviam, o cheiro apetitoso enchia a casa. . . Quase tudo pronto e faltam poucos minutos para a chegada do esposo.

Repentina e corajosamente, arriscando a vida, larga tudo e parte. Preciso falar com Míriam. Eu tive mais do que um sonho! Devo anunciá-lo. E correu ao encontro da amiga.

Sem protocolos, entra em casa de Míriam. Esta, humildemente, calçava as sandálias em seu senhor. Nada porém reteve Diana. Foi em direção a Míriam. Os olhares se entrecruzaram. As duas estavam perplexas. Tinham razões sérias para um diálogo urgente.

Míriam deixa aquele ritual e abraça demoradamente a visitante. Seguem, assim, até o banco do jardim, onde um enorme carvalho as abriga do sol causticante. Sentadas, continuam a se olhar. E o silêncio se prolonga. . . Parece que as duas vivem idêntica experiência.

Uma respiração profunda, e Diana começa dizendo: Míriam, pela primeira vez, na calada da noite, ouvi uma estranha história. Uma mulher me dizia: Quando Deus-Pai-Mãe nos fez, à sua imagem e semelhança, homem e mulher, era assim o seu pensamento: Marido e mulher não terão lugar fixo na mesa; ambos servir-se-ão ao mesmo tempo; as purificações serão substituídas pelo diálogo fraterno; o carinho e a compreensão ocuparão o lugar das ordens autoritárias; o cântaro será trazido por mãos masculinas e femininas; nenhuma lei será maior que a pessoa, e as crianças chamarão: você pai, você mãe!

Míriam, extasiada, interrompeu, levantou-se, ergueu os braços, olhou para o céu e disse: Eu te louvo Javé, falaste através de Diana o que em sonho, também já me tinhas revelado.

Dia virá
E já chegou
em que marido e mulher
se curvarão
tão-somente diante de ti.
Ambos terão direito à palavra, e a verdade
não será propriedade de ninguém!

(Obs.: As anotações deste artigo têm por objetivo primeiro familiarizar os/as leitores/as mais com a metodologia do que com os conteúdos descobertos durante os cursos Bíblia e mulher, facilitados por nós, em 86 e 87.)

IV — Bibliografia recomendada

- BIEHL, J. G. De igual prá igual. Petrópolis, 1987.
- FIOREN-ZA, E. In memory of her. Bread and not Stone.
- RUETHER, R. R. Sexism and God-Talk. Boston, 1983.
- TRIBLE, Ph. Texts of Terror. — Teologia Feminista. In: Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, 1986.


 

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Autor(a): Gládis Gassen e João G. Biehl
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Mulheres
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1988 / Volume: 14
Natureza do Texto: Artigo
ID: 17922
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O amor só é verdadeiro quando também a fé é verdadeira. É o amor que não busca o seu bem, mas o bem do próximo.
Martim Lutero
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